O Encheirídion de Epicteto: Edição Bilíngue (original) (raw)

O Encheirídion de Epicteto

Revista Archai, 2012

O termo grego encheirídion se diz do que está à mão, sendo equivalente ao termo latino manualis, "manual" em nossa língua. Significa também "punhal" ou "adaga", equivalente ao latino pugio, arma portátil usada pelos soldados romanos atada à cintura. Simplício, em seu Comentário ao Encheirídion de Epicteto 1 , diz-nos que Arriano 2 , que escreveu o Encheirídion, "sintetizou as coisas mais importantes e necessárias em filosofia a partir das palavras de Epicteto para que estivessem à vista e à mão" (192 20 s.). Assim, o Encheirídion serve não como uma introdução aos que ignoram a filosofia estoica, mas antes àqueles já familiarizados com os princípios do Estoicismo, para que tenham uma síntese que possam sempre levar consigo e utilizar. Tal uso se relaciona à tradição estoica da meditação diária, para o que o Encheirídion serviria de guia e inspiração. Epicteto discorre sobre esse tema nas Diatribes em diversas ocasiões (I,

O Encheiridion de Epicteto (Edição Imprensa de Coimbra)

Imprensa de Coimbra, 2014

Nota biográfica sobre Epicteto, Epafrodito e Musônio As informações sobre vida de Epicteto nos vêm de três fontes principais: Aulo Gélio 1 , Simplício 2 e Suidas 3. Diz-nos a Suda: De Hierápolis, [uma cidade] da Frígia; [1] um filósofo; um escravo [2] de Epafrodito, um dos guarda-costas do imperador Nero. [3] Estropiado em uma perna em razão de reumatismo, [4] viveu em Nicópolis, [5] [uma cidade] da [província de] Épiro [...] [6] sua vida se estendeu até o reinado de Marco Antonino. [7] Escreveu muitos livros 4. 1 AULO GÉLIO, Noites Áticas 2.18 e 15.11. Aulo Gélio, autor e gramático latino, viveu entre 125 e 180. 2 Simplício da Cilícia, filósofo neoplatônico bizantino, viveu entre 490 e 560. 3 Suidas foi um lexicógrafo grego do século X. Compôs a Suda, a primeira enciclopédia de que se tem notícia. 4 Suda, episilon 2424.

Encheirídion De Epicteto

Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2013

Como veremos nas páginas seguintes, o Encheirídion de Epicteto desperta interesse desde a Antiguidade. Durante a Idade Média Europeia foi olvidado, enquanto o mesmo não se deu entre os cristãos bizantinos, que chegaram a lhe dedicar três paráfrases. Com o fim de Bizâncio, chegou à Europa através da Renascença Italiana, sendo difundido pelos católicos. Posteriormente traduzido por simpatizantes da Reforma, que viam nele um apoio contra a ortodoxia romana cristã, acabou sendo duramente atacado pelos agostinianos, crítica cujos ecos foram propalados por Pascal. Em sua versão de popularização do Encheirídion de Epicteto, Leopardi defende a filosofia epictetiana dos ataques de Pascal.

Encheiridion de Epicteto - Edição Imprensa de Coimbra - Portugal

Série “Autores Gregos e Latinos – Tradução, introdução e comentário”, 2014

"Epicteto, um dos grandes nomes do Estoicismo Imperial, nasceu no ano 55, em Hierápolis, na Frígia, e morreu por volta de 135, em Nicópolis. Entre 89 e 94, quando Domiciano expulsou de Roma todos os filósofos, Epicteto se retirou para Nicópolis, onde abriu sua escola de filosofia, que logo se tornou renomada. Seu pensamento nos chegou através de seu aluno Lúcio Flávio Arriano Xenofonte, cidadão romano de origem grega, que compilou suas aulas em oito livros, dos quais quatro sobrevivem, e constituiu o Encheirídion de Epicteto , tomando por base suas anotações das aulas do mestre. Consistindo em um conjunto de apotegmas para que o seguidor do Estoicismo tenha sempre ao alcance da mão os princípios para enfrentar as dificuldades da vida e vencê-las, o Encheirídion tornou célebre o nome de Epicteto, merecendo um amplo comentário de Simplício, que nos chegou. "

Encheirídon de Epicteto: transmissão e recepção da Antiguidade aos nossos dias

Como veremos nas páginas seguintes, o Encheirídion de Epicteto desperta interesse desde a Antiguidade. Durante a Idade Média Europeia foi olvidado, enquanto o mesmo não se deu entre os cristãos bizantinos, que chegaram a lhe dedicar três paráfrases. Com o fim de Bizâncio, chegou à Europa através da Renascença Italiana, sendo difundido pelos católicos. Posteriormente traduzido por simpatizantes da Reforma, que viam nele um apoio contra a ortodoxia romana cristã, acabou sendo duramente atacado pelos agostinianos, crítica cujos ecos foram propalados por Pascal. Em sua versão de popularização do Encheirídion de Epicteto, Leopardi defende a filosofia epictetiana dos ataques de Pascal.

O Manual de Epicteto

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Ascese das Emocoes Epicteto e Evagrio Pôntico

Relações entre o trabalho a ser feito sobre as pathe, as emoções, em Epicteto e em Evágrio Pontico. Ainda em andamento. Trabalho a ser apresentado na École Normale Superieur de Lyon em novembro de 2017.

Encheirídion, Capítulo I: Traduções e Comentários

Escritos de Filosofia III Linguagem e Cognição, 2019

O Encheirídion, termo que, em grego, significa “adaga, punhal, arma portátil ou livro portátil, manual”, foi composto por Lúcio Flávio Arriano de Nicomédia4, tomando por base suas compilações das aulas de Epicteto. Consistindo em um conjunto de apotegmas para que o seguidor do Estoicismo tenha sempre ao alcance da mão os princípios para enfrentar as dificuldades da vida e vencê-las, o Encheirídion tornou célebre o nome de Epicteto. Seguem breves, mas importantes, traduções e comentários sobre o primeiro capítulo do Encheirídion de Epicteto.

A Liberdade Em Epicteto

Mestrando (PUC-RS) RESUMO: A concepção de mundo estoica é fundamentada por uma rede causal de relações determinadas pela natureza. O destino faz parte dessas relações, problematizando a questão da liberdade num ambiente determinista. Levando em consideração esse legado teórico, Epicteto coloca a liberdade nas escolhas do indivíduo em relação a essas determinações que ele atribui à providência divina. PALAVRAS-CHAVE: Epicteto. Estoicos. Liberdade. Prohaíresis. ABSTRACT: The conception of stoic's world is supported by a causal network of relations determined by nature. The fate is part of these relations, problematizing the issue of freedom in a deterministic environment. Taking into consideration this theoretical legacy, Epictetus puts freedom in the individual choices regarding these determinations which he attributes to divine providence.