QUILOMBOLAS E OUTROS POVOS TRADICIONAIS (original) (raw)
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POVOS INDÍGENAS, COMUNIDADES QUILOMBOLAS E MIGRAÇÕES
INTRODUÇÃO Povos indígenas, comunidades quilombolas e migrações, 2023
Eu venho da grande floresta, Do rio, minha festa, quero a vida cantar. Nosso grito na cidade ecoou, O canto dos povos estrondou, Guerreiros aguerridos, Vem vindo para se unir. Na terra que o sangue banhou, Uma nova geração levantou, Com garra e coragem, Luta e canta sua nação. Revive o que de fato é seu, A cultura desses povos não morreu, Na pele grande tela, O grafismo é nossa voz. Na pena um significado singular, A liberdade que se tem Como pássaro a voar. A ancestralidade pede paz, Ela é a força da identidade, Na aldeia ou na cidade, Nossa uka não se desfaz.
POVOADO MOINHO: O INDIVÍDUO QUILOMBOLA EM UM ESPAÇO RECONHECIDO
The Thorp Moinho is recodniced by the Palmares Fundation, being this reconnaissance, a not-tiping. For it is not an tipping, safeguard of the local is not necessearly supported by the IPHAN. Your recodniced is given through athward the features from the ancestors of the residentes, that still lives in the thorp. With the life style of the presente residentes of the thorp, the traditions doesn't remain like their ancestors, and this reflects in the preservation of the buildings of the thorp. The question addressed in this article is that it would be possible to use and understand the heritage formulation, in a location that your people should also be safeguarded as a living symbol, traditional and consistent Brazilian quilombo traits.
QUILOMBOLAS DO ALTO TROMBETAS: DA ESCRAVIDÃO AOS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS CONTEMPORÂNEOS
2015
O artigo descreve um histórico dos conflitos socioam- bientais que envolvem as comunidades remanescentes de quilom- bos do alto Trombetas, dos tempos de escravidão ao grande projeto de exploração mineral desenvolvido pela Mineração Rio do Norte, remontando às origens dos quilombos formados à montante e à ju- sante das cachoeiras do rio Trombetas e seus afluentes que, a partir do final da década de 1980, serviram de referências simbólicas aos processos de identificação étnica dos quilombolas do município de Oriximiná, Estado do Pará, que passaram a desenvolver estratégias de resistência à opressão historicamente sofrida, reencontrando com sua historicidade e ancestralidade e revalorizando os traços étnico- culturais que lhes singularizam.
FASCÍCULO 05 - Ribeirinhos e Quilombolas, Ex-moradores do Parque Nacional do Jaú, Novo Airão, Amazonas, 2007
Fascículo produzido no âmbito do Projeto Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil
2019
Síntese: Quartel do Indaiá consta como uma das 220 comunidades quilombolas reconhecidas no estado de Minas Gerais, através do critério de autodefinição, segundo dados da Fundação Cultural Palmares a partir da concepção da ancestralidade, trajetória e relação territorial específica de seus componentes. A compreensão do território como espaço de reprodução cultural, social, religiosa e econômica dessas comunidades no Brasil foi uma bandeira dos movimentos sociais ligados à cultura negra na década de 1980, que buscaram garantia constitucional desse direito. O território, neste contexto, também é considerado um espaço de promoção da saúde para as comunidades que mantêm uma relação de interdependência com o ecossistema em que vivem, principalmente para sua alimentação. A criação do Parque Nacional das Sempre Vivas foi efetivado através do Decreto Presidencial s/n, em 13 de dezembro de 2002, com uma política que visa a proteção integral da natureza da "interferência" antrópica. Assim, as comunidades tradicionais que vivem no entorno foram impedidas de ter acesso às áreas delimitadas, privando-as de suas práticas tradicionais de subsistência. O presente artigo propôs desvelar a relação entre a comunidade de Quartel do Indaiá e o Parque Nacional das Sempre Vivas e a sua influência no modo de vida desta comunidade, sua economia e segurança alimentar e nutricional.
SABERES TRADICIONAIS QUILOMBOLAS NA ESCOLA: O USO DO LINDÔ NAS AULAS DE PORTUGUÊS
Diversidade e Educação , 2018
Este artigo tem por objetivo discutir e refletir a importância das cantigas de Lindô como fator contribuinte para a valorização cultural do Quilombo Cocalinho. A pesquisa para esse artigo foi qualitativa, partindo de nossa vivência com a referida comunidade, e de cunho bibliográfico. Os resultados mostram que se o Lindô for levado para a sala de aula contribuirá de forma efetiva para valorização cultural, fortalecimento da identidade do sujeito, da autoestima e pode contribuir para o processo de leitura, interpretação e análise linguística nas aulas de língua portuguesa.
REFLEXÕES CONCEITUAIS E HISTÓRICAS SOBRE OS QUILOMBOS: as particularidades da realidade cearense
2019
RESUMO: Este artigo objetiva apresentar elementos acerca da formação e atuais desafios enfrentados pelas comunidades remanescentes de quilombos, com foco na realidade cearense. Desse modo, são apresentadas concepções sobre a categoria quilombo, as configurações das relações étnico-raciais no Brasil, bem como as particularidades históricas cearenses. Conclui-se que essas populações assumem grande importância para a preservação ambiental e da herança cultural e social de matriz africana deste país. Contudo, apesar dos avanços jurídicos, o racismo estrutural os impõe grandes obstáculos na sua busca por acessar direitos, tais como reconhecimento, redistribuição de renda e representação política. Palavras-chave: Quilombo. Relações étnico-raciais. Racismo. ABSTRACT: This article aims to present elements about the formation and current challenges faced by the remaining communities of quilombos, focusing on the reality of Ceará. In this way, conceptions about the quilombo category, the configurations of ethnic-racial relations in Brazil, as well as the historical peculiarities of Ceará are presented. It is concluded that these populations assume great importance for the environmental preservation and the cultural and social heritage of this country's African matrix. However, despite legal advances, structural racism imposes great obstacles on them in their quest to access rights, such as recognition, redistribution of income, and political representation.
MULHERES QUILOMBOLAS DO QUILOMBO COXILHA NEGRA
v. 6 n. 3 (2023): Edição Set/Dez, 2023
Este trabalho trata os temas educação e participação político-social de mulheres quilombolas, com reflexões desenvolvidas durante o mestrado do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), realizadas por uma pesquisadora negra, quilombola, militante do Movimento Negro e pertencente a comunidade na qual está sendo realizada o estudo. Com base nisso, o objetivo geral é analisar e compreender quais são os desafios imbricados nas trajetórias das mulheres quilombolas do Quilombo Coxilha Negra, localizado na zona rural do município de São Lourenço do Sul, região Sul do Rio Grande do Sul, durante o processo de tornar-se negra e consequentemente na tomada de consciência da sua condição de mulher quilombola, reconhecidas como lideranças na comunidade. Tendo em conta a intenção desta pesquisa, primeiramente realizo um resgate histórico sobre o processo de formação do Brasil, para em seguida apresentar autoras e autores que dialogam com as questões raciais que atravessam a vida das mulheres negras quilombolas, fazendo relações e refletindo sobre o quanto a realidade presente tem marcas do passado. Para esta pesquisa utilizo a análise de 3entrevistas realizadas com mulheres negras quilombolas, estudantes de graduação ou já graduadas, algumas vinculadas a movimentos sociais. Inspirada em Conceição Evaristo, uso como ferramenta metodológica para produção e análise de dados o conceito de “escrevivencia” cunhado por essa mulher negra, poeta, contista, romancista e considerável teórica de estudos literários e afro-brasileiros por entender que esse conceito traz para escrita as mazelas que são marcadas pela minha experiência de mulher quilombola.
ESTADO E COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO PÓS-1988
Introdução As comunidades quilombolas aparecem na agenda das políticas públicas brasileiras a partir de 1988, mais especificamente quando estas são nomeadas (e, portanto, começam a ganhar alguma visibilidade) em dois momentos da Constituição Federal, a saber: a) no artigo 216: " §5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos " e; b) no artigo 68 do Ato das Disposições Transitórias (ADCT): " Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o estado emitir-lhes os títulos definitivos ". De forma muito geral, as comunidades remanescentes de quilombos podem ser definidas como grupos sociais que carregam uma presunção de ancestralidade negra e se caracterizam pela organização em torno de uma identidade étnica diferenciada. Além disto, dependem de seus territórios ancestrais para a viabilização de sua reprodução física, social, econômica e cultural. Sabemos que, nas últimas décadas, as discussões públicas e as ações políticas, ancoradas em perspectivas tipicamente multiculturais, têm invadido a cena pública brasileira. Neste campo, as questões relacionadas às relações raciais e aos problemas