“Portugal Pré-Histórico” de J. Leite de Vasconcelos. Transcrição revista, comentada e anotada (original) (raw)

Correspondência remetida por eminentes pré-historiadores europeus a José Leite de Vasconcelos (1853-1941)

The correspondence received by J. Leite de vasconcelos from thirteen archaeologists of Swedish, English, French, Italian, Swiss and German nationality, evidence the internationalization achieved by the Director of the Portuguese Ethnological Museum. The missives, almost all of them of the twentieth century, when the scientific prestige of Leite de Vasconcelos had reached the peak, deal with very different, generally relevant themes, sometimes resulting from visits made by the author himself to his correspondents, or, on the contrary, keeping with its declared love of traveling. These missives sometimes address scientific questions of first importance, contributing to the knowledge of the state of archaeological research in the respective countries, with international repercussions.

Pré-História de Portugal

O manual de Pré-História de Portugal da Universidade Aberta tem como objectivo principal conferir ao estudante uma visão geral e coerente, numa perspectiva eminentemente cultural, da evolução da ocupação humana do território português desde os tempos mais recuados do Paleolítico até ao Bronze Final.

Alguns informantes de José Leite de Vasconcelos: análise da correspondência dirigida ao Director do Museu Etnológico Português

2010

A importância e o papel que José Leite de Vasconcelos representa para a Arqueologia Portuguesa têm sido motivo de diversos estudos, opiniões, artigos e publicações. Contudo, o trabalho que realizou enquanto Director do Museu Etnográfico Português teve uma base humana de importante relevo. A impossibilidade de chegar a todos os pontos do país, tornou-se no principal critério para chamar a si, personalidades anónimas para contexto geral da emergente Arqueologia, dos finais do XIX e inícios do XX. Individualidades activas para a criação e constituição de importantes espólios, maioritariamente de cronologia Pré- Histórica e Romana. São estas personalidades, correspondentes de José Leite de Vasconcelos, o alvo do presente estudo, pois é a sua participação no terreno, muitas vezes realizando trabalhos pedidos pelo Director do Museu, que permitiu adquirir importantes informações sobre o passado de um povo, que novamente sentia necessidade de se afirmar como Nação, num período conturbado da...

José Leite de Vasconcelos (1858 – 1941): um archeólogo português

ABSTRACT In this paper, the author attempts to make an approach to the scientific work of José Leite de Vasconcelos, the most remarkable social scientist who ever existed in Portugal. One tries to understand when and how did the interest for the remotest past come up in his activity as an ethnologist and linguist. As for the decisive aspects of his archaeological activity one firstly identifies his relationship with Martins Sarmento, above all, his coming to Lisbon to the National Library and afterwards the management of the Ethnological Museum, which he designed, created and directed. He intended to explain the cultural facts he studied as an ethnologist through archaeological remains. That is to say, he tried to find early formulas from the past to associate them with his current studies, believing that there was a remote prefiguration of Portugal. Although that was his main goal, it did not prevent him from practicing a rigorous and technically solid archaeological investigation. The maturity and sophistication of his research showed him that there was definitely no such remote Portuguese nation, which he searched for in the archaeological record. Therefore, at the end of his life, he returned to the ethnographical synthesis and to the works in the field of linguistics. Keywords: History of Archaeology – José Leite de Vasconcelos

Contributos recentes para o conhecimento da Pré-História recente do sul da Beira Interior

Numa área limitada naturalmente a Sul pelo Tejo Internacional, a este pelo Erges e a Oeste pelo Aravil, reconheceram-se, até ao presente, cerca de noventa dólmenes, que permaneciam totalmente inéditos, dos quais cerca de sessenta e cinco na região do Rosmaninhal e vinte e cinco na região de Malpica do Tejo/Monforte da Beira, a larga maioria em bom estado de conservação. Tal facto ficou a dever-se, em parte, à baixa densidade populacional da região, bem como à utilização do solo. Com efeito, domina o montado de azinheiras, muitas vezes centenárias; a cerealicultura extensiva de trigo, que foi importante até inícios da década de 1960, mas ainda realizada por métodos tradicionais não mecanizados, explica, também, a boa conservação dos monumentos.