UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS DO CERRADO (original) (raw)

A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO EM BURITI RESUMO

Aleide Josse Rodrigues Ataíde Costa , 2012

O município de Buriti, e consequentemente os moradores da cidade e adjacências, sentem os impactos gerados pelas ações antrópicas do homem. Enfatiza-se neste artigo a mobilização dos quatro municípios que fazem parte da Unidade de Conservação (APA DOS MORROS GARAPENSES) Área de proteção ambiental-APA; que devido à mobilização da sociedade civil e poder público tem tido êxito e ao mesmo tempo precisa melhorar nos aspectos de planejamento estratégico das ações para minimizar estes impactos e a importância do diálogo com as comunidades que sobrevivem da agricultura de subsistência e em contrapartida será também observado o que as escolas têm desenvolvido em seus projetos sobre a temática. Palavras-Chave: Unidade de Conservação. Comunidades. Mobilização. 1 INTRODUÇÃO O Estado do Maranhão esta localizado a oeste da região nordeste, apresenta grande diversidade de ecossistemas, isto por causa da sua localização geográfica e também das suas condições do clima (BORROMEU, 2003). Este se situa na planície litorânea, caracterizada por suas dunas e costões rochosos, possui extensão de 640 km, indo desde o Delta do rio Parnaíba até a foz do rio Gurupi. Sua formação vegetal compreende manguezais, campos, vegetação de dunas, cerrado e cerradão, caatinga, babaçual e florestas. Apresenta também formação antrópica, como: capoeiras, capoeirões, consorciadas com babaçus e cocais. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, e o Delta do Parnaíba, dunas e praias; e a Região das Reentrâncias Maranhenses são considerados grandes pontos turísticos desse Estado. Durante muitos anos, percebe-se que a questão ambiental tem sido uma preocupação mundial, realizam-se em vários países: conferências, palestras, debates acerca do tema; e que destas pautas vários diálogos e resultados foram positivos, outros não. ¹ Licenciada em letras e pós-graduanda na Especialização formação em Educação do Campo. Professora da Casa Familiar Rural de Buriti. Técnica da Secretaria municipal de Educação e Conselheira da APA dos Morros Garapenses (Conselho Consultivo).

OS VETORES DE PRESSAO EM UNIDADE DE CONSERVACAO

RESUMO O presente destaca a importância da análise dos vetores de pressão e dos possíveis impactos gerados sobre os recursos e os usos do solo em áreas protegidas (Gama, 2002). Esta análise é aqui considerada, no âmbito de diagnóstico, com o propósito de implementação de gestão ambiental buscando o comprometimento com a preservação de ecossistemas e melhoria da qualidade de vida da população. Estudos integrados demonstram que a refuncionalização da Zona Oeste do Rio de Janeiro decorre do crescimento acelerado e desordenado das últimas décadas (Moura et al,1997; Costa,1998; Gama,1998; Ramalho,2000), onde registram-se: declínio das áreas agrícolas; desmatamento e ocupação das terras no entorno de áreas protegidas ou parques (exploração imobiliária, atividades agropastoris, atividade turística ou outros usos); conversão de áreas em “ilhas verdes” sob pressão externa a despeito da legislação vigente (zona tampão/ amortecimento). Portanto, a ocupação humana nas áreas de baixada e de encosta do Maciço atinge áreas consideradas de preservação e vem afetando a unidade de conservação (UC) em escala local e a própria Reserva da Biosfera em escala regional. Os solos de vocação e de uso agrícola no sopé do Maciço estão cedendo à pressão urbana, as manchas de cultivos estão bastante reduzidas, favorecendo a instalação de loteamentos, indústrias ou instalações de grande porte. Essa mudança de uso tem facilitado algumas significativas transformações ambientais e também a geração de novos conflitos entre os usuários - moradores (interior da APA ou Parque), vizinhos (no entorno imediato) e freqüentadores da UC. 1 Pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Estudos Ambientais (GEA) no contexto do Projeto “Vulnerabilidade Ambiental e a Proposta de Gestão Integrada na Unidade de Conservação do Gericinó-Mendanha (RMRJ)”. 2 Profª Deptº de Geografia/UERJ soniavgg@uerj.br 3 Bolsista Faperj/UERJ – Deptº de Geografia flaviafdutra@ubbi.com.br 4 Bolsista Voluntária PIBIC/UERJ – Deptº de Geografia xavierthais@yahoo.com.br 5711 Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo Estudos recentes (Costa, 2004; Dutra, 2003; Vallim, 2003; Xavier, 2003; Gama, 2002) tem demonstrado o aumento da visitação no interior da floresta (Mata Tropical Atlântica) que apresenta conflitos de uso institucional e problemas de suporte de carga turística, incompatíveis com a proposta de preservação e as determinações legais existentes. Foram identificadas duas dinâmicas importantes para compreensão e a proposição de alternativas de gestão da unidade de conservação do Gericinó-Mendanha , pois além dos visitantes, os moradores e os vizinhos de áreas adjacentes exercem um tipo de interação e ao mesmo tempo de pressão no sistema geoambiental, o que ocasiona ou intensifica problemas ambientais que são reconhecidos e devem ser controlados para melhor gestão da unidade. São objetos de estudo os seguintes vetores de pressão sobre a UC do Mendanha: o eixo leste-oeste da Avenida Brasil (RJ-SP) e a Estrada Guandu do Sena (bairros Campo Grande-Bangu) no domínio de baixada; o eixo norte-sul da Estrada de Furnas (torres de telecomunicações) e a Trilha da Cachoeira (cachoeiras) no domínio de encosta (Dutra, 2003; Vallim,2003; Xavier,2003; Costa, 2004). Estão sendo utilizadas ferramentas de SIG na atualização do mapa de uso e ocupação dos solos da região (escala 1:50.000) e na elaboração do mapa de uso e ocupação dos solos ao longo dos eixos, destacando os impactos negativos (escala 1:10.000), para posterior cruzamento, análise e identificação de

UMA NOTA SOBRE COMUNIDADES TRADICIONAIS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Fazemos aqui algumas observações adicionais sobre situações -- de Territórios Quilombolas, Terras Indígenas e Reservas Extrativistas -- onde ocorrem conflitos, expulsão e resistência. Elas ocorrem em Parques, Estações Ecológicas e Reservas geridas por órgãos federais e estaduais. Destacamos duas situações. A primeira é a expulsão de moradores tradicionais de seus territórios tradicionais convertidos em Unidades de Conservação, que se dá por diversos meios que vão da privação de meios de vida à violência e intimidação, amiúde com apoio de promotores públicos e organizações ambientalistas. A segunda situação é menos conhecida e diz respeito a conflitos entre demandas de moradores nessas áreas, que se dividem às vezes entre os que se identifi cam como “comunidades tradicionais” ou “quilombolas”, e os que reivindicam “identidades indígenas”, havendo ainda aqueles que preferem a condição de agricultores familiares inseridos nas políticas dirigidas a estes. O que queremos ressaltar é que, no caso das comunidades tradicionais, as duas situações têm um fator em comum: as políticas inadequadas implementadas pelo Instituto Chico Mendes de Concervação da Biodiversidade (ICMBio) e apoiadas por parte da Procuradoria Geral da República, seguindo diretrizes consolidadas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) em 2000, e que estão em contradição direta com princípios e políticas de reconhecimento de Povos e Comunidades Tradicionais anunciados pelo Estado brasileiro nessa mesma década no Decreto n. 6.0401

ARIE FLORESTA DA CICUTA (RJ): UNIDADE DE CONSERVAÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA?

The Area of Ecological Interest (ARIE) Floresta da Cicuta is located in the farm belonging to the Presidente Vargas Steelworks - CSN, Volta Redonda / RJ, before state and now private. This fact opened precedent to a new context to the changes that may occur in protected areas. This research shows that change through secondary data and literature about that protected area. The purpose is to provide information about public use before and after the "privatization". At the end of this study was an analysis of the skills of public and private agencies in the conservation unit in the periods before and after the privatization of the Presidente Vargas Steelworks.