Pensar pelo Desenho. Do esquisso à obra (original) (raw)
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Desenho como forma de pensamento
Anais do 4° Ciclo de Investigações em Artes Visuais do PPGAV-UDESC (2009)
Este artigo apresenta algumas reflexões sobre o desenho orientadas por distintas concepções que o associam ou identificam com o processo de pensamento. Sem o intuito de deter-se em uma análise histórica detalhada, o artigo traz um breve levantamento de discursos e práticas sobre o desenho, aqui entendido como dispositivo para projetar, em seu aspecto não apenas instrumental de preparação e visualização de um objetivo, mas em seu aspecto abstrato de pensamento visual atrelado à intencionalidade. No percurso deste levantamento o desenho será compreendido desde ferramenta de investigação visual, implicado originalmente na representação baseada em observação, até a exploração dos seus próprios limites na produção artística contemporânea. Publicado nos anais do 4° Ciclo de Investigações em Artes Visuais do PPGAV-UDESC (2009).
Desenho como Meditação. O Olhar que Contempla
Desenho como meditação: o olhar que contempla, 2010
O fascínio pela verdade do olhar sobre as coisas conduziu a autora à questão essencial: “Sendo o desenho a forma primordial de expressão, ferramenta materializadora da ideia e do universo que nos rodeia, por que razão existe, inexplicavelmente, um estigma de inaptidão acentuado em relação ao mesmo? ” A intenção da autora é demonstrar que o desenho, no seu estado essencial, é idêntico à meditação, e que, se for efectuado com essa postura, origina resultados bastante positivos. Através da pesquisa nas áreas da Meditação e do ensino do Desenho, bem como o testemunho da autora e de demonstrações filmadas, aquando da utilização deste método, por parte da autora e pela dos alunos, acompanhados por registos fotográficos dos mesmos, demonstra-se o resultado real e visível daquilo que foi vivenciado, e que constitui um passo em frente no ensino da disciplina e uma nova forma de aprendizagem, revelando uma abordagem ao desenho, mais natural, total e consciente. The fascination of seeing the truth of things led the author to the essential question: "Being the drawing the ultimate form of expression, a tool that materializes the ideas and the universe around us, why does exist, inexplicably, a stigma of sharp unfitness regarding this issue?" The author's aim is to demonstrate that drawing, in its essential state, is identical to meditation, and that, if executed accordingly to this state, it can lead to positive accomplishments. By the means of researching on such areas as meditation and the teaching of drawing, as well as through the author’s testimony herself and videotaped statements, produced while using this method by the author and students, all together with photographic records of the drawings, it can be seen the actual and visible result of what has been experienced and can been considered a step forward in the teaching of the discipline as well as a new way of learning, and at the same time revealing a more natural, total and conscious approach to drawing. http://hdl.handle.net/10400.26/30159
Breves considerações sobre o Desenho, a Memória e o Pensamento
Resumo: As pesquisas atuais de neurocientistas sobre o processamento dos sinais captados pelos nossos olhos mostram que a percepção das imagens ocorre de forma segmentada em nosso cérebro. Este artigo propõe algumas implicações desse fato na relação entre o desenho e nossa percepção visual.
Pensar e questionar o desenho: experiência prática e reflexiva
2015
Resumo O presente estudo partilha uma experiência prática, reflexiva e individual desenvolvida na Escola Secundária da Maia, durante o segundo ano curricular de mestrado em ensino das Artes Visuais, 3.º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário, na disciplina de Desenho A, com vinte e dois alunos, da turma do 12.º K, durante oito meses, outubro de 2014 a maio de 2015. Questiona e problematiza o desenho em sala de aula, entendido por muitos, alunos e professores, como uma prática disciplinar, em que os alunos não pensam o desenho, nem são levados a pensar o desenho. Surgiu como uma preocupação pessoal e profissional, prosseguida neste momento de estudo, com estes alunos e neste contexto local. Com base em leituras, discursos e reflexões, pretendi experimentar um conjunto de práticas, que procurassem integrar diferentes discursos sobre o desenho, fazer sobressair singularidades e modos de abordagem do desenho, mais como uma possibilidade de articulação de um fazer e de uma reflexão sobre o fazer, numa nova perspetiva, sem desvalorizarem ou abandonarem as anteriores formas de pensar e praticar o desenho, e produzir relações com o desenho, pensadas e discutidas por todos.
Desenho como forma de expressão
2018
Podemos definir o desenho como um processo pelo qual uma superficie e marcada aplicando-se sobre ela a pressao de um objeto – lapis, caneta, giz, que se transforma numa imagem formada por tracos. O mundo dos tracos e das cores marca presenca junto a infância com encantamento, motivando o desejo da descoberta, pois e carregado de significados e reflete o retrato da crianca. O desenho infantil estabelece uma relacao entre a crianca e sua expressividade, que possui seu proprio estilo de representacao grafica bem como sua propria maneira de expressao. O desenho como linguagem tambem se constitui um instrumento do conhecimento e leva a crianca a percorrer novos caminhos e apropriar-se do mundo. A crianca que desenha estabelece relacoes do seu mundo interior com o exterior, adquirindo e reformulando conceitos e aprimora suas capacidades, envolvendo-se afetivamente e operando mentalmente. Ela externaliza sentimentos e expressa pensamentos. Read (2001) afirma que o desenho e um modo de exp...
Desenho como documento do processo criativo
Manuscrítica, 2002
Com o intuito de aplicar o conceito de “Documento de Processo ”, proposto por Cecília A. Salles, aos desenhos preparatórios feitos pelos artistas plásticos este texto analisa o campo semântico da palavra desenho os instrumentos e suportes utilizados e as diferentes funções do desenho no processo criativo.
Considerações sobre o Desenho: técnica, poética e conceito
Revista Domínios da Imagem, 2012
e Arte" (2005) e Mestre em Artes Visuais (1997) pela Universidade Estadual de Campinas. Atua na área de Artes em Poéticas Visuais Contemporâneas. Realizou diversas exposições no Brasil e no exterior, com ênfase em procedimentos gráficos, desenho, fotografia, vídeo e instalação.
ESAD -Escola Superior de Artes e Design ESG -Escola Superior Galleacia O signo grafado é a unidade de um discurso sistematizado, traduzido na percepção e aquisição de um processo de desenho específico, operacionalizado nos diferentes modos e suportes de inscrição. A escrita enquanto desenho tem uma dimensão concreta, materializada, pensada e definida na respectiva sequência e organização do traçado dos diferentes signos. O desenho encontra-se na fundação da prática gráfica. A correspondência entre desenho e escrita atinge o seu expoente na arte caligráfica, uma vez que o resultado final da acção entre escrevente e instrumento de escrita, tem como principal objectivo a excelência gráfica. O cálamo, a pena e o estilete, eram os instrumentos utilizados para o desenho das letras. A matéria subjectiva mais comum era o papiro, tábuas enceradas, cerâmica e lâminas em metal. Reportamo-nos aos escribas da Idade Média e, particularmente, aos da Renascença, na época em que se estudavam e propunham diferentes formas de escrita-desenho. Na Renascença, a compreensão do desenho como ferramenta específica da grafia e da arte caligráfica, atingiu o auge, assistindo-se ao aparecimento de formas de grafias mais livres que a dos séculos seguintes, durante os quais se foi verificando uma institucionalização ao nível dos seus parâmetros formais. Na actualidade, a escrita grafada manualmente não se rege por qualquer padrão gráfico ou cânone artístico. O sentido da visão