Expressões políticas nos muros de Mindelo, Cabo Verde (original) (raw)
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Vozes do Cárcere: ecos da resistência política
Vozes do cárcere: ecos da resistência política, 2018
PIRES, Thula; FREITAS, Felipe (orgs.). Vozes do Cárcere: ecos da resistência política. Rio de Janeiro: Kitabu Editora, 2018. Disponível em: https://www.jur.puc-rio.br/wp-content/uploads/2019/02/Vozes\_do\_carece.pdf
Rabida bô: retratos das práticas comerciais em Mindelo, Cabo Verde
2019
O comércio em Cabo Verde é uma atividade que movimenta o país-não só o seu PIB, mas também as suas ruas, mercados, praças e lojas. Da força de trabalho nas zonas portuárias a sandálias havaianas brasileiras, todas as pessoas têm algo a vender. Todavia, o comércio no arquipélago apresenta uma característica que o singulariza: a sua forte feminização. Partindo desse ponto, o presente trabalho tem por objetivo apresentar as nuances que as diferentes formas de fazer comércio em Mindelo, São Vicente, tomam, assim como o papel das mulheres para o desenvolvimento dessa atividade tão crucial na vida urbana. Palavras-chave: comércio; mulheres; Cabo Verde.
Cabo Verde e as novas centralidades: Mindelo, em São Vicente e Praia, em Santiago
2010
O povoamento da ilha de São Vicente foi mais ou menos pontual até aos finais do século XVIII, servindo como ilha de criação, como a descreve, em 1699, o engenheiro Duplessis, e para aguada dos navios. A primeira tentativa de povoamento parece deverse a João de Távora, que passando por Cabo Verde, em 1734, propôs fortificar a baía, com a condição de receber os rendimentos do porto por um período de 10 anos, mas não deve ter passado de intenção. Em 1793 assumia o povoamento, João Carlos da Fonseca Rosado, que vivia então na ilha do Fogo, pelo tempo de 6 anos, mas que haveria de acabar na miséria, descalço, vivendo de alguma coisa que conseguia pescar e de leite das cabras que conseguia ordenhar. Alguns anos depois, coube ao governador António Pusich tentar novamente o povoamento, em 1819, levando então famílias da vizinha ilha de Santo Antão, e baptizando-se a povoação de Leopoldina, nome da arquiduquesa de Áustria que casara com o príncipe D. Pedro do Brasil. Mas por 1831 a 1832 a povoação encontra-se novamente quase no mesmo estado, não tendo conseguido aumentar muito além das 300 almas que tinha 10 anos antes. O governo português, entretanto, tinha sido assumido pelos liberais apoiantes de D. Pedro IV, que abdicara do trono do Brasil. Entretanto, alterava-se progressivamente o tipo de navegação no Atlântico, que deixava de ser à vela e passava a ser a vapor. Nesse novo quadro, em Setembro de 1835 era nomeado o primeiro governador liberal, o coronel Joaquim Pereira Marinho e, no ano seguinte, registava-se a presença em Cabo Verde do inglês John Lewis, delegado da East Índia Company, com a função de reconhecer um porto que pudesse servir de apoio ao novo tipo de navegação. Logicamente, o porto escolhido foi a Baía Grande de São Vicente. A nova povoação passava a ser baptizada de Mindelo, em homenagem ao mítico porto onde haviam desembarcado os liberais no Norte do continente português para iniciarem o derrube do governo absolutista em Portugal. Em 1838, a East India Company estabelecia em São Vicente o primeiro depósito de combustíveis, em articulação com o que igualmente montaram na ilha de Santa Helena, embora os seus navios ainda pouco utilizassem a navegação a vapor. Ao mesmo tempo, em Lisboa, o futuro marquês de Sá da Bandeira, determinava oficialmente que se fundasse na ilha de São Vicente, "uma povoação com o nome de Mindelo", em homenagem ao desembarque das forças liberais, de que fora um dos participantes. De imediato se fizeram projectos magníficos, mas cuja passagem à construção nunca se efectivou por completo. Entretanto, também os interesses implantados na vila da Praia moviam os seus contactos, como já haviam feito em relação a Sal-Rei, na ilha da Boa Vista, ou à Ribeira Brava, na ilha de São Nicolau, etc. A East India Company teve uma presença efémera em São Vicente, pois, em breve, era dissolvida, mas em 1850, já os seus depósitos eram ocupados pela Royal Mail, empresa responsável pela distribuição do correio pelo Império Britânico e, em 1851, pela Visger & Miller. Desde Julho desse ano que os ingleses estavam isentos de pagamentos de direitos sobre os materiais para edificação dos seus prédios e, será mais
Expressões do Estado no Medievo
Expressões do Estado no Medievo, 2021
Dando continuidade à sua série de publicações, o Translatio Studii apresenta neste livro o resultado de reflexões que foram desenvolvidas sobre o Estado na Idade Média e temas correlatos. Trata-se de um esforço do grupo de divulgar para o público mais amplo possível os frutos de pesquisas originais em vários graus de desenvolvimento, algo que demonstra o vigor do campo dos estudos medievais no Brasil - consideração bastante relevante tendo em vista os diversos ataques que a História Medieval sofreu nos últimos anos.
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Deposições políticas no Pontal do Triângulo Mineiro (1964
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O Carnaval do Mindelo, Cabo Verde: reflexões sobre a festa e a cidade
PragMATIZES, 2016
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Cabo Verde: expressões ibéricas de cultura política, morabeza e cordialidade
2011
In this essay, we will emphasize some of the main interpretive models of the so called Iberian based political culture and their relationship to the consolidation of deeply rooted democracy. The characterization of the idea of cordiality is put forward as a manifestation of this cultural tendency, best expressed, in the Cape Verdean context trough the category morabeza (welcoming, warmth, hospitality...). Both apologetic and critical arguments are presented regarding the relationship between this cultural current and the deepening of the modern democratic socio-political order.