The State in International Relations/ O Estado nas Relações Internacionais (original) (raw)

Estado e relações internacionais

2021

Meus sinceros agradecimentos ao meu orientador, Professor Armando Boito Jr, pelas críticas, sugestões e elogios fundamentais para o meu amadurecimento intelectual e para a concretização dessa pesquisa. Agradeço aos Professores Marcos Novelli e Reginaldo Moraes pelas valiosas contribuições feitas no Exame de Qualificação e por aceitarem participar desta banca examinadora; Ao Professor Lúcio Flávio de Almeida pela disciplina oferecida na PUC e pelas conversas sobre este trabalho; Aos Professores e funcionários da Unicamp por construírem e lutarem por uma Universidade pública e de qualidade; Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) pelo fomento desta pesquisa por meio da bolsa de estudos a mim confiada durante o Mestrado. Ao Grupo de Estudos-Neoliberalismo e Classes Sociais‖ pela reflexão coletiva que muito contribuiu para este trabalho. À rica convivência com os colegas da turma de mestrado de 2008. Agradeço, em especial, a Danilo Martuscelli, Julia Gomes, Caio Bugiato e Maira Bichir pelos momentos de debate, reflexão e estudos sobre o-Estado e classes dominantes‖. E à Consulta Popular pelo convívio e experiência. Muito obrigada aos amigos que se dispuseram a ler versões ainda incompletas desta pesquisa contribuindo com correções e sugestões:

Conceito de Estado e o Cânone Tradicional das Relações Internacionais

Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD

O objetivo deste artigo consiste em avaliar o conceito de Estado na disciplina das Relações Internacionais, demonstrando a existência de uma reificação e universalização do modelo europeu de Estado ao longo dos trabalhos e entendimentos canônicos da disciplina. Analisamos a forma como o conceito de Estado foi abordado no campo das Relações Internacionais, pelas abordagens dominantes, bem como a origem histórica deste modelo político de organização social. A partir destes entendimentos, encontramos um silenciamento constante, no cânone da disciplina, de processos e experiências estatais diversas, ao longo do Sul Global, que apresentaram características próprias. Dessa forma, este trabalho busca compreender emque medida o silenciamento das experiências não europeias de formação de Estados a partir da reificação do modelo europeu vestefaliano, estabeleceu distorções e entraves para um entendimento, no campo disciplinar das Relações Internacionais, do conceito de Estado. Para enfrentarm...

O Estado Nacional no contexto da internacionalização

Revista do Serviço Público, 2015

O Estado é a alavanca econômica e social. A competitividade com o controle do Estado nas economias sociais é fundamental para a democracia. O mercado não é livre e tem que sofrer regulação social. É preciso um Estado que tenha a eficiência e a competência para nos tornar competitivos no processo de internacionalização. Nesse sentido, é necessário um projeto cujas características respeite a realidade em que vivemos.

Relações Internacionais na crise da ordem liberal

December, 2020

O cenário político e econômico internacional dos últimos setenta anos, desde o final da Segunda Guerra Mundial, foi marcado pela economia capitalista e posteriormente adjetivada também liberal, que modelou as sociedades e democracias industriais avançadas. Desde então, a economia mundial tornou-se gradualmente mais aberta, com o crescimento das finanças e do investimento internacional em mercados domésticos. Esforços contínuos foram tomados para o aumento da integração econômica. A década de 1980 apresentou talvez um dos poucos obstáculos que a ordem internacional liberal defrontou. A solução trazida pela direita liberal à época, menos intervenção estatal e combate perene à inflação, foi continuada por governos de centro-esquerda durante as duas décadas seguintes. Resultado deste processo, o globalismo está enraizado na doutrina neoliberal do Consenso de Washington, que foi iniciado pelo primeiro presidente dos EUA no pós-Guerra Fria, Bill Clinton, e executado pelos sucessivos governos de George W. Bush e Barack Obama. Sua doutrina baseia-se na adoção de um conjunto 1 Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente, realiza estágio de pós-doutorado financiado pela FAPESP no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais Santiago Dantas.

O conceito de Estado para os estudos realistas das relações internacionais: uma análise sobre a obra A política entre as nações de Hans Morgenthau

Plural, 2017

Este artigo analisa o conceito de Estado utilizado pela corrente realista dos estudos de relações internacionais, abordagem considerada hegemônica nessa área de estudos das ciências sociais, em geral, e da ciência política, em particular. Analisamos como essa categoria foi tratada por Hans Morgenthau, um dos principais autores dessa corrente, na sua obra A política entre as nações. Verificamos uma forte influência do pensamento de Weber, Maquiavel e Hobbes, mas inferimos que Morgenthau não se preocupou em definir claramente o conceito de Estado-nação, e que utilizou concepções divergentes na ciência política — pluralistas e elitistas —, o que leva a uma inconsistência teórica.

METÁFORA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS O uso da metáfora "O Estado é uma pessoa" no discurso teórico das Relações Internacionais

RESUMO Este artigo apresenta o uso da metáfora "o Estado como pessoa" nas correntes teóricas positivistas das Relações Internacionais e as implicações gerais do uso desta metáfora para as Relações Internacionais. Para isso, é apresentado a definição de metáfora a partir da Teoria Cognitiva da Metáfora, seguido por uma exposição de quais propriedades de personalidade são atribuídas ao Estado pelas principais correntes positivistas de Relações Internacionais. Por fim, são analisadas as implicações da personificação do Estado para as Relações Internacionais. O artigo conclui que, de fato, as principais correntes teóricas positivistas utilizam-se da metáfora do Estado como pessoa, e que esta possui implicações analíticas, epistemológicas e ontológicas para o estudo das Relações Internacionais. Palavras-chave: Metáfora. Antropomorfismo. Estado. Relações Internacionais. INTRODUÇÃO As metáforas são essenciais para a construção do conhecimento e das teorias (LAKOFF, 1995; MARKS, 2011). Com a "virada linguística" na teoria das Relações Internacionais, tornou-se evidente a necessidade de analisar a linguagem da metáfora nas teorias de Relações Internacionais (MARKS, 2011). Neste trabalho será estudado uma das principais metáforas usadas pelas teorias de Relações Internacionais, a metáfora do Estado como pessoa. A hipótese deste artigo é de que o uso da conceitualização metafórica, em especial, a metáfora "O Estado é uma pessoa", pelas principais correntes teóricas positivistas, tem implicações analíticas, epistemológicas e ontológicas ao ressaltar determinados aspectos de um conceito e omitir outros aspectos do conceito que são inconsistentes com a metáfora.

O conceito de Estado para os estudos realistas de relações internacionais: uma análise da obra A política entre as nações de Hans Morgenthau.

Revista Plural , 2017

Este artigo analisa o conceito de Estado utilizado pela corrente realista dos estudos de relações internacionais, abordagem considerada hegemônica nessa área de estudos das ciências sociais, em geral, e da ciência política, em particular. Analisamos como essa categoria foi tratada por Hans Morgenthau, um dos principais autores dessa corrente, na sua obra A política entre as nações. Verificamos uma forte influência do pensamento de Weber, Maquiavel e Hobbes, mas inferimos que Morgenthau não se preocupou em definir claramente o conceito de Estado-nação, e que utilizou concepções divergentes na ciência política — pluralistas e elitistas —, o que leva a uma inconsistência teórica.