DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E CAPITAL HUMANO: TEORIAS, CRÍTICAS E ANÁLISE DO CASO BRASILEIRO (original) (raw)
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CRISE DO CAPITAL, REGRESSÃO SOCIAL E AUTOCRACIA POLÍTICA: DILEMAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
RESUMO No bojo da mundialização do capital, as principais correntes da esquerda brasileira optaram por reformas não estruturais, propondo‐se à domesticação ou democratização do capitalismo. Discutimos como os governos petistas inserem‐se nesse contexto, as limitações de seus projetos e como seu desfecho dramático – o impeachment de Dilma Roussef – foi a (ir)resolução aventureira decorrente da irresponsabilidade e perplexidade das classes dominantes diante dos efeitos da crise em curso. Palavras‐chave: Lulopetismo; neodesenvolvimentismo; golpe parlamentar.
CAPITAL HUMANO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO RIO GRANDE SUL: UMA ABORDAGEM MULTIVARIADA
Este artigo propõe uma análise a partir das teorias que associam o capital humano ao processo de desenvolvimento econômico. O método utilizado é composto por técnicas de estatística multivariada, principalmente a Análise Fatorial Exploratória (AFE) e Análise de Conglomerados. Foram selecionadas estatísticas dos 496 municípios do Estado do Rio Grande do Sul de acordo com sua capacidade de explicar as dinâmicas de concentração de renda, qualidade da educação e saúde, pobreza, educação e trabalho formal. Entre os resultados, destaca-se a associação positiva e direta entre os níveis de educação formal e de desenvolvimento econômico, o que valida as contribuições teóricas de Theodore William Schultz e demais autores que derivam de sua linhagem. Os resultados apontam para a importância de romper os paradigmas atuais e pensar a política educacional para além da retórica dos discursos oficiais e superar os desafios contemporâneos.
2006
O presente trabalho tem como objetivo o de verificar a contribuição do crédito bancário e do capital humano na determinação do crescimento econômico dos municípios brasileiros no período compreendido entre 1999 a 2003. A relação será estudada através de estudo econométrico em painéis de dados dinâmicos, através da técnica de Blundell e Bond (1998). A técnica proposta consiste em resolver o problema de causalidade reversa existente nos estudos econométricos convencionais. Asssim, utilizando a técnica GMM (Generalized Method of Moments) nas estimativas dinâmicas, as operações de crédito defasadas em 3 períodos e o estoque de capital humano em 2 períodos apresentaram-se como significantes. Sendo que a função de capital humano foi construída para cada município e constitui-se em inovação em relação a tradicional forma utilizada de nível de escolaridade ou porcentagem de matriculados. Os resultados significantes dos coeficientes foram corroborados através dos testes de Hansen para identificação, de autoregressividade e indicando a causalidade no sentido de operações de crédito e capital humano sobre o crescimento econômico dos municípios no período.
CONCENTRAÇÃO ESPACIAL DE CAPITAL HUMANO E EXTERNALIDADES: O CASO DAS CIDADES BRASILEIRAS
2007
O presente estudo buscou verificar a existência e a magnitude de externalidades positivas derivadas da concentração de capital humano para os municípios brasileiros. A presença destas externalidades elevaria os retornos à educação acima do seu nível de retorno privado, o que poderia ressaltar a importância de políticas de incentivo educacional para as localidades de menor desenvolvimento econômico. A partir dos micro dados dos Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000, foram comparados os salários obtidos por indivíduos semelhantes, mas que trabalhassem em municípios com diferentes concentrações de trabalhadores qualificados em sua mão-de-obra. Além do controle para o retorno privado à educação, buscou-se controlar para a influência de características não-observáveis relacionadas tanto aos trabalhadores quanto às cidades, as quais poderiam afetar os salários. Ademais, considerou-se a possibilidade de choques na demanda e na oferta por mão-de-obra e os trabalhadores mais e menos escolarizados como substitutos imperfeitos. As estimativas encontradas apontam a existência destas externalidades e que as mesmas afetariam de forma diferenciada os diversos tipos de trabalhadores. Palavras-chave: Capital humano, retorno da educação, externalidades.
Revista de Políticas Públicas
O presente texto tem por objetivo refletir sobre as abordagens do desenvolvimento, difundidas nos países periféricos, especificamente o caso do Brasil. Ressalta as características ideológicas do pensamento econômico latino americano cujos parâmetros são os processos de acumulação de capital nos países centrais. Fundamenta-se em Marx e no seu materialismo histórico dialético, cuja análise considera que a realidade social e sua dinâmica não existem no vazio e sim na sua historicidade e concretude, a fim de demonstrar a inconsistência e insuficiência das teorias econômicas para a compreensão do processo de desenvolvimento econômico na América Latina, e no Brasil.Palavras-chave: Acumulação de capital. Desenvolvimento. Ideologia.ACCUMULATION OF CAPITAL AND IDEOLOGY IN A PERIPHERAL ECONOMY: essay on Brazilian developmentalismThe present text aims to reflect on the development approaches, spread in peripheral countries, specifically the case of Brazil. It highlights the ideological charact...
Este artigo reexamina empiricamente as abordagens inspiradas em , ) e Romer (1986) sobre a influência do capital humano no crescimento econômico. Trata-se de examinar se o capital humano deve ser considerado um fator de produção como qualquer outro na função de produção, mas contribuindo para gerar rendimentos crescentes de escala , ou, então, se o referido fator produz seus efeitos sobre a taxa de crescimento do produto via difusão tecnológica (Nelson e Phelps, 1966) e por meio da produção de conhecimento e de geração do progresso técnico (Romer, 1986;. A aplicação empírica é feita para uma amostra de 68 países com padrões de desenvolvimento bastante heterogêneos e, também, repetida para os subgrupos classificados pelo Banco Mundial em países ricos, de renda média e países pobres. Utiliza-se a análise de fronteira estocástica e o Índice de Malmqüist para decompor a variação da produtividade em efeitos ocasionados pela variação do progresso técnico (deslocamento da fronteira) e os efeitos produzidos pela variação de eficiência técnica (efeito de aproximação da fronteira). Os resultados obtidos mostram que o capital humano contribui de diferentes formas para o crescimento econômico como nas abordagens antes mencionadas.
TEORIA DO CAPITAL HUMANO E A RELAÇÃO EDUCAÇÃO E CAPITALISMO
O presente artigo faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso em Pedagogia e busca explicitar a Teoria do Capital Humano, mostrando um breve histórico desta teoria, expondo como esta se firma na educação nas últimas décadas e como expõe seus objetivos de forma mascarada para que possa servir aos interesses do capitalismo. Buscamos expor neste artigo que a educação sob a ótica da Teoria do Capital Humano torna-se uma ferramenta para a adaptação e dominação dos cidadãos. Este artigo busca mostrar que a Teoria do Capital Humano prega que o maior investimento na educação torna o indivíduo mais competente para concorrer no mercado de trabalho e que sua escolarização pode garantir uma posição melhor ou uma mobilidade social. Contudo, esta teoria deposita no indivíduo a responsabilidade por sua condição social. Esta teoria auxilia o capitalismo em seus anseios, formando a mão de obra útil e necessária com os valores e atitudes que fomentam e ajudam o capitalismo em sua perpetuação e que no fundo apenas mantém a estrutura existente e aumenta as mazelas sociais. Entretanto, sabemos que devemos buscar uma teoria crítica da educação que busque romper com a atual situação e almeje uma educação que alcance a todos.
CAPITAL E TRABALHO NA FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL
CAPITAL E TRABALHO NA FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL, 2015
Fonte: Instituto Lukács Autor: Artur Bispo dos Santos Neto Da Orelha: O ponto de partida deste livro é investigar a anatomia da força de trabalho subordinada ao capital no desenvolvimento histórico da economia brasileira, da colonização aos tempos hodiernos. O capital emerge no cenário brasileiro como inteiramente responsável pela destruição das relações comunais subsistentes, como pela relação de exploração do trabalho escravo, quanto das relações fundamentadas no trabalho assalariado.