ARQUEOLOGIA DAS POPULAÇÕES SERTANEJAS NO NORDESTE BRASILEIRO (original) (raw)
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Resumo Este trabalho discute a problemática da identidade vinculada a questões do território a partir da análise de um relato de natureza memorialística produzido pelo frei dominicano José Maria Audrin. Em suas memórias, o religioso descreve e interpreta os sertanejos e os sertões do Norte do país, mais precisamente a região compreendida entre os vales dos rios Araguaia e Tocantins da primeira metade do século XX. Movido por um declarado compromisso com a fidelidade ao que viveu e observou, nele identificam-se diferentes vozes. Se o sertanejo é visto sob uma perspectiva dual, ora euforizante, ora disforizante, também o enunciador se revela multifacetado à medida que se territorializa/desterritorializa nesse território que ele denomina de ―nosso sertão‖. Palavras-chave: Memória. Narrativa. Identidade. Território. Abstract This paper discusses the problem of identity linked to questions of territory from the analysis of a reporting nature of memoirs produced by the Dominican Friar Jose Maria Audrin. In his memoirs, describes and interprets the religious sertanejos and hinterlands of the north, specifically the region between the valleys of the Araguaia and Tocantins rivers of the first half of the twentieth century. Moved by a stated commitment to fidelity to lived and observed, it identifies different voices. If the backcountry is seen in a dual, sometimes euphoric, sometimes disforizante perspective also reveals the enunciator multifaceted as they expand the territory / deterritorializes that territory he calls ―our backcountry‖.
O PANORAMA DA ARQUEOLOGIA SUBAQUÁTICA NO NORDESTE DO BRASIL 13
CIÊNCIAS DO MAR: dos oceanos do mundo ao Nordeste do Brasil_Vol. 1, 2021
A Arqueologia Subaquática brasileira começou a ser desenvolvida no Nordeste do Brasil, na década de 1970, com os trabalhos efetuados pela Marinha do Brasil (MB) nos estados da Bahia e de Pernambuco, recuperando artefatos dos galeões Sacramento (BA) e São Paulo (PE), sob a orientação do arqueólogo Ulisses Pernambucano, que não é mergulhador, mas ensinou os protocolos de trabalho aos mergulhadores da MB (Mello Neto, 1977; 1981; Cunha, 1990; 1994). O trabalho seguinte realizado em Pernambuco, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), só teve lugar no primeiro decênio do presente século, com o estudo de um naufrágio na área de fundeio externo do porto do Recife (Rios, 2007).
UMA VIAGEM PELA ARQUEOLOGIA NORDESTINA
E-Book, 2019
In Brazilian Portuguese/em Português Brasileiro: Enveredar pelos saberes herdados do passado, transitando pelo moderno e atual, é sem dúvida uma aventura inerente aos humanos, faz parte de nossa história de vida. Dessa forma, um de seus principais instrumentos narrativos se materializa em “Uma Viagem pela Arqueologia Nordestina”, uma antológica compilação de contribuições acadêmicas e científicas elaboradas por pessoas que, seja como resultado de seu exercício laboral, seja como parte de seu aprendizado, conseguiram trazer a público suas experiências, num formato diversificado, indo além das fronteiras geográficas propostas inicialmente. Nesse trabalho coletivo é possível encontrar importantes testemunhos de partícipes pioneiros durante a implantação do Curso de Graduação em Arqueologia (Bacharelado) da Universidade Federal de Sergipe em 2007. Assim, essa obra organizada em dois volumes e dezesseis capítulos no total, está organizada da seguinte forma: No Volume 1 são apresentados oito capítulos: Capítulo 1. “Um Pouco da Pré-história da Região do Baixo Rio São Francisco Através da Cerâmica” é apresentado por Suely Luna e foca seus estudos na cerâmica arqueológica peculiar recuperada durante o Programa Arqueológico de Xingó (PAX); no Capítulo 2, Jaciara Andrade Silva, Elaine Alves de Santana e Sheila Elizabete da Silva relatam seu trajeto como estudantes pioneiras durante o período inicial da arqueologia universitária no estado de Sergipe em “Os que Nunca Foram Calouros: Trajetória da Primeira Turma Acadêmica de Arqueologia da UFS”; no Capítulo 3. Marcelo Fagundes apresenta “Os conjuntos Líticos em Xingó – Há Um Estilo Caracterizador? Uma Análise Tecnológica dos Vestígios Líticos de Sítios de Terraço no Baixo São Francisco, Divisa Entre Sergipe e Alagoas, Brasil”; Já no Capítulo 4, Suely Amâncio-Martinelli, Alba Rosane S. M. Costa, Felipe Farias, Patricia Maria L. de Santana, Vanessa Santos Souza e Vani Piaia Ghiggi oferecem uma visita pelas representações pictográficas em “A Arte Rupestres da Região Sertaneja do Estado de Sergipe-Sítios da Fazenda Mundo Novo”; Olivia Alexandre de Carvalho, Albérico Nogueira de Queiroz e Jaciara Andrade Silva apresentam no Capítulo 5 os fundamentos e métodos adotados em investigações bioantropológicas: “O Contexto Arqueológico dos Remanescentes Humanos: Subsídios para uma Arqueotanatologia”; no Capítulo 6, “Marcas de Uma Vida: Uma Visão Arqueológica Sobre Os Marcadores de Estresse Ocupacional nos Remanescentes Ósseos Humanos” são tratados na investigação de Arthur Marinho Graça Almeida e Olivia Alexnadre de Carvalho; o Capítulo 7, versa sobre a tendência “tecnológica” da arqueologia moderna em “Datações Arqueológicas em Sergipe: Uma Discussão Arqueométrica” por Vinícius Pedra da Silva, Iury Santos Silveira, Divanízia do Nascimento Souza, Albérico Nogueira de Queiroz, Olivia Alexandre de Carvalho e Carolina Melo de Abreu; encerra este primeiro volume, a contribuição de Thaís Vaz Sampaio de Almeida, no Capítulo 8. “Arqueologia de Restos Humanos: Curadoria, Ética e Morte”, que promove uma discussão sobre as questões norteadoras em acervos bioarqueológicos humanos. Dessa forma, no Volume 2, mais oito capítulos compõem a obra: O Capítulo 1, inicia com o trabalho de Márcia Barbosa Guimarães e Márcia Rodrigues Santos sobre “A Modernidade no Vale do Cotinguiba: Arqueologia da Paisagem Urbana em Laranjeiras, Sergipe”; Janaina Cardoso de Mello transita pelos contextos oitocentistas da arqueologia sergipana no Capítulo 2, em “Arquememória: Entre Contextos Oitocentistas, Ruínas Urbanas e Tecnologia Aplicada”; enquanto que no Capítulo 3, cangaço e turismo são tratados por Dalila de Souza Feitosa, Olivia Alexandre de Carvalho e Willian Carboni Vieira em “Uma Paisagem do Cangaceirismo: Preservação, Valorização e Turismo Arqueológico na Grota do Angico, Poço Redondo-SE”; as peculiaridades da segunda guerra visto pela arqueologia histórica em Sergipe são o tema do Capítulo 4, em “Praia: “De Cemitério a Céu Aberto a Monumento – Sergipe no Contexto da Segunda Guerra Mundial Sob o Olhar da Arqueologia Histórica” por Roberta da Silva Rosa; no Capítulo 5, Hellen Souza de Oliveira e Pâmela Cruz dos Santos trazem ao leitor os diversos métodos utilizados no estudo de esqueletos humanos procedentes de São Cristóvão, Sergipe, na “Aplicação do Estudo Bioarqueológico e a Contribuição dos Métodos da Antropologia Forense em Esqueletos Históricos – Material Osteológico Proveniente da Cidade de São Cristóvão/SE”; a arqueologia e a genética atuam conjuntamente no Capítulo 6, conforme constatado por Madson de Souza Fontes e Olivia Alexandre de Carvalho em “Aplicabilidades e Contribuições da Paleogenética à Arqueologia: O Caso do Sítio Furna do Estrago/PE”; já no Capítulo 7, Amanda Nascimento Reis apresenta os diversos aspectos envolvendo à tafonomia em bioarqueologia nas “Implicações da Tafonomia no Estudo Bioarqueológico de Indivíduos Provenientes do Sítio Justino, Canindé-SE”; a jornada arqueológica termina no Capítulo 8, com estudo de Ádrea Gizelle Morais Costa Besen sobre “Contextos Funerários no Município de Aveiro-PA: Um Estudo dos Sepultamentos em Urna no Sítio Paraná Arauépá, Baixo Tapajós”. As muitas temáticas constantes nessa coletânea representam um pouco do muito que a arqueologia brasileira possui como patrimônio social. Entremos nessa pequena máquina do tempo e desfrutemos de nossa herança cultural.
BIOPOLÍTICA DE UMA " SÍFILIS " HEREDITÁRIA NO SERTÃO NORDESTINO: RESISTÊNCIAS À MODERNIDADE
RESUMO Este artigo analisa a construção social de uma doença genética no sertão nor-destino a partir da perspectiva teórica dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, com foco nos processos de biomedicalização, biopolítica e necropolítica. Uma doença tradicionalmente conhecida por sífilis foi rediagnosticada como Síndrome de Spoan duzentos por um grupo de pes-quisadores que tiveram um papel crucial na introdução do conhecimento científico nessa comunidade. No entanto, as resistências surgiram tanto por parte dos pacientes e familiares quanto do próprio poder público local, por distintas razões. Dessa forma, para compreender essas resistências, a metodologia adotada foi uma revisão da literatura que aborda as transfor-mações no campo da saúde; uma etnografia de laboratório realizada nos laboratórios do Centro de Estudo do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (cegh-usp), entrevistas com pesquisadores e coleta de dados secundários sobre doenças genéticas raras que ocorrem em maior frequên-cia. As conclusões da pesquisa apontam que para compreender uma doença que tem dois nomes é preciso primeiramente entender o seu contexto cultural , a biopolítica aplicada e as relações de sociabilidade criadas a partir da doença e, em segundo lugar, aponta que substituir as narrativas tradicionais pelo discurso das ciências em um lugar que resiste à própria ciência pode
OS MAWSONIÍDEOS DAS BACIAS SEDIMENTARES DO NORDESTE DO BRASIL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Estudos Geológicos, 2019
Mawsoniidae are the sarcopterygians fish originated in the medium Triassic and along with other sarcopterygians are popularly known as coelacanth. The occurrences of this group in brazilian sedimentary basins of Northeast are associated with fluvial, lacustrine environments with marine influence during the early stages of the separation of Gond-wana. Their records demonstrate an intimate relationship between the paleoictiofaunas of Brazil and Africa and the beginning of the formation of the South Atlantic Ocean. Four species are found in the brazilian sedimentary basins, distributed in the genera Mawsonia, Axelrodichthys e Parnaibaia, with record of cranial and pos-cranial bones from the Upper Jurassic and Upper Cretaceous. We aim to present the state of art about the mawsoniideos found in eleven sedimentary basins of Northeast Brazil through bibliographical surveys.
ARQUEOLOGIA HISTÓRICA NO NORDESTE DE SANTA CATARINA
RESUMO O artigo apresenta uma reflexão sobre a ocupação histórica da região nordeste de Santa Catarina a partir dos sítios e unidades arqueológicas identificados nos levantamentos arqueológicos, principalmente aqueles relacionados a licenciamentos ambientais. Utilizando somente os dados de sítios cujas coordenadas em UTM são conhecidas fez-se um mapeamento e buscou-se relacioná-los a grupos de diferentes origens étnicas que migraram para a região e suas práticas e relações sociais inferidas a partir dos remanescentes materiais. ABSTRACT The article focuses on the historical occupation of the region northeast of Santa Catarina from archaeological sites and units identified in archaeological surveys, especially those related to environmental license. Using only data from sites whose coordinates are in UTM became known mapping and attempted to relate them to different ethnic groups who migrated to the region and their practices and social relations inferred from the remaining materials .
ESTUDOS DE ARQUEOLOGIA REGIONAL NO SERTÃO ALAGOANO: O CASO DO SÍTIO TELHA, BELO MONTE, BRASIL.
Revista de Ciências Humanas Caeté, 2019
O presente texto tem a intenção de divulgar os resultados dos trabalhos de arqueologia regional realizados em áreas do sertão alagoano, como parte de atividades de caráter preventivo na região de Belo Monte – AL, no ano de 2015. Trata-se da identificação e documentação de um sítio multicomponencial do tipo abrigo sob rocha, encontrado na zona rural do município supracitado. No mesmo, identificaram-se vestígios arqueológicos em superfície do tipo: pinturas rupestres, bases fixas de polimento/dormentes e material cerâmico, em associação. Consideramos oportuna sua divulgação pela possibilidade de identificação de outras áreas promissoras na região. Rastreando outros nichos de ocupação, pretende-se construir um perfil interpretativo baseado nas reflexões decorrentes da Arqueologia Ambiental e Arqueologia Regional. Palavras-Chave: Arqueologia Regional e Ambiental; Sítio Multicomponencial.; Belo Monte – AL.
UMA VIAGEM PELA ARQUEOLOGIA NORDESTINA - VOLUMES 1 E 2
2019
(Original version in Brazilian Portuguese): A JOURNEY THROUGH NORTHEASTERN ARCHAEOLOGY - VOLUMES 1 AND 2 Embark on the knowledge inherited from the past, moving modern and current, is undoubtedly an inherent adventure to humans, it is part of our life story. Then, one of its main narrative instruments is materialized in “A Journey through Northeastern Archaeology”, an anthological compilation of academic contributions and scientific works developed by people who, either as a result of their studies, whether as part of their learning, managed to bring their experiences to the public, in a diversified format, going beyond geographical boundaries initially proposed. In this collective work it is possible to find important testimonies of pioneer participants during the beginning of the Undergraduate Education in Archaeology (Bachelor's Degree) at the Federal University of Sergipe started in 2007.
RESUMO-A densidade e a distribuição dos estômatos nas folhas de diferentes tipos de algodão, foram estudadas em experimento instalado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, localizado no município de Fortaleza, Ceará, no ano de 1981. Estudaramse quatro tipos de algodão: Herbáceo cv. Br-1 (Gossypium hirsutum L. r. latifolium Hucth.); Mocó cv. Veludo C-71 (Gossypium hirsutum L. r. marie-galante Hucth.); Verdão, regionalmente denominado rasga-letra (Gossypium hirsutum L. r. latifolium Hucth.) e Rim-de-boi (Gossypium barbadense L. r. brasiliensis Hucth.). Os algodões Mocó e herbáceo apresentaram maior densidade estomatal na região basal, em comparação com as porções mediana e apical da folha. Nos tipos Verdão , Herbáceo e Mocó, a densidade estomatal da face abaxial da folha foi cerca de 2 vezes maior do que na adaxial. A forma de distribuição dos estômatos nas folhas de todos os tipos de algodão não variou. Dentro da planta, a densidade estomatal da folha aumentou da base para o topo, nos tipos Verdão, Herbáceo e Mocó. Os tipos Rim-de-boi e Mocó, de adaptabilidade às condições xerófilas, apresentaram maior densidade estomatal da folha que os algodões Verdão e herbáceo.