Sobre a tipologia rítmica do Português Arcaico (original) (raw)
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Anais do Colóquio Brasileiro de …, 2012
Resumo -Este artigo analisa o ritmo da fala de três dialetos do português brasileiro sob a luz de uma abordagem de osciladores acoplados à tipologia rítmica. Os dados mostram uma escala de um dialeto menos acentual a mais acentual da seguinte forma: MG (força de acoplamento = 1.83, taxa de elocução = 6.3) > SP (1.66, 6.6) > BA (1.26, 4.2) > ES (0.95, 4.0). Além disso, os resultados mostram que o ritmo acentual parece estar relacionado a taxas mais rápidas. Finalmente, coeficientes de intercepto significativos em uma equação de regressão ocorreram mais freqüentemente na taxa rápida. Este fato é apoiado por resultados anteriores que mostram um decréscimo de desviopadrão nas taxas rápidas. Conseqüentemente, equações de regressão significantes podem ser mais fáceis de serem encontradas nessas taxas.
Caracterização semiautomática da tipologia rítmica do português brasileiro.
2011
This monograph presents a study about the rhythm of Brazilian Portuguese in which a semi-automatic technique based on the coupled-oscillators model proposed by Barbosa (2006) was applied. The corpus used consisted of six recordings of two women and one man from the São Paulo State who aged between 30 and 45 years. Each speaker read a 1,500-word text on the origin of the pastries pasteis de Belém and, right after the reading, told what the text was about. By applying analysis of covariance (ANCOVA) it was possible to compare the regression lines and therefore analyse the speakers’ rhythm throughout the recordings. The level of prominence of each stress group combined with the number of syllable-sized units within each one explained about 70 % of the variance of the stress group duration. A discrimination test with delexicalised speech was run in order to investigate whether the listeners are capable of perceiving the differences in the speech rhythm signaled by the three techniques of rhythm characterization used (the Pairwise Variability Index, a technique based on circular statistics and the coupled-oscillators model). The listeners’ responses were then correlated with the values obtained with these techniques. The results indicate that the listeners use other acoustic clues for discriminating between the rhythms of the utterances, since it was not obtained high correlations, that is, the three techniques used could not explain the listeners’ responses.
Otimalidade e Estilo: o caso da paragoge em Português Arcaico
This paper aims to analyze the possible approaches to stylistic phenomena from the Optimality Theory point of view. We exemplify our analysis with Medieval Portuguese paragoge, a process that adds a vowel /e/ to acute poetic endings, when the word is an oxytone ended by /l, ,n/. Resumo. Este artigo analisa as possibilidades de tratamento de fenômenos estilísticos pela Teoria da Otimalidade, exemplificando com uma análise do fenômeno de paragoge rítmica, que acrescenta uma vogal /e/ ao final de palavras oxítonas terminadas em /l, ,n/, em algumas cantigas medievais galego-portuguesas profanas e religiosas . Palavras-chave. Paragoge; Teoria da Otimalidade; estilo; Português Arcaico.
O Conectivo Quando Na Fase Arcaica Do Português
Além da ideia temporal, outras circunstâncias adverbiais, principalmente as de causa e condição, podem coexistir nas construções formadas pelo conectivo quando. Observamos, entretanto, que a interpretação desse conetivo apresentada pela maioria das gramáticas costuma limitar-se apenas à noção de tempo. Rocha Lima (2000: 283), por exemplo, afirma que É papel da oração temporal trazer à cena um acontecimento ocorrido antes de outro, depois de outro, ou ao mesmo tempo que outro. Para cada um desses aspectos, possui a oração temporal, quando desenvolvida, conjunções apropriadas. A mais geral das partículas é quando, com a qual se exprime, de maneira mais ou menos vaga, a ocasião em que se passa um fato: Quando a morte chegou, / encontrou-o em paz com Deus.
A Elisão De V1 No Português Arcaico: Duas Abordagens Fonológicas
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Alfa: Revista de Linguística (São José do Rio Preto)
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