O poder naval português: um conceito em discussão [2013] (original) (raw)

Royal Navy: evolução e superioridadedo poder naval britânico na era dos navios a vela

Navigator, 2012

Geographically located between the Atlantic Ocean, English Channel, the Irish Sea and the North Sea, the British Isles have always been susceptible to any foreign threats. Based on an expansionist philosophy of power projection that astute diplomacy combined with the efficiency of the military instrument, the British developed a Navy able to compete and overcome other powers in the quest for control of sea lanes of commerce and hegemony in the oceans. Through the experiences gained in the course of many decisive battles, the Royal Navy imposed upon their opponents in different naval conflicts fought between the 16th and 19th centuries, emerging at the end of the Napoleonic Wars (1799-1815) as the greatest naval power in the age of sailing ships.

A Evolução Tecnológica e o Impacto na Grande Guerra Um contributo para uma outra visão sobre o poder naval

A Grande Guerra e os Açores: da estratégia naval à pneumónica, 2019

O Mar foi e será sempre uma arena de disputa de poder entre nações pela importância das suas vias comerciais, assim como para a atividade piscatória ou extrativa de matérias-primas. Como tal, historicamente as guerras navais tiveram como objetivo central a obtenção do controlo do mar, ou a negação do mesmo ao inimigo, conseguindo-se este objetivo através de batalhas de destruição ou de bloqueios. Ao encontro desta ideia, no final do século XIX a teoria estratégica de Alfred Mahan levou a uma corrida internacional ao armamento para a obtenção de supremacias navais, que garantisse a obtenção desse tal poder naval efetivo em cada combate. No entanto, é reconhecido que o poder naval foi obtido múltiplas vezes por forças navais não dominantes, sempre que estas tiveram a possibilidade de superar pontualmente a superioridade numérica, ou tecnológica do inimigo.

PODER NAVAL E AQUISIÇÕES DE DEFESA CANADENSE: ANÁLISE DOS SUBMARINOS CLASSE VICTORIA

10º ENABED, 2018

O Poder Marítimo visa garantir os interesses e a soberania do Estado no mar, sendo o Poder Naval o seu braço armado capaz de assegurar os objetivos estratégicos definidos pelos seus documentos e políticas de defesa. Nesse sentido, os submarinos são instrumentos pelos quais o poder naval pode ser expresso. Tendo surgido durante o século XIX, sua principal característica é a capacidade de operar de forma oculta. Assim, o Canadá se enquadra no grupo de países que possuem submarinos convencionais no seu arsenal. Sendo o segundo maior país do mundo em extensão territorial e tendo os Estados Unidos da América como seu vizinho, o Canadá apresentou problemas de cortes massivos na pasta de defesa, sucateamento dos equipamentos militares e grandes atrasos em seus processos de aquisição desde o fim da Guerra Fria. A aquisição dos Submarinos Upholder em 1998, rebatizados como Classe Victoria, constituiu uma compra de oportunidade, sendo adquirido do Reino Unido após o mesmo resolver operar apenas submarinos nucleares. Entretanto, a aquisição gerou opiniões divergentes: apesar de muitos especialistas afirmarem que o custo dos equipamentos seria maior do que o previsto, já que alguns deles apresentaram problemas técnicos e todos tiveram que ser adaptados para o uso de mísseis tipicamente usados pela Marinha do país, além de não possuírem a capacidade de operar no Ártico durante todo o ano; outros afirmam que era a única opção viável do país naquele momento. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo, através da utilização de fontes primárias e secundárias, analisar a aquisição dos submarinos da Classe Victoria, buscando avaliar não só as vantagens e desvantagens desse processo, mas também do contexto em que o país estava inserido e a importância dos submarinos para o poder naval Canadense.

Antecedentes da construção naval em Portugal

Gomes, Rosa V., 2016, Antecedentes da construção naval em Portugal, A Gestão dos Recursos Florestais Portugueses na Construção Naval da Idade Moderna: História e Arqueologia. Lisboa: Instituto de Arqueologia e Paleociências da Universidade Nova de Lisboa.

O valor do poder naval na Antiguidade Clássica. O exemplo romano, Academia de Marinha, XI Simpósio de História Marítima, Lisboa, 2013, pp.53-95

O exercício do poder naval por parte das potências que o possuíram ao longo dos séculos conheceu interpretações muito diversificadas, em larga medida ditadas pelas realidades do tempo e das sociedades em que foram produzidas. Muitas dessas interpretações espelham a persistência de concepções geoestratégicas centradas na oposição entre potências continentais e potências marítimas. Os trabalhos desenvolvidos pelo historiador e estratega naval norte-americano Alfred Thaier Mahan ( , nos finais do século XIX, obrigaram a repensar muitos dos conceitos anteriormente vigentes, demonstrando que o domínio do mar através do poder nav al foi um factor determinante em muitos momentos decisivos da história 1 . Esta circunstância tornou-se mais visível a partir da Idade Moderna, quando se desenvolveram os grandes impérios marítimos europeus, obrigando ao efectivo domínio do mar ou a opções diplomáticas que permitissem beneficiar do apoio da potência marítima dominante. A atenção conferida ao poder naval em períodos mais recentes da história teve, todavia, consequências negativas para o estudo do que se passou na Antiguidade, relegado inicialmente para o círculo dos humanistas, durante muito tempo dependentes de fontes escritas, nem sempre fiáveis, e de uma iconografia reduzida e de difícil interpretação, particularmente limitada pela ausência até ao século XIX de meios de registo que permitissem a divulgação dos testemunhos, conduzindo a fantásticas propostas de reconstituição dos navios 2 . 1 A. T. Mahan, The influence of Sea Power upon History, Boston, 1890; The influence of Sea Power upon the French Revolution and Empire, Boston, 1919. Embora as análises de Mahan se centrem num período anterior à introdução da navegação a vapor parte das suas conclusões são geralmente válidas, o que levou muitos responsáveis navais da época a acolhê-las com grande entusiasmo.

Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII [2004]

presente. Lancei ao mar um madeiro, espetei-lhe um pau e um lençol. Com palpite marinheiro medi a altura do sol. Deu-me o vento de feição, levou-me ao cabo do mundo... ANTÓNIO GEDEÃO PRÓLOGO Este livro resulta de uma dissertação de doutoramento concluída em 2000 e apresentada em 2001 na Universidade de Lisboa. A publicação não a resume ou aligeira no aparato erudito, apenas, pois nalguns casos houve até de acrescentar notas e reescrever texto, dado que nos anos transcorridos as publicações da especialidade foram em número e relevância apreciável, isto sem esquecer as dissertações académicas. Por outro lado houve também o ensejo de rectificar questões de pormenor, mas globalmente este volume é mais pequeno que a dissertação em causa; para isso concorre a não reprodução da nova leitura do Livro de Fernando Oliveira, restringindo-se os apêndices aos regimentos gerais e especiais. O livro, como a tese antes dele, beneficiou muito de conselhos e ajudas várias de amigos e colegas exemplares no entendimento e na prática do que pode e deve ser o intercâmbio científico; o número de trabalhos citados a partir de originais dactilografados que pude utilizar ilustra-o bem. Para todos fica aqui expresso o reconhecimento devido, dirigido em primeiro lugar aos membros do júri que apreciou as provas públicas e sugeriu aspectos mais carentes de revisão, a par das palavras de incentivo que tanto significam naquela hora: os Professores Doutores Manuel Villaverde Cabral, Aurélio de Oliveira, Maria do Rosário Themudo Barata, João Marinho dos Santos e António Marques de Almeida. Uma palavra em particular é devida ao Professor Doutor António Dias Farinha, orientador da dissertação além de arguente.

MATOS, Jorge Semedo de. "Velas e remos no Poder Naval português do Índico: primeiro quartel do século Velas e remos no Poder Naval português do Índico: primeiro quartel do século XVI

Em 1498, quando Vasco da Gama chegou a Calecut e desembarcou o seu primeiro tripulante, perguntaram-lhe ao que vinham a ali fazer. Respondeu-lhe o português que buscavam cristãos e especiarias, expondo-se com toda a ingenuidade própria da ignorância. Nos anos sequentes o poder político português procurou adaptar-se às circunstâncias do Mundo Índico, e adoptar os melhores procedimentos, com vista ao monopólio do comércio de especiarias para a Europa. Para isso, foi montado um dispositivo político, militar e naval, cujo objectivo passava pelo domínio do Oceano Índico. Neste trabalho procuramos analisar os primeiros vinte e sete anos desse esforço, interpretando a lógica do seu raciocínio estratégico e táctico.