O QUE É MARXISMO (original) (raw)

MARXISMO EM EDUCACAO

MARXISMO EM EDUCACAO, 2020

Em conformidade com o marxismo, a massificação do ensino não produziu todos os efeitos positivos que se poderiam esperar em termos de democratização e portanto de mobilidade social. Foram apresentados dois grandes tipos de explicações para compreender o relativo insucesso da movimentação social, resultante de uma educação das massas. Pierre Bourdieu, citado por Jean Étiene et al (2008:516), pôs em evidência um modelo explicativo em termos de reprodução social. A estrutura de classes das sociedades modernas baseia-se em dois grandes recursos analisados em termos de capitais; os capitais económicos (patrimónios e rendimentos), e os capitais culturais (diplomas). O sistema educativo participa na reprodução da estrutura de classes segundo dois processos sociais: o primeiro, ela valoriza sobretudo a cultura própria das classes dominantes. Uma vez que o corpo docente pertence, de acordo com Bourdieu à fracção dominante. Uma pertencendo à classe dominante, o corpo docente, selecciona principalmente os alunos a partir do controlo da linguagem oral e escrita. Este controlo, no sentido radical do termo, está ligado a uma socialização que ultrapassa o quadro da escola e repousa essencialmente sobre a família. Bourdieu faz também referência à teoria de dominação simbólica, que assenta essencialmente na ideologia do "dom", o sucesso escolar assentava de facto em processos sociais discriminatórios. Os filhos das classes dominadas, seriam assim duplamente excluídos, exteriormente, pelo insucesso escolar, e interiormente, pela consciência de que este insucesso resulta da sua falta de "dom" ou da sua HELFAS SAMUEL-Licenciado em Ensino Básico com Habilitações em Supervisão e Inspecção Escolar-Universidade Pedagógica-Gaza Contactos: 842849771/863498270) Email: helfas16cumbane@gmail.com, Facebock: Helfas Samuel. Pagina: A Escola é uma Paciência Blog: https://helfassamuelcumbane.blogspot.com/

MARIANISMO RESUMO

2021

RESUMO SOBRE O CONCEITO DE MARIANISMO E COMPORTAMENTOS MARIANISTAS

HISTÓRIA E MARXISMO: UMA ABORDAGEM PRELIMINAR

1. As ideias de Marx e Engels e a História No século XIX para além do Positivismo e do Historicismo alemão, os escritos de Marx e Engels influenciaram a forma de se escrever História. Na verdade, podemos verificar um impacto profundo do pensamento marxista sobre as diferentes áreas das Ciências Sociais. As ideias de Marx e Engels impulsionaram a produção científica preocupada em investigar as dimensões humanas a partir das relações sociais. Disso tiramos dois aspectos centrais dos escritos marxistas para a História: 1. Desenvolvimento de uma história crítica ou de uma formulação crítica da disciplina histórica e, em contraponto à História Positivista constituída no mesmo contexto. 2. Ao focarem suas análises nas dimensões sociais e econômicas, Marx e Engels também se afastaram da História Positivista, pois trouxeram a dimensão popular para a sua análise e não apenas os "grandes personagens". Ainda que não fosse historiador propriamente dito, Marx sempre teve uma preocupação com a reflexão histórica, afirmando que a dimensão temporal era fundamental para a compreensão dos fenômenos sociais. Vários de seus conceitos passaram a fazer parte das análises de historiadores a partir do século XIX, tais como: classe, luta de classes, modo de produção e mais-valia. A frase de Marx e Engels, mais do que uma radicalidade para desconsiderar as demais ciências, era um alerta de que com a História é possível identificar os modos de funcionamento das sociedades humanas. Para os pensadores a condição fundamental para que haja história é a capacidade da humanidade de produzir sua vida material, fabricar seus meios de sobrevivência e satisfação de necessidades. Nesse sentido, na concepção marxista o objeto do estudo histórico é o desenvolvimento das condições materiais, dos modos de produção predominantes e da organização das pessoas que se relacionam com esses condicionantes. Ou seja, na concepção de história de Marx a "Conhecemos apenas uma ciência, a ciência da história"

MARXISMO E DEMOCRACIA BURGUESA

Congresso Karl Marx, 2008

Não há nada como uma das tais crises do capitalismo para nos lembrar que a História não acabou. Desta crise, em que agora estamos mergulhados até ao pescoço, resultaram para já dois acontecimentos verdadeiramente espectaculares: a vaga internacional de intervenções do Estado na economia e a eleição de Barak Obama, que há poucas semanas ainda parecia um candidato condenado. Tanto a nova moda de intervencionismo estatal como a vitória eleitoral de Obama têm sido apresentadas como prova cabal das virtudes da democracia que para já, e para não ferir susceptibilidades, vou limitar-me a classificar como democracia representativa. Os corretores da bolsa ideológica, os "opinion makers", apostam agora muito mais na longevidade da democracia que na do capitalismo. Alguns dos surpreendidos pela crise, pela possibilidade de qualquer crise, deitam agora as mãos à cabeça e profetizam o fim iminente do capitalismo. Mas ninguém vai tão longe sobre a democracia representativa.

CIÊNCIA E FILOSOFIA MARXISTAS

Este texto e o último capítulo do meu ensaio, escrito entre Setembro de 1968 e Maio de 1969, e que só foi publicado em 1976 pela DIABRIL EDITORA, em dois volumes, sob o título PARA UMA TEORIA DA HISÓRIA - De Althusser a Marx