Polarizações políticas e desigualdades socioeconômicas na América Latina e na Europa (Political Polarization and Socioeconomic Inequalities in Latin America and Europe) (original) (raw)

Trajetória e atualidade da desigualdade na América Latina

2017

Neste artigo discute-se a trajetoria historica da desigualdade social na America Latina, com enfase na concentracao e desigualdade de renda. Inicialmente mostra-se que o modelo de desenvolvimento regional implantado no pos-guerra, ao mesmo tempo em que constituiu sociedades industriais, instituiu as condicoes de desigualdades sociais, as quais foram enormemente agravadas durante as duas ultimas decadas do seculo XX, especialmente em funcao das crises economicas. Esta situacao se alterou, em parte, na primeira decada do seculo XXI quando alguns indicadores mudaram sua trajetoria e apresentaram resultados bastante favoraveis. Concluiu-se que, apesar dos avancos verificados ultimamente, a concentracao de renda na America Latina ainda apresenta uma das maiores taxas do mundo, sendo que as taxas de pobreza voltaram a crescer novamente a partir do ano de 2013 em muitos paises da regiao. Palavras-chave: America Latina, Desigualdade Social, Concentracao de Renda.

Internacionalização econômica, democratização e gastos sociais na América Latina, 1980-1999

2007

Estudos empíricos medindo o impacto da globalização nos gastos sociais têm aparecido nas mais importantes revistas acadêmicas. Este estudo busca melhorar os trabalhos anteriores, empregando uma medida de abertura financeira mais sofisticada e compreensiva; utilizando uma medida de abertura comercial mais eficiente, baseada no Poder de Paridade de Compra (PPC), e confiando em dados de gastos sociais que são mais completos do que aqueles utilizados por estudos anteriores na América Latina. N ossas estimativas sugerem que vários padrões empíricos reportados em trabalhos anteriores devem ser revistos. N ossos principais resultados são basicamente três, e podem ser resumidos da seguinte forma. Primeiro, a abertura comercial tem associação positiva com educação e com gastos com a previdência social. Segundo, a abertura financeira não restringe os gastos para programas sociais. Finalmente, a democracia tem associação forte e positiva com gastos sociais, particularmente com os itens que impulsionam a formação de capital humano. A integração internacional de mercados para bens e serviços nas duas últimas décadas é sem precedentes. Incluída em um contexto mais amplo de Originalmente publicado na Ameriam ]o11mal of Political Science, 49(3): 625-641 , 2005, com o título "The effects of capital mobility, trade open ness, and democracy on social spending in Latin America, 1980-1999". Os autores agradecem os comentários . Agradecimentos especiais são endereçados a Raúl Madrid e Ahmed Mushfiq Mobarak. Agradecem também o apoio recebido do GV-Pesquisa (rGV-Eaesp).

Política social na América Latina

SER Social

O presente artigo resulta de uma análise crítica sobre a configuração da política social na América Latina, a partir de seu terreno histórico no âmbito do modo capitalista de produção: seus determinantes estruturais sob a insígnia da dependência e da superexploração da força de trabalho nos países periféricos. O exame proposto considera a totalidade das relações sociais de produção no capitalismo, de modo que nos apropriamos, portanto, de categorias e conceitos próprios do materialismo dialético e do pensamento crítico e teórico Latino-Americano, especialmente alinhado a partir da Teoria Marxista da Dependência.

Polarização da distribuição de renda no Brasil

Econômica, 2008

Resumo: Considerando tanto a distribuição do rendimento do trabalho por pessoa ocupada como a distribuição do rendimento domiciliar per capita no Brasil, de 1987 a 2005, mostra-se que há uma tendência de redução da bipolarização. Verifica-se que a medida de polarização de Esteban e Ray (1994) calculada para os mesmos dados, usando grande número de estratos, capta, essencialmente, a formação de picos na distribuição, associados à tendência de as pessoas declararem valores redondos para seu rendimento e ao fato de o salário mínimo ser ou não um número redondo, em dezenas ou centenas de unidades monetárias. Palavras-chave: polarização, distribuição de renda, desigualdade. JEL: D31, D39, D63. classe média não vem ocorrendo no Brasil". Cabe ressaltar que, no exemplo numérico artificial ilustrado no Gráfico 1 de Scorzafave e Castro (2007, p. 285), ocorre redução da polarização (e não aumento, como se afirma no texto).

Desigualdades, interdependências e afrodescendentes na América Latina

Tempo Social, revista de sociologia da USP, 2012

interessado principalmente em demonstrar que as desigualdades sociais no Brasil não são reproduzidas por um rígido sistema de castas baseado na cor, mas que o país tinha conseguido estabelecer uma sociedade de classes multirracial em que a mobilidade social ascendente era possível, apesar das adscrições racistas.

Dois padrões de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático

Economia e Sociedade, 2007

Vários trabalhos empíricos têm encontrado uma relação negativa entre desalinhamento cambial e crescimento econômico para uma longa série de países nos últimos trinta anos; quanto mais depreciada a taxa de câmbio, maiores as taxas de crescimento. Nessa literatura, um tema recorrente é a relativa depreciação das moedas asiáticas quando comparadas às moedas latino-americanas e africanas. Nos diversos estudos, surge o resultado de maior depreciação para a Ásia, no que parece constituir um padrão de comportamento dos níveis de taxa de câmbio real para essa região. Com o objetivo de contribuir para a discussão, este trabalho compara a evolução dos níveis de taxas de câmbio reais para países da Ásia e América Latina no período 1970-1999. Discute aspectos do manejo cambial de alguns dos principais países dessas duas regiões e apresenta considerações sobre o papel da política cambial no processo de desenvolvimento destas duas macro-regiões.