O corporativismo como estratégia : governo Vargas, apoio social e a constituinte de 1933-1934 (original) (raw)
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Corporativismo no Brasil: relações do integralismo com Getúlio Vargas e o Estado Novo
Manduarisawa, 2023
O corporativismo foi um fenômeno mundial que assumiu diversas variantes nacionais e interpretações políticas. No caso do Brasil, para além do governo de Getúlio Vargas, outros grupos desenvolveram propostas corporativistas de Estado no período, como o movimento fascista que se estabeleceu no Brasil. A Ação Integralista Brasileira (AIB) possuía um discurso autoritário, nacionalista e corporativista. Durante a vigência do integralismo, o Brasil vivia um período de escalada autoritária também no Governo Federal. Dessa forma, além das dissonâncias entre as propostas integralistas e varguistas, houve momentos de colaboração, o que foi possível pelas convergências em relação a inimigos em comum e ao corporativismo presente em seus projetos de Estado. À vista disso, este artigo tem como objetivo analisar as relações estabelecidas entre eles, que resultaram no breve apoio de Plínio Salgado, líder integralista, a implementação do Estado Novo brasileiro. Tenciona-se observar como o corporativismo proposto na Constituição de 1937, que institucionalizou a ditadura de Vargas, contribuiu neste processo. Corporatism was a worldwide phenomenon encompassing different national variants and political views. In Brazil, in addition to the government of Getúlio Vargas, other groups developed corporatist State proposals in the period, as the Brazilian fascist movement. The Brazilian Integralist Action (Ação Integralista Brasileira, AIB) employed an authoritarian, nationalist, and corporatist discourse. During the period when Brazilian Integralism was active, Brazil was also experiencing a period of authoritarian escalation in the Federal Government. Thus, in addition to the dissonance between the proposals presented by the integralists and Vargas, there were moments of collaboration, thanks to their shared enemies and the corporatist natures of their State projects. Given this, this article analyzes the relationships they established that resulted in a brief support of integralist leader Plínio Salgado to implement the Brazilian Estado Novo. It is intended to investigate how the corporatism proposed in the 1937 Constitution, which institutionalized the Vargas dictatorship, contributed to this process.
O corporativismo nas ditaduras da época do Fascismo
2014
Este artigo analisa o papel do corporativismo como um instru- mento político contra a democracia liberal e especialmente como um con- junto de instituições autoritárias que se expandiram na Europa e foram um agente de hibridização das instituições das Ditaduras da Era do Fascismo. Pretende demonstrar que o corporativismo esteve na vanguarda deste pro- cesso de difusão, quer como representação de interesses organizados quer como alternativa de representação política autoritária à democracia liberal.
Corporativismo: ideias e práticas, 2023
Este trabajo tiene el objetivo de discutir la centralidad del corporativismo en Brasil –entendido como práctica política de sustentación de la reestructuración del Estado posterior a 1930, en la formación del nacional-estatismo, que se consolidó como uno de los más relevantes modelos de política de Estado del país. Con el fin de problematizar la historiografía referente al corporativismo brasileño, la que concentra su fuerza en identificar rupturas o permanencias del modelo corporativo de Estado, defenderemos la hipótesis de que el corporativismo, como conjunto de prácticas institucionalizadas y vía por la cual se estableció el diálogo entre trabajo-Estado-capital, contribuyó con la construcción del modelo político nacional-estatista en el primer período de Getulio Vargas en el poder, haciéndola una de las principales formas de pensar y actuar políticamente por medio del Estado a lo largo del período republicano brasileño.
Sindicalismo De Estado: Controle e Repressão Na Era Vargas (1930-1935)
Revista Eletrônica do CEJUR, 2009
A análise busca, através do estudo dos primeiros anos do governo Vargas, enfocar oprocesso de construção de um modelo de organização sindical pautado na noção desindicato único, na necessidade de controle estatal sobre os sindicatos e emconcepções corporativas das relações entre capital e trabalho. Além disso, mostra-secomo essa nova forma jurídico-política dos sindicatos, que vai se consolidando, aolongo da década de 1930, está longe de ser o ponto originário do sindicalismo noBrasil. Ao contrário, os diversos diplomas que implementavam os sindicatos de tipocorporativo, tiveram que se contrapor, muitas vezes amparados pela repressão Estatal,à tradição de organizações operárias livres, desvinculadas do controle estatal, herdadasda República Velha.
Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História, 2014
Este artigo tem como propósito analisar o corporativismo no discurso oficial do Estado varguista presente na seção Trabalho do Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, entre os anos de 1934 a 1939. Ao mesmo tempo em que devemos compreender o corporativismo como algo novo na sociedade brasileira da década de 1930, precisamos vê-lo enquanto uma ação do Estado no sentido de dirimir os embates entre Capital e Trabalho. Destarte, consideramos um equívoco apreciar o corporativismo enquanto um fascismo à brasileira ou ainda uma simples 'cópia' das doutrinas de outras nações mais desenvolvidas no sentido de cooptar o operariado.
PSB-SP: Socialismo e tenentismo na Constituinte de 1933-34
2006
Criado sob a influencia do interventor nomeado por Getulio Vargas apos o esmagamento da revolta de 9 de Julho de 1932, o Partido Socialista Brasileiro de Sao Paulo incorporou ao seu ideario influencias contraditorias: socialismo e corporativismo. Tais orientacoes foram determinantes na sua acao e na atuacao dos parlamentares eleitos por sua legenda para a Constituinte Brasileira, que se reuniu durante os anos de 1933 e 1934.
Desenvolvimentismo nos Governos Vargas e JK
XI Congresso Brasileiro de História Econômica, 2015
O artigo tem como objetivo analisar o processo de industrialização brasileira do primeiro governo Vargas até o governo JK e suas diferenças. A partir dos anos de 1930 tem início a industrialização brasileira, em grande medida, relacionada a acontecimentos internacionais como a crise de 1929 e a segunda Guerra Mundial. De todo modo é nesse período que a ideologia do Estado interventor e desenvolvimentista surge e se desenvolve no Brasil. Com o Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek é implementada a indústria de base no Brasil, mudando o perfil do sistema produtivo nacional. Foi o ponto alto do chamado desenvolvimentismo, que através da substituição de importações pretendia industrializar a nação. Palavras-chave: Industrialização-Governo Vargas-Estado Desenvolvimentista-Governo JK-Plano de Metas.