Hertz, Wittgenstein e a Representação do Mundo (original) (raw)
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O Papel da Noção de Representação na Concepção de Ciência de Heinrich Hertz
Veritas, 2019
The book Eletric Waves (1893) was the starting point for the philosophical-methodological analysis of scientific theories by H. Hertz and the culmination of this practice was with his posthumous work The Principles of Mechanics (1894). In the introductions to these two books, a meta-scientific theme presents itself as the central nucleus. In these works, Hertz treats of the different representations, images or models (consciously constructed schemes) of the physical phenomena: in the case of the first book, of the electromagnetic phenomena; in the case of the second one, mechanical phenomena. In addition, the question tries to solve is the following: what is the origin of the plurality of images in the scientific theories? Was it inevitable? It is on this type of issues that the present work is fixed in the intention of presenting the role of the notion of representation in the science conception of Heinrich Hertz.
2012
O objetivo da presente tese assenta-se na defesa da hipotese de que existem influencias marcantes do pensamento do fisico Heinrich Hertz, especificamente de seu Os Principios da Mecânica (1894), sobre o Tractatus Logico-Philosophicus (1922) de Wittgenstein. Para tal, propos-se aqui, a partir de uma serie de ocasioes em que Wittgenstein cita Hertz, verificar em que medida isso pode ser sustentado. Sendo assim, procurou-se apresentar o pensamento de Hertz dentro de um contexto no qual ele se envolve com a analise e discussao das mecânicas que lhe foram precedentes, onde propoe uma especie de depuracao dessas mecânicas, apresentando a sua propria imagem. Sua intencao era a de apresentar uma imagem peculiar da qual fosse subtraida aquilo que ele chama de pseudoconceitos, a saber, os de forca e energia . Dessa imagem, defende-se aqui, Wittgenstein faz uso dos seus elementos substanciais (particula material, ponto material e sistema) para constituir sua ontologia, bem como, da nocao hertz...
Hertz e Wittgenstein: uma Nova Interpretação do Tractatus
O objetivo do presente artigo assenta-se na defesa da hipótese de que existem influências marcantes do pensamento do Físico Heinrich Hertz, especificamente de seu Os Princípios da Mecânica (1894), sobre o Tractatus Logico-Philosophicus (1922) de L. Wittgenstein. É reconhecido pela literatura especializada que algum tipo de influência de Hertz sobre Wittgenstein deve existir, no entanto, inversamente proporcional, como e em que extensão a relação entre dois pensamentos é importante, não está unanimemente resolvida. Portanto, propomos com este artigo, que é possível apresentar uma hipótese na qual o pensamento do primeiro Wittgenstein é tributário do sistema mecânico Hertz (com todos os seus acréscimos e aperfeiçoamentos) em, pelo menos, três dimensões: na ontologia, em sua teoria da figuração e em sua filosofia da ciência. De que forma isso se dá é o que se apresenta a seguir.
Hubert Dreyfus e Martin Heidegger: Representação e Cognição
Revista Kínesis, 2018
Hubert L. Dreyfus, on What Computers Can’t Do (1972), became the most prominent voice against the representational approach of the early days of artificial intelligence. Using heideggerian philosophy, Dreyfus pointed out that the mere predication of objects is insufficient to reproduce the kind of non-representational existence of a being-in-the-world. The test of time revealed the relevance of Dreyfus’ critique. Thus, the article will lay out the arguments of Dreyfus through two later works, namely, the book Being-in-the-World: A Commentary on Heidegger’s Being and Time, Division I (1991) and the article Why Heideggerian Artificial Intelligence failed and how fixing it would require making it more Heideggerian (2007). The use of Dreyfus’ late work is justified because of the connection made between Heidegger and Walter Freeman, indicating an example of what a heideggerian artificial intelligence could be against an representational one.
Heirinch Hertz e a Representação da Mecânica
The aim of this paper lies on the exposure of the representation of mechanical proposed by H. Hertz. In his time, were the two representations of mechanics available: the classical mechanics (Newtonian) and the energetist mechanics. Hertz will verify that these images of mechanics, despite offering advances in practical application, were proved of concepts, according he, superfluous and empty that, ultimately, don't point to nothing that could be found in nature. Thus, he proposes his own image, which he will suppress the concepts in question and instead submit a representation based on systems with links, governed by a fundamental law. What he does is to present an original proposal, containing a most interesting philosophy of science of the nineteenth century.
O presente texto visa apresentar, em caráter preliminar, uma avaliação wittgensteiniana de alguns pressupostos de um dos principais argumentos em favor do externalismo semântico: o experimento mental da Terra Gêmea, desenvolvido por Putnam no seu clássico “The Meaning of ‘Meaning’”. Primeiramente, pretendo mostrar que alguns dos mencionados pressupostos externalistas parecem implicar a possibilidade do erro maciço. A seguir pretendo expor esquematicamente um argumento wittgensteinano contra essa possibilidade. Esse argumento procura mostrar que o erro maciço é incompatível com a normatividade essencial da linguagem. Esse aparente conflito entre a filosofia de Wittgenstein e o externalismo não esconde as semelhanças entre ambos. Entretanto, creio que essas semelhanças são algumas vezes exageradas. Embora a idéia wittgensteiniana de publicidade da gramática tenha afinidades com o externalismo semântico, a idéia de autonomia (ou “arbitrariedade”) da gramática parece estar em franco conflito com ele. Mas vou tratar desses últimos pontos apenas de passagem no final do texto.
Heidegger e sua tradução de κόσμος por welten
Sofia
Parte-se aqui de uma indicação feita por Martin Heidegger (1889-1976) no §11 das preleções Princípios metafísicos da lógicaa partir de Leibniz (1928): a tradução da concepção grega deκόσμος (mundo) por welten (mundificar). Contudo, o que a justifica? O que nela está implicado? Assumindo essa problemática, o presente trabalho expõe que à base de tal proposta de tradução vige um conceito transcendental de mundo, queevidencia precisamente a mundaneidade do mundo, tal como exposta, a princípio, no §21 das preleções Prolegômenos para uma história do conceito de tempo (1925). Com vistas a entender essa mundaneidade do mundo, expõe-se, por um lado, o caráter ontológico do ser-em, que caracteriza o ser-no-mundo, e, por outro, sua vinculação com a concepção heideggeriana de verdade como pôr-a-descoberto (ἀλήθεια), o que possibilita entender que “mundo” é algo que está como que encoberto, devendo ser trazido pelo ser-aí à condição de desencoberto. Esse desencobrimento originário do mundo se d...
Sobre o problema do mundo exterior em Wittgenstein
Dissertação de mestrado
A presente dissertação visa avaliar o tratamento que Ludwig Wittgenstein oferece ao tradicional problema cético da existência do mundo exterior. É sobretudo em Sobre a Certeza que encontramos reflexões relevantes sobre o tema, como discussões sobre o sentido da dúvida cética e de alegações de conhecimento. Wittgenstein basicamente rejeita o problema. Contra o ceticismo, Wittgenstein defende que nossas certezas básicas estão fora do âmbito da dúvida e funcionam como condição de possibilidade de qualquer jogo de linguagem (inclusive o da própria dúvida). Contra Moore e a tradição filosófica em geral, denuncia a ausência de sentido não só da própria apresentação de uma resposta ao falso problema do mundo exterior, como da vinculação de nossas certezas básicas a um vocabulário epistêmico. Meu objetivo é o de apontar problemas às críticas de Wittgenstein. Começarei apresentando uma versão forte do ceticismo sobre o mundo exterior, para então mostrar que suas críticas só funcionam contra um ceticismo fraco, que não está em questão. Quanto aos seus ataques contra Moore, defendo que eles só funcionam pagando o preço caro de inconsistência com suas concepções metafilosóficas. A conclusão a que pretendo chegar é a de que o problema do mundo exterior permanece vivo, apesar da tentativa de Wittgenstein de desqualificá-lo.
Mundo Da Vida: A Apropriação Habermasiana De Husserl e Wittgenstein
Veritas, 1999
SÍNTESE-Este artigo apresenta algumas reflexões acerca da concepção habermasiana de mundo da vida, seguindo sua apropriação crítica dos conceitos de Lebenswelt em Husserl e Lebensform em Wittgenstein, de forma a mostrar em que medida Habermas dá conta da fundamentação normativa de uma teoria crítica da sociedade. PALAVRAS-CHAVE-Normatividade. Racionalidade. Seguir regras Sociedade. Teoria crítica.