REDES DE EMPRESAS: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE FATORES SÓCIO-COMPORTAMENTAIS E DESEMPENHO COMPETITIVO (original) (raw)
Related papers
Gestão & …, 2011
O presente estudo tem como principal objetivo verificar, em uma rede de imobiliárias do Estado do Rio Grande do Sul, se há ou não a ocorrência de fatores competitivos observados na literatura, e, em caso afirmativo, se de fato eles se revelam como fatores competitivos. A pesquisa se deu através de um estudo de caso com enfoque qualitativo-descritivo, cujas evidências empíricas foram coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas. A partir da análise dos dados, constatou-se a existência de tais fatores. Identificou-se que a união dos integrantes faz com que ocorra um maior poder de barganha; o fluxo de informações facilita a solução de problemas; e o aumento da confiança promove a diminuição dos custos de transações entre os associados.
Resumo: As dificuldades competitivas de micro e pequenos empreendimentos são notórias, dado seu pequeno porte e as limitações de acesso a recursos. Na tentativa de garantir sua sobrevivência no mercado, muitas pequenas empresas vêm adotando estratégicas colaborativas como participar de redes de cooperação ou iniciar suas atividades por meio de franquias. Diversos estudos apresentam os benefícios das redes de cooperação e franquias em detrimento da atuação individual no mercado. Porém, não há estudos que comparam o desempenho de empresas que atuam nestes diferentes formatos. Por meio de uma survey com 90 empreendimentos brasileiros de pequeno porte, o presente estudo comparou o desempenho de empresas individuais, participantes de redes de cooperação e participantes de franquias em cinco dimensões: lucratividade, crescimento, satisfação dos clientes, satisfação dos funcionários, e responsabilidade social e ambiental. Os resultados revelaram o desempenho superior das franquias em diversas dimensões de desempenho, tanto em relação às empresas individuais (nas dimensões satisfação dos clientes, satisfação dos funcionários, responsabilidade social e ambiental) quanto em relação às empresas participantes de redes de cooperação (na dimensão responsabilidade social e ambiental). Empresas participantes de redes de cooperação também superaram as empresas individuais em algumas dimensões Cooperar vale a pena? Uma análise comparativa do desempenho de empresas em rede, participantes de franquias e empresas individuais Revista de Administração da UNIMEP -v.14, n.1, Janeiro/Abril -2016. Página 81 (satisfação dos funcionários, crescimento). Por outro lado, empresas que atuam individualmente no mercado não obtiveram vantagem em nenhuma dimensão de desempenho, quando comparadas com as outras duas formas de atuação, confirmando as dificuldades enfrentadas por essas empresas. Os resultados têm implicações teóricas e gerenciais, com sugestões para micro e pequenas empresas. Como principal implicação, a pesquisa revela que a forma de atuação de uma empresa no mercado pode favorecer seu desempenho e consequentemente aumentar suas chances de sobrevivência. Portanto, o principal problema não é, necessariamente, o porte da empresa, mas o fato de atuar individualmente. A opção pela cooperação, seja por meio de redes ou franquias, demonstrou-se vantajosa para os empreendimentos que decidiram por tais estratégias. Tanto empresários como formuladores de políticas públicas de incentivo às micro e pequenas empresas podem se beneficiar desses resultados, gerando novas ações no apoio e reduzindo a alta taxa de mortalidade identificada entre pequenos empreendimentos. Como contribuição gerencial às empresas individuais, recomenda-se a busca contínua de conhecimento e a troca de informação com outras empresas, de forma a obter ganhos em competitividade nos mercados em que atuam, aprimorar o seu funcionamento e possibilitar o crescimento sustentável de seus negócios. Formar ou entrar em redes de cooperação também é recomendado, pois os ganhos proporcionados pela atuação em rede podem auxiliar no crescimento e consolidação das empresas. Palavras-chave: pequenas empresas; desempenho; redes de cooperação; franquias. Abstract: The competitive difficulties of micro and small firms are well-known, given their small size and resources constraints. In order to ensure their survival, small firms are adopting cooperative strategies such as participating in business networks or franchising chains. Several studies present the benefits of business networks and franchises over individual operation. However, there are no studies comparing the performance of firms operating in these different formats. Through a survey of 90 Brazilian small-firms, we compared the performance of individual firms, network members and franchising members in five dimensions: profitability, growth, customers' satisfaction, employees' satisfaction, and social and environmental responsibility. The results show the franchise's superior performance in several performance dimensions, when compared both to individual firms (in the dimensions customers' satisfaction; employees' satisfaction; social and environmental responsibility) as to business network members (in the dimension social and environmental responsibility). Cooperar vale a pena? Uma análise comparativa do desempenho de empresas em rede, participantes de franquias e empresas individuais Business network members also overcame individual firms in some dimensions (employees' satisfaction; growth). On the other hand, firms that operate individually in the market have not achieved performance advantages confirming the difficulties faced by these firms. The results have theoretical and managerial implications for micro and small firms. As a main implication, the research shows that a firm's choice among different operation strategies may favor its performance and increase its chances of survival. Therefore, the main problem of a small firm is not necessarily its size, but its choice of acting individually. The choice of cooperation, whether through business networks or franchising systems demonstrated to be advantageous for firms that used such strategies. Both business managers and policy makers can benefit from these results, generating new actions in supporting and reducing the high failure rate among small firms. As a managerial contribution to individual firms, we recommended the continuous pursuit of knowledge and the exchange of information with other firms, in order to achieve competitive gains, improve its strategies and enable business sustainable growth. To create or join business networks is also recommended once the performance gains provided by the network strategy may support firm's growth and consolidation. 1 Introdução Micro e pequenos empreendimentos representam a maioria das empresas existentes no Brasil e respondem por 25% do Produto Interno Bruto do país (IBGE, 2013). No entanto, são notórias as dificuldades competitivas enfrentadas por essas empresas e o alto índice de encerramento de tais empreendimentos nos cinco primeiros anos de vida (SEBRAE, 2010). Na tentativa de garantir sua sobrevivência no mercado, muitas pequenas empresas vêm adotando medidas estratégicas como participar de redes de cooperação ou iniciar suas atividades por meio de franquias. Em um mercado globalizado e competitivo como o atual, o associativismo e a união constituem uma alternativa para as pequenas empresas conseguirem força competitiva (CASAROTTO e PIRES, 2001).
IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DETERMINANTES DO DESEMPENHO DAS EMPRESAS INSERIDAS EM REDES HORIZONTAIS
2006
Resumo: Este trabalho objetiva determinar o impacto do ingresso na rede para as organizações inseridas nesse formato organizacional. O estudo foi realizado por meio de levantamento (survey) desenvolvido junto a 135 empresas, sendo os dados analisados de forma predominantemente quantitativa. Os resultados demonstram que a variável "satisfação" está diretamente relacionada a variáveis que garantam o desenvolvimento da rede em um ambiente seguro, sem grandes modificações, assim possibilitando o alcance dos objetivos individuais. Dessa forma, identifica-se que as redes são instituições formadas para atingir determinados objetivos organizacionais, reduzindo as incertezas ambientais, mas não reduzindo o desejo de os agentes agirem isoladamente. Palavras-chave: Redes. Satisfação. Performance Estratégia interorganizacional 1 INTRODUÇÃO A insuficiência de recursos humanos e financeiros, além de outros fatores, impede as pequenas e médias empresas de encararem as políticas de inovações somente através de suas competências internas. Assim, a crescente busca pela integração através de relacionamentos interorganizacionais tem se apresentado como estratégia para se enfrentar um ambiente incerto e turbulento, caracterizado pela forte competitividade, por crises e movimentos de reestruturação. A alternativa de estruturação interorganizacional, através das articulações de ações a partir do âmbito local, incorpora diferentes competências, buscando, dessa forma,
simpoi.fgvsp.br
Este trabalho tem por objetivo analisar as relaçõres entre as bases para a formulação de estratégias competitivas e a utilização dos indicadores de desempenho referentes às perspectivas do Balanced Scorecard no âmbito das organizações agroindustriais localizadas no Estado de Sergipe. A pesquisa envolveu um estudo empírico com 28 empresas do setor da agroindústria pertencentes a nove sub-atividades industriais. Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário. Foram investigados 33 indicadores de desempenho distribuídos entre as quatro perspectivas do Balanced Scorecard. A técnica de análise utilizada foi a Prova Exata de Fisher. Os resultados obtidos apontaram que os padrões de uso de apenas um indicador de desempenho se mostraram relacionado à base de elaboração de estratégias competitivas dentre as empresas investigadas. Palavras-chave: Estatégia competitiva. Indicadores de desempenho. Balanced Scorecard. Agroindústrias.
As Redes Empresariais De Negócios e O Seu Poder Competitivo: Racionalidade Lógica Ou Estratégica?
Revista de Negócios, 2008
The main objective was analyze how the companies form a group organizing themselves under the form of an enterprise network business-oriented, called Business Network. This kind of network is formed in cooperation to compete with other group of companies that acts in the same sector or enterprise segment. From one discussion of the concept of Business Network, this study makes a theoretical and empirical analysis of a case of a formed network for the modular consortium of the Volkswagen Trucks and Bus - operations of the South America. Between the main discussions, two sources of rationalization had been evidenced for the theorization on networks: the logic and the strategical one. Characteristics and effects of the Business Networks had been proven from these sources. Also, it had been proven the position and power of negotiation between members of the network. It was observed that as the form to think, the business network is formed to explore businesses on the basis of the logic,...
INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NAS EMPRESAS
Este artigo pretende expor a importância das Redes Sociais e mídias sociais como ferramenta para o alcance de metas, melhoramento de processos e como excelente meio para expansão de negócios. Apresenta a importância das redes e mídias sociais dentro de um ambiente corporativo como consciência de melhoria, tendo como foco principal a busca pela satisfação dos clientes, compreendendo o fator humano como chave primordial para produção de bens ou serviços com qualidade, pois esta não está ligada apenas nas ferramentas que serão aqui expostas, mas também no compromisso e na disposição dos colaboradores da organização para a aplicação de padrões de excelência. A partir desse estudo percebe-se que as redes sociais são um forte diferencial para a organização, galgando o patamar de competitividade no mercado com produtos e serviços confiáveis, atualizações e clareza.
Revista de Direito Empresarial: ReDE, São Paulo, v. 4, n. 13, p. 15-25, jan./fev. 2016., 2016
Ricardo Dalmaso Marques Resumo: O presente artigo se propõe a ilustrar brevemente as principais questões teóricas e dogmáticas que se colocam às redes empresariais ou contratuais. Com esse propósito, o presente trabalho aborda, em especial, temas relativos (i) ao conceito jurídico de rede (se algum), (ii) às consequências e aos efeitos jurídicos que devem ser atribuídos às relações estabelecidas no âmbito da rede, e (iii) à natureza da responsabilidade entre os diversos membros da rede no tocante a obrigações e deveres assumidos individualmente por um deles perante terceiros.
O presente trabalho se constitui na primeira tentativa da literatura em buscar identificar os determinantes da situação de insolvência das principais companhias aéreas do período regulatório no Brasil. Abordou-se os casos das situações falimentares de Varig, Vasp e Transbrasil, no período 1983-2003, em comparação com a evolução da situação da indústria como um todo. O estudo econométrico de empresas em situação de insolvência aqui realizado visa permitir uma maior antecipação dos problemas gerados pela saída de companhias aéreas do mercado, sendo que uma adequada previsão destes eventos permite às autoridades regulatórias antecipar as ações de suavização de seus efeitos, sobretudo com relação à possível descontinuidade do serviço. Para determinar-se a solvência ou não das empresas analisaram-se três índices financeiros: o Endividamento Geral (EG), o Giro do Ativo (GA), e o ROA AJIR (return on assets antes de juros e imposto de renda). Analisou-se também um índice de probabilidade de solvência das empresas, baseado no modelo de Scarpel e Milioni .
Análise Dos Canais Reversos Sob a Perspectiva De Redes De Empresas
Revista Gestão Industrial, 2009
A grande competição entre empresas e o crescimento do consumo podem ocasionar aumento no volume de resíduos em todo o mundo. Todo esse excedente descartado é uma ameaça ao ecosistema e à sociedade. No entanto, os resíduos podem ser considerados oportunidade de ganhos para alguns setores da indústria, como: papel, plástico, alumínio, ferro, aço, entre outros. Tais ganhos podem ser viabilizados com a organização da logística reversa. Porém, a dificuldade de abastecimento e retorno dos resíduos aos canais reversos é uma das características das cadeias reversas em vários setores indústriais. O objetivo desse artigo é analisar os canais reversos da cadeia de suprimentos da indústria de embalagens de papelão ondulado, sob a ótica das redes de empresas, para compreender a estrutura e do relacionamento entre os atores da cadeia reversa e sua dinâmica. A metodologia de pesquisa utilizada foi o estudo de caso, descritivo e exploratório, realizado em uma empresa produtora de embalagens de papelão ondulado, utilizando 60% de fibras recicladas provindas de canais reversos. Resultados da pesquisa revelam que a empresa foco possui relações fortes com poucos fornecedores e relações mais fracas e dispersas com a maioria destes. Em contrapartida, os fornecedores de aparas mantêm uma rede densa com os seus fornecedores em que há alto nível de cooperação e troca de recursos tangíveis e intangíveis. A pesquisa contribuir ao apontar que a estrutura de relacionamento e a baixa integração entre a empresa estudadas afetam o fornecimento da matéria-prima reciclada. Palavras-chave: logística reversa; redes de empresas; nível de relacionamento; reciclagem. 1. Introdução O aumento do consumo favorece o aumento de resíduos descartados no meio ambiente, gerando poluição ao ambiente e comprometendo a qualidade de vida da população. Pois, infelizmente "... o homem é o único ser vivo que não consegue ter seus dejetos inteiramente reciclados pela natureza, provocando alterações no meio ambiente", conforme colocam Soto e Morales (2006, p.3).