UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS PROGRAMA DE MESTRADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: POLÍTICA INTERNACIONAL E COMPARADA LINHA DE PESQUISA: POLÍTICA EXTERIOR (original) (raw)
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Instituição: FDRP/USP Assinatura: _________________________________ RESUMO O fenômeno da globalização acelerou e intensificou a inserção de novos atores no Sistema internacional, especialmente durante as duas últimas décadas. Este trabalho propõe-se a revisar os principais aportes teóricos feitos sobre o tema, utilizando como análise prática um projeto de cooperação internacional de um ente subnacional brasileiro com outro de atuação internacional. Desde teorias consolidadas das Relações Internacionais como a Interdependência Complexa, ou o Construtivismo, passando pela discussão do papel do Estado no Sistema Internacional, novas teorias surgem para consolidar a inserção destes novos atores no Sistema e seus impactos no aumento do desenvolvimento sócio econômico global. Neste trabalho, iremos retomar não só as perspectivas clássicas, mas também novas contribuições teóricas a respeito do papel do ente subnacional como ator internacional. Focalizaremos nosso estudo em um projeto de cooperação internacional entre dois atores distintos, verificando a importância desta parceria através de indicadores (relevância, eficácia, efetividade, impactos e sustentabilidade) para demonstrar se o processo de descentralização da cooperação internacional impactou ou não sobre os resultados obtidos. Para tanto, foi feita a escolha de um estudo de caso, o Projeto de Polícia Comunitária designado Sistema KOBAN, entre a Agência de Cooperação Internacional Japonesa -JICA e a Polícia Militar do Estado de São Paulo -PMESP. O projeto foi estabelecido em duas etapas, uma centralizada e outra descentralizada. A primeira fase do projeto foi realizada entre 2005-2007, com 8 bases pilotos distribuídas pelo município de São Paulo. No final de 2006, as unidades foram expandidas em razão dos bons resultados obtidos, em mais 12 (doze) Bases Comunitárias de Segurança, sendo 8 (oito) na capital do estado de São Paulo, 2 (duas) na região metropolitana e mais 2 (duas) no interior. Em 2008, mais uma ampliação foi feita das Bases Piloto, de forma que até o ano de 2011, atuavam 54 (cinquenta e quatro) bases dentro do Projeto. A segunda etapa foi acordada em um novo projeto, agora entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública SENASP e a JICA, com contribuição da PMESP para expansão e replicação do projeto em outros estados brasileiros.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE INTEGRAÇÃO DO MERCOSUL CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Partindo de bibliografias pós-coloniais e históricas das Relações Internacionais e considerando seus reflexos na região sul do continente americano, o artigo busca analisar a transição do conceito de América "Hispânica" para América "Latina" e evidenciar, através de recursos intelectuais e perspectiva histórica, o processo de pertencimento do Brasil dentro da ideia de "América Latina"inclusive em diferentes âmbitos como intelectual/cultural e político/diplomático. Alicerçado nos relatos do historiador brasilianista Leslie Bethell e nos princípios pós-coloniais já apontados por autores como Walter Mignolo, o artigo traça o percurso da terminologia exógena de América Latina até o processo endógeno de apropriação por parte dos territórios latinoamericanos, projetando uma conversa entre as ideias de criação de Ocidente e Oriente de Edward Said. Além de apresentar os tópicos já supracitados, o artigo busca também promover uma reflexão a respeito da latinidade feita através de uma visão sulamericana e não por uma ótica europeia ou norte americana, como costumeiramente ocorre.
Revista do EDICC - ISSN 2317-3815, 2023
As teorias de Relações Internacionais refletem processos históricos, políticos e sociais, ao mesmo tempo em que contribuem para a compreensão e para a definição de alternativas para diferentes atores. Assim, o presente texto buscou descrever e classificar, a partir da revisão integrativa, as dissertações do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia entre os anos 2017 e 2022. Conclui-se que, no Programa prevalece o paradigma neoliberal institucionalista, com grande atenção para a política externa brasileira em uma agenda regional, bem como para a atuação internacional de atores subnacionais dos Estados Unidos. Em menor medida, notamos uma comunidade que lança mão de teorias críticas e abordagens reflexivistas.
Dissertação, 2011
This study aims to evaluate relationship between planning and budgeting in Brazil. From a contextual review of the planning and budget, we performed an analysis of budget data from the Ministries of Education and Transport, in the years 2001 to 2011 in order to test two hypotheses: the existence of incrementalism features and its relationship with efectiveness of fiscal rules. The results were evaluated according to perspectives of bureaucratic theory, institutionalism, and incrementalism. Thus, we identified that the budget of the Ministries of Transport and Education incremental display incremental features. These characteristics confirm the incompatibility of the planning model to the budget model, Finally, we conclude that the incremental budget of ministries undermines the effectiveness of fiscal policy.
Em "As relações internacionais da América Latina", Moreira, Quinteros e Silva abordam, na parte III, o novo sistema internacional que viria a nascer no pós-Guerra Fria. O desencadeamento de redemocratizações na década anterior, inicialmente no Uruguai (1985), Brasil (1986), Paraguai (1989) e finalmente Chile, em 1990, deve-se, internamente, ao empobrecimento das classes trabalhadoras que não haviam sido contempladas com os "milagres econômicos" dos governos autoritários. Externamente, a política de direitos humanos desenvolvida pelo governo estadunidense de Jimmy Carter e, posteriormente, no governo de Ronald Reagan, pressionaram os governos ditatoriais a iniciarem o período de transição e entregar o poder aos civis. A narrativa do cenário internacional na última década do século XX apontava o Consenso de Washington como a estrutura econômica a ser seguida após a queda da União Soviética. O Consenso pregava a abertura econômica, a diminuição da intervenção do Estado na economia e a desregulamentação dos mercados de trabalho. Em síntese, o Consenso de Washington foi adotado pelos novos governos civis da América Latina em torno das reformas para escapar da crise fiscal e dos problemas econômicos. O novo programa neoliberal adotado pelos Estados agora governados por civis definiu-se de forma clara e profunda, especialmente na Argentina. Contudo, no Brasil, as políticas neoliberais não foram tão profundas quanto na Argentina, uma vez que era necessário contentar todas as classes brasileiras, tanto a empresarial e a elite, quanto os trabalhadores e as classes pobres. Ainda, o programa neoliberal adotava três pilares básicos: i. uma reversão das nacionalizações efetuadas após a Segunda Guerra Mundial;