ALGUMAS QUESTÕES PARA O ESTUDO DAS IMAGENS SACRAS NO ESPÍRITO SANTO (original) (raw)
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ESCULTURA RELIGIOSA A ESCOLA MINEIRA DE IMAGINÁRIA SACRA
Disciplina: Imaginária Devocional Professora: Myrian Ribeiro Livro: Devoção e Arte: Imaginária Religiosa em Minas Gerais Nas últimas décadas, graças ao progresso dos inventários do patrimônio móvel em todo o país, as esculturas religiosas ou imaginária sacra começam a adquirir papel de destaque no cenário da história da arte no Brasil, assumindo importância no mínimo comparável ao dos edifícios religiosos construídos para abrigá-las e dos retábulos de talha que lhes servem de suporte. A presença de tipologias de imagens reproduzindo facies humanos locais é uma constante na imaginária da segunda metade do século XVIII em pontos diversos do país, constituindo um dos fatores determinantes da diversificação das escolas regionais. Os primeiros tempos da colonização e as oficinas conventuais. As imagens religiosas aportaram no Brasil desde o início do povoamento, trazidas pelos portugueses, ainda hoje um dos povos de mais forte tradição católica na Europa. Raras são entretanto as peças conservadas datando do século XVI, tanto pelo estágio ainda incipiente da colonização nesta época, quanto pelo fato das reposições posteriores de esculturas antigas danificadas. Entre as imagens quinhentistas que se conservaram, uma das mais conhecidas é a Nossa Senhora das Maravilhas, da antiga Sé de Salvador, atualmente em exposição no Museu de Arte Sacra. O século XVII consagrou o predomínio das oficinas conventuais das Ordens religiosas no campo da produção da imaginária sacra no Brasil. A base da espiritualidade da Ordem jesuítica era a ação engajada " ad majorem dei glorium ". Suas imagens têm em consequência caráter pedagógico e retórico, articulando-se com as duas atividades básicas da Companhia de Jesus: a catequese dos índios e o ensino dos colégios nos principais centros urbanos do litoral. Os personagens representados com maior frequência foram o fundador Santo Inácio de Loiola e o
NUDEZ DE IMAGENS RELIGIOSAS: ALGUMAS REFLEXÕES E UM EXEMPLO
Resumo: Uma das manifestações da escultura religiosa cristã é a das chamadas imagens de vestir. Entre elas, são conhecidas as imagens de roca, ou seja, guras que têm uma parte do seu corpo constituída por uma estrutura de travessas de madeira. Torna-se particularmente notória ao nosso olhar a sua " nudez " , a sua estrutura interna parcialmente " vazia " , quando não estão ainda revestidas de vestuário. Daí todo um cuidado e conjunto de ritos relacionados com o " pudor " das imagens e com a especiicação das pessoas encarregadas de as vestir, antes de se exibirem em público. Para o espírito cristão, a nudez está intimamente conotada com a perda da graça divina, ou seja, com a Queda originária de Adão e Eva no paraíso. Palavras-chave: " Imagens de vestir " ; Procissão do Anjo Custódio; Nudez. Abstract: One of the manifestations of Christian religious sculpture is the so-called dress pictures. ese are known as spindle images, gures having a portion of their body with wooden battens structure. eir internal structure partially " empty " , becomes particularly evident as we look at their " nakedness " , when they are not yet covered by clothing. Hence a whole set of care and rites related to the " modesty " of the images and the speciication of persons authorized to dress them before they be exhibited in public. For the Christian spirit, nudity is intimately connected with the loss of divine grace, that is, with the Fall of Adam and Eve in paradise.
As imagens tridimensionais dos santos católicos têm sido analisadas por uma ampla literatura -antropológica e histórica -a partir principalmente da discussão sobre as noções de presença e de representação. A imagem, palavra derivada do termo latino imago, apresenta valor semântico rico e variado, como nos lembra o historiador Jean-Claude Schmitt ; no que tange aos santos católicos, argumenta-se que elas os representariam, na medida em que seriam construídas a partir de momentos derivados das narrativas de suas vidas, que são incorporados em sua iconografia. Ao longo da história cristã, por conta de seu uso prático, as imagens teriam se metamorfoseado em presença, ultrapassando a função simbólica de representar e ser símbolo da história do santo (Belting 1994), algo que tem sido verificado não apenas do ponto de vista histórico, mas também antropológico.
ACERVO ICONOGRÁFICO DAS IGREJAS COLONIAIS DO ESPÍRITO SANTO/BRASIL
Apoiados na pesquisa Arquitetura Memória, coordenada pela Profª Drª. Simone Neiva, realizada pela Universidade Vila Velha (UVV) que busca o levantamento e registro das 12 igrejas coloniais do Espírito Santo, Estado da Região Sudeste do Brasil, experimentamos a adoção de uma metodologia que tem fragmentos dos trabalhos realizados pelo SEBRAE de vários Estados da Federação, sobre a icono-grafia local, acrescida de algumas pesquisas literárias no campo da representação gráfica de símbolos, no conceito figura-fundo da Gestalt, na teoria da cor e nas técnicas de produção gráfica. A ideia é o desenvolvimento de uma metodologia para identificar, selecionar, preparar os ícones de um espaço (neste caso da arquitetura religiosa colonial do Espírito Santo) para elaborar um conjunto de elemento que comporão a identidade visual (forma, cor e textura) para o desenvolvimento de produtos artesanais e/ou industriais como forma geração de renda. O objetivo principal é de identificar, registrar e catalogar os elementos iconográficos materiais (visuais) que melhor caracterizam as 12 igrejas coloniais que compõem o conjunto histórico do Espírito Santo com a intensão de deixar uma contribuição para a instituição que administra cada igreja como forma de geração de renda por meio da produção e co-mercialização de produtos identificados com a identidade visual da igreja. O método de análise da iconografia consiste na identificação e seleção dos materiais iconográficos levantados por meio de fotografias em cada uma das 12 igrejas e é estruturada em duas vertentes: Vertente Técnica e Vertente Semântica Palavras-chave: Espírito Santo, Iconografia, identidade cultural, igrejas coloniais, produto
SINAIS DIVINOS E PRODÍGIOS NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DE AUGUSTO: UM ESTUDO A PARTIR DE SUETÔNIO
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O papel sociopolítico da religião e dos rituais são elementos cruciais para o estudo das instituições romanas. Afinal, a esfera religiosa integra um complexo sistema epistemológico produzido pela elite romana e relacionado aos diversos segmentos sociais de Roma. Dessa forma, a partir dos discursos de Suetônio, analisaremos a construção da legitimidade de Augusto através dos sinais divinos e prodígios.
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