Insubordinate constructions in Brazilian Portuguese: completives and conditionals under analysis (original) (raw)

Construções insubordinadas no português do Brasil: completivas e condicionais em análise

Revista Odisseia, 2017

Insubordinação é conhecido como o processo pelo qual construções que apresentam uma marca qualquer de subordinação passam a ser usadas independentemente, sem que estejam conectadas a uma oração principal. Embora possam parecer construções idiossincráticas, usadas apenas esporadicamente pelos falantes, as pesquisas acerca dessas construções constatam que elas são bastante frequentes e realizam estratégias discursivo-pragmáticas específicas. Desse modo, o objetivo deste trabalho é descrever essas construções no português do Brasil, apresentando suas características discursivas e funcionais. PALAVRAS-CHAVE: Construções insubordinadas. Contextos discursivopragmáticos. Construcionalização.

Construções completivas insubordinadas subjetivas-modais no português brasileiro

Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 2020

Neste trabalho descrevem-se e analisam-se os usos de construções completivas insubordinadas (CCI) no português brasileiro com função subjetiva-modal, de acordo com as propostas de Evans (2007, 2009), Van Linden e Van de Velde (2014), D'Hertefelt, (2015), Gras (2016), Sansiñena (2015), entre outros. As ocorrências foram coletadas em diferentes corpora de língua falada (Corpus do Português, Corpus Brasileiro, Corpus C-Oral e IBORUNA). Nas construções subjetivo-modais, o falante expressa sua atitude subjetiva em relação à proposição. As CCIs sempre são formalmente marcadas com o modo subjuntivo, têm natureza exclamativa ou optativa/hortativa, e os sujeitos são de terceira pessoa, singular ou plural. No uso de CCIs ocorre uma extensão funcional na medida em que essas construções expressam relações além do nível de oração, que podem ser avaliadas apenas discursivamente.

Semiprodutividade construcional: uma investigação empírica da complementação sentencial do português brasileiro

(Con)textos Linguísticos, 2020

A literatura em Gramática de Construções Baseada no Uso-entendida aqui como a vertente cognitivo-funcional da Gramática de Construções-menciona três mecanismos possíveis para explicar como o falante evita a supergeneralização: o conhecimento gramatical, o enraizamento e o bloqueio estatístico. Este artigo busca avaliar a realidade psicológica de cada um desses mecanismos a partir da análise de uma construção específica do português brasileiro: a Construção de Complementação Sentencial (por exemplo, "Ela disse que sairia"). Após uma análise baseada em corpus, da qual derivamos três hipóteses relativas à representação mental da construção em pauta, relatamos um experimento de produção induzida. Os resultados confirmam a atuação de um mecanismo baseado em conhecimento gramatical e de um mecanismo baseado em conhecimento estatístico em termos de enraizamento. Por outro lado, não foi possível comprovar a atuação do bloqueio estatístico.

As construções com dois complementos no ingles e no portugues do Brasil

A noção de Alvo de transferência de posse adotada por Larson {1988) é bastante específica. no sentido em que, para este autor, verbos como give away, donate, distrihute e conlribute só podem conotar uma Transfe~ rência de posse a partir de uma Fonte, mas não para um Alvo determinado. Esta observação é importante, poís toda a sua proposta IC\'a em conta verbos como give que, como a preposição to, selecionam um argumento Alvo que pode ser detenninado.

A Construção Condicional Em Português

Revista de Letras, 2020

O objetivo deste artigo é demonstrar a viabilidade do conceito de construção para o estudo das orações condicionais. Parte-se do entendimento de que a condicionalidade constitui um significado convencional, interpretado a partir da correlação entre aspectos formais e semântico-pragmáticos. Assim, propõe-se conceber as condicionais como um tipo de construção, resultante do pareamento convencional entre forma e função, procurando sistematizar a organização conceitual de diferentes padrões e a acomodação de elementos com complexidade formal e semântico-pragmática tão diferenciadas que têm na rede. A partir dessadescrição, podem-se explicar os padrões de transferência e as regularidades envolvidos na organização estrutural e conceitual da condicionalidade. O exame realizado aqui permite compreender como o significado condicional está associado a um esquema geral mais abstrato que sanciona diversos subesquemas e microconstruções ligados ao polo prototípico por elos diversos. As considera...

CONSTRUÇÕES REFLEXIVAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

As construções prototipicamente reflexivas são aquelas que descrevem linguisticamente cuidados corporais (verbos de campos lexicais como WASH, SHAVE, BATHE e DRESS). Em construções desse tipo, o português brasileiro possui uma alternância semântica entre construções como se barbear e fazer a barba. Neste artigo, uma tipologia do domínio reflexivo é proposta de maneira que englobe essa segunda construção, produtiva no português brasileiro, mas não comum em outras línguas.

Concordância em construções copulares do português brasileiro

2014

This work is concerned with copular clauses in Brazilian Portuguese like Mulher(es) e complicado, in which the predicate exhibits an unmarked form for gender and number (masculine singular), in spite of the feminine and/or plural form of the noun in the subject constituent. We reject the analyses that propose (i) there is a hidden infinitive in the subject position, (ii) the agreement is an instance of semantic agreement, and (iii) the DP subject would be in an A-bar position. We argue that the subject is a nominal that lacks index features, used in the external agreement (WECHSLER, 2011; DANON, 2012; DUEK, 2012; FOLTRAN; RODRIGUES, 2013).

Os estágios de insubordinação em construções condicionais com a conjunção se no português: evidências históricas

Working Papers em Linguística

O fenômeno da insubordinação é definido como o uso independente de orações originalmente subordinadas (EVANS, 2007). Trata-se de casos como “se soubesse como me faz sofrer!” (Corpus do Português). Para explicar a origem dessas construções, Evans (2007) propõe uma trajetória baseada na elipse da oração principal, constituída de quatro estágios, sendo o último o de convencionalização, em que a construção tem forma e função especializadas e uso totalmente independente. Trabalhos posteriores atestam construções insubordinadas em diferentes línguas, como português, espanhol, francês, inglês, alemão, holandês, sueco e dinamarquês (D’HERTEFELT; VERSTRAETE, 2014; GRAS, 2011; KALTENBÖCK, 2016; MITHUN, 2008; STASSI-SÉ, 2012; VAN LINDEN E VAN DE VELDE, 2014; HIRATA-VALE, 2015, 2017, 2020; SANSIÑENA, 2015; SCHWENTER, 2016; TRAUGOTT, 2017) e apontam outros fatores a respeito do grau de independência dessas construções, como relações estabelecidas pragmática e discursivamente. O presente trabalho...