Ensino e Aprendizagem Histórica (original) (raw)
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Os conceitos de Consciência Histórica e Sentido Histórico são criações teóricas de Jörn Rüsen e vem sendo aplicados por diferentes grupos de pesquisas nas suas análises e sustentações teóricas. 7 Este tripé temporal seria composto por três sentidos temporais fundamentais para a formação da consciência história, a saber: o meu tempo; o tempo do outro; e o que do tempo do outro inclui a mim.
Revista Portuguesa de História
O presente artigo pretende explorar, através de uma abordagem qualitativa e reflexiva da literatura de referência, as possíveis interações entre os campos filosóficos-epistemológicos da História e da Educação, no desenvolvimento do pensamento histórico e da formação de consciência histórica. A partir de um percurso pelas principais características da construção da narrativa histórica e dos seus desafios epistemológicos, nomeadamente as questões de posicionamento de perspetiva e enfoque cultural na produção de conhecimento histórico questionaremos como é possível articular princípios de multiperspectivismo e universalismo na aprendizagem histórica intercultural, apresentando e debatendo alguns modelos que procuram explicitar como a experiência histórica se pode desenvolver para fomentar a aprendizagem e contribuir para a formação de consciência histórica.
Ensino y Aprendizagem histórica
Sobre Ontens/UNESPAR, 2020
Os textos aqui publicados são resultado das discussões e debates realizados na Mesa Ensino e Aprendizagem Histórica no 6 ̊Simpósio Eletrônico Internacional de Ensino de História, congregando alunos, professores e pesquisadores do Brasil e Latino-américa. As comunicações versam sob a temática do ‘ensino e aprendizagem histórica’, sob diversos assuntos e áreas de interesse, crescendo e sendo construída há várias mãos. Refletem naturalmente demandas e carências da história, especificamente voltadas para o ensino e para uma renovação epistemológica da historiografia e do ensino escolar de História.
GÊNERO E ENSINO DE HISTÓRIA: DEMANDAS DE UM TEMPO PRESENTE
Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero". Essa foi a alternativa C da amplamente debatida questão 1 da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2015. A referida questão, em relação a qual pudemos observar as mais diversas reações, dizia respeito a máxima "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher", de autoria de Simone de Beauvoir, citada textualmente no enunciado. As intensas reações à presença dessa questão no exame puderam ser percebidas no dia mesmo de sua realização, quando observamos o que se comentava em diferentes redes sociais. Posicionamentos de entusiasmo e alegria, pela visibilidade nacional possibilitada ao movimento feminista, dividiram espaço com críticas e reprovações ao caráter supostamente "indevido" da questão. Dentre as manifestações de agrado, podemos citar a veiculação de inúmeras fotos da questão, ilustradas com corações e exclamações. Os incontáveis compartilhamentos vinham comumente acompanhados por legendas entusiasmadas como: "eu vivi para ver um dia o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, perguntar sobre Simone de Beauvoir e o feminismo <3" e "Sabe por que é certo militar? Porque teve questão sobre feminismo e cultura patriarcal no Enem". 40 De maneira diametralmente contrária, o desagravo também se fez presente. Nesse sentido, reproduzimos abaixo a postagem de um promotor que ganhou grande repercussão devido ao teor inusitado de sua assertiva:
Ensino e Aprendizagem da Consciência Histórica
CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL
A intencionalidade deste artigo teórico é conceituar a categoria epistemológica fulcral da consciência histórica e perspectivar seus desdobramentos no ensino e aprendizagem histórica, a partir do trabalho empírico desenvolvido na tese de doutorado realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná:Jovens alunos e aprendizagem histórica: perspectivas a partir da canção popular. O objeto da tese foi investigar a consciência histórica originária, primeira ou tradicionalde jovens alunos brasileiros e portugueses enunciadas em protonarrativas escritas a partir das primeiras leituras e escutas de uma fonte canção advinda dos seus gostos musicais, na perspectiva da teoria da consciência histórica de Jörn Rüsen.