QUEM ERAM OS FENÍCIOS? OU DA CRISE IDENTITÁRIA NA ACADEMIA DO SÉCULO XXI (original) (raw)

A EDUCOMUNICAÇÃO E OS SERTÕES DO SÉCULO XXI

Educação & Sociedade, 2020

O presente trabalho faz uma revisão histórica da relação entre comunicação e educação no semiárido nordestino, como ponto de partida para entender os avanços e desafios da educomunicação no sertão baiano. O texto se dedica, com base na economia política da comunicação e da cultura, a problematizar o percurso dos projetos, usos e sentidos das políticas educacionais e comunicacionais historicamente implantadas nos sertões do interior da Bahia. Entendendo os processos de popularização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) na região como um fenômeno de expansão periférica do capital globalizado, o estudo indaga sobre os riscos de conceitos neocolonizadores na área e propõe a educomunicação de raiz como caminho de educação pela comunicação contextualizada e transformadora.

OS PRECONCEITOS VIVENCIADOS PELOS ALUNOS INDÍGENAS NAS UNIVERSIDADES

Revista Ouricuri, 2020

Resumo: A proposta deste artigo iniciou com minha vida acadêmica. Como indígena Pankará da Aldeia Serra do Arapuá em Carnaubeira da Penha/PE, sempre busquei falar e trabalhar com temas relacionados à cultura das sociedades indígenas. Atualmente, lecionando em uma aldeia indígena, percebi que os preconceitos são reais, e a forma de bani-los é trabalhar no fortalecimento da cultura. Este trabalho teve como objetivo apontar, a partir de suas vivências, os preconceitos vividos pelos alunos indígenas inseridos nas universidades. Além disso, trabalhar o conceito de preconceito e os posicionamentos da sociedade, uma vez que muitos não se posicionam como preconceituosos, mas acabam discriminando o outro. Palavras-Chave: Povos Indígenas; Discriminação Social; Educação Indígena. THE PREJUDICES EXPERIENCED BY INDIGENOUS STUDENTS AT UNIVERSITIES Abstract: The purpose of this article started with my academic life. As a Pankará indigenous from Aldeia Serra do Arapuá in Carnaubeira da Penha / PE, I have always sought to speak and work with themes related to the culture of indigenous societies. Currently, teaching in an indigenous village, I realized that prejudices are real, and the way to ban them is to work on strengthening culture. This work aimed to point out, from their experiences, the prejudices experienced by indigenous students inserted in universities. In addition, working on the concept of prejudice and the positions of society, since many do not position themselves as prejudiced, but end up discriminating against the other. Resumen: El propósito de este artículo comenzó con mi vida académica. Como indígena Pankará de Aldeia Serra do Arapuá en Carnaubeira da Penha / PE, siempre he buscado hablar y trabajar con temas relacionados con la cultura de las sociedades indígenas. Actualmente, enseñando en una aldea indígena, me di cuenta de que los prejuicios son reales y la forma de prohibirlos es trabajar en el fortalecimiento de la cultura. Este trabajo tuvo como objetivo señalar, a partir de sus experiencias, los prejuicios vividos por estudiantes indígenas insertados en las universidades. Además, se trabaja el concepto de prejuicio y las posiciones de la sociedad, ya que muchos no se posicionan como prejuiciados, sino que terminan discriminando al otro.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA ESCOLA AFROCENTRADA: (RE)PENSANDO A NOÇÃO DE IDENTIDADE

Revista Ensaios Filosóficos , 2021

O presente texto trata-se de um ensaio teórico que como objetivo (in)reflexões acerca da concepção de identidade para contribuir na produção de uma escola afrocentrada. "Mas porque a necessidade concebermos uma reflexão acerca do conceito de identidade para as relações étnico-raciais?" Compreendemos que através do segundo milênio (a partir dos tempos coloniais em terras americanas até na atualidade do Brasil), uma Forma Racismo vinha sendo generalizada no planeta Terra. Mas a tal Forma Racismo tem a capacidade de ser fluída referente ao espaço/tempo. Com base nas indagações sobre escola e identidade "é possível construir uma escola de viés afrocêntrica?"; "a identidade desta escola será engessada, inventada ou fluida?"; "Afinal, existe um centro que irradiará todas estas questões?) nós intencionaremos nas múltiplas possibilidades que a identidade negra tem como potência na escola. Refletir sobre estratégias e táticas para transmitir epistemologias negras na tentativa de solucionas problemas como o racismo torna-se de suma importância aos negros do Brasil. Palavras-chave: Educação, Afrocentricidade, Identidade, Epistemologia, Forma

O ÓCIO CRIATIVO E A EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI

RESUMO O presente ensaio, de alicerces hermenêuticos, tem por base potencializar interlocuções com Domenico de Masi (2010; 2017) sobre o ócio criativo, para pensarmos a educação nesse século. Debatemos sobre a importância de desenvolvermos o ócio criativo no período de isolamento em que estamos vivendo, levando em consideração três desdobramentos que fazem surgir novas potencialidades e que trazem implicações para os processos de educar, a saber: trabalhar com o intuito de produzir riquezas e de aprender, estudar para criar novos conhecimentos e divertir-se, brincar para criar o bem-estar. É nesse sentido que o ócio criativo surge com uma potência produtora de novos sentidos e significados para agenciar rupturas educativas e construir agregações (inter)subjetivas. Concluímos que o ócio criativo é assinalado com potencial para inúmeros aprimoramentos humanos à ação, visto que estamos num mundo marcado por constantes transformações tecnológicas e por imprecisões do futuro, que é multifacetado de problemáticas e desafios, necessitando de mobilizações e disposições criativas e críticas na educação, tendo em voga os diversos cenários patológicos, desagregadores e de exclusão social. Palavras-chave: Ócio criativo; Educação; Criatividade; Contemporaneidade.