Militares e política na Nova República (original) (raw)

Politica no regime militar brasileiro

Este artigo trata do desenvolvimento da política externa brasileira no período 1964-79. Nestes anos, que compreendem as gestões presidenciais de Castelo Branco, Costa e Silva, Médici e Geisel, as inflexões na política exterior do país expressaram diferentes percepções a respeito de como deveria se dar a projeção do poder do Estado brasileiro, ou seja, a sua política de potência. A tese aqui defendida é a de que neste aspecto, como em outros, o período é marcado pela descontinuidade entre as proposições e práticas relativas à política de potência.

Política e Potência No Regime Militar Brasileiro

2004

This text deals with Brazil’s foreign politics development from 1964 through 1979. In those years, during Castelo Branco, Costa e Silva, Medici and Geisel presidential terms, the nation’s foreign politics inflection points expressed different perceptions on how should Brazilian State power projection – i. e., its potency politics – be. The author’s supports the thesis that, in this as in other matters, that period of time is marked by discontinuous propositions and practices relatively to potency politics.

Forcas Armadas e Política no Brasil

José Murilo de Carvalho - Forças Armadas e política no Brasil, 2005

Durante os 21 anos de governos militares e os anos subseqüentes da redemocratização, havia uma agenda política a enfrentar, ao lado do esforço de compreensão histórica. Tanto quanto entender as Forças Armadas, tratava-se de lutar pela redemocratização do país. Alguns lutaram com armas nas mãos, outros pela ação política, outros pela palavra escrita. Alguns textos de debate político foram reunidos na segunda parte. O mais extenso deles busca desvendar as razões das dificuldades de entendimento entre militares e civis. Outros enfrentam temas conjunturais em torno do mesmo assunto. Finalmente, reúno na terceira parte alguns breves estudos sobre dois temas que me fascinam, a Guerra da Tríplice Aliança e a campanha da FEB na Itália. São indicações de temas que gostaria de desenvolver. Da Guerra interessa-me, sobretudo, sua dimensão social - o voluntariado, o recrutamento, a vida no front, a relação com o inimigo, a volta para a casa - e cultural - o patriotismo, a identidade nacional, o uso dos símbolos nacionais. A FEB interessa-me em parte por eu ter tido um pracinha na família. Seu diário e os depoimentos de outros pracinhas e oficiais subalternos revelam o mundo do front às vezes muito distante daquele que é mostrado nos relatos de comandantes. Reservo para a conclusão comentários a respeito da relevância dos estudos políticos sobre militares nos dias de hoje, quando a democracia parece caminhar no sentido de maior consolidação.

Militares e política: uma discussão de paradigmas

Military and politics: a discussion of paradigms. This text is a modified version of a lecture given on November 17, 2012, as closing the First Cycle of Studies and Research in Military History, sponsored by the Institute of Geography and Military History of Brazil, in Rio de Janeiro . Este texto é uma versão modificada da palestra proferida em 17 de novembro de 2012, como fechamento do I Ciclo de Estudos e Pesquisas em História Militar, promovido pelo Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, no Rio de Janeiro.

Labirintos: Dos generais à Nova República

Revista Brasileira de Ciências Sociais, 1997

Aos olhos do historiador que, no futuro, vier a se debruçar sobre a experiência brasileira deste século, a década de 80 aparecerá, certamente, como um divisor de águas. Com

Os militares e a política no Brasil de Bolsonaro

Teoria & Debate, 2020

Dando continuidade a um artigo anterior, “Os militares e Jair Bolsonaro”, publicado também na “Teoria e Debate”, logo após o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, este artigo buscou analisar as relações entre atual presidente do Brasil e os militares após um ano e meio de governo e discute questões como a militarização da administração federal, com um grande número de militares da ativa e da reserva nos vários escalões do governo; a bolsonarização das polícias militares estaduais e dos estratos inferiores das Forças Armadas; e a possibilidade de desgaste da imagem das FA e mesmo da sua própria institucionalidade, devido a sua associação ao governo de Jair Bolsonaro.

Estado Novo: ditadura civil-militar

Este trabalho trata da ditadura imposta por Getúlio Vargas, presidente brasileiro desde a revolução de 1930, que com o auxílio dos militares instalou o Estado Novo (1937-1945). O período de 1930 a 1937 é bastante conturbado, havendo contado com greves operárias, a revolução de 1932, o levante de 1935, bem como com inúmeras manifestações populares e debates ideológicos. O Estado Novo, instalado em 1937, freia o liberalismo político, com a adoção de um modelo autoritário, nacionalista e centralizador, que utiliza a propaganda cultural com fins políticos. Ao analisar o período em questão, considerando a Segunda Guerra Mundial, se estudará a ação dos militares e seus interesses na deflagração do golpe junto com Getúlio Vargas, bem como os novos rumos do país durante esta ditadura.