NIETZSCHE, RESSENTIMENTO E EDUCAÇÃO: PROVOCANDO DESTERRITORIALIZAÇÕES PALAVRAS-CHAVE (original) (raw)
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NIILISMO E TRANSVALORAÇÃO EM NIETZSCHE
In the last decades there has been a considerable increase of interest in relation to Nietzsche's philosophy, which is replete with some terms that carry in themselves connotations of various natures, especially in the field of genealogy of morals. In this study, it was intended to address some of these terms used by Nietzsche in order to understand what are the ideal dimensions, aesthetic and philosophical he proposes. More attention will be given to Nihilism, Beyond Man, Eternal Return and Revaluation of moral values, however, other terms will be addressed, mainly because they are necessary for the understanding of those mentioned above. It is true that the ideological presuppositions spread by Nietzsche caused great apathy and rejection for his time, and that even today they continue to provoke the same reactions in most people. Therefore, through the elucidation of such terms, we intend to arrive at the closest to what the philosopher proposed: the estrangement from the resentful man, a fundamental antecedent to the redemption of man from his own acceptance and affirmation, a necessary and objective consequence in Nihilism, a movement that has tried to bring with it the deterioration of all subjugating morals (fundamentalisms, dogmas, beliefs, myths, etc.) that still have great representativity. It was this overwhelming criticism undertaken by Nietzsche that enabled and inaugurated the opening of a new way of valuing, which translates into its main objective, the transvaluation of all moral values.
O TERCEIRO OUVIDO -NIETZSCHE E O ENIGMA DA LINGUAGEM
O que é (...) a verdade? Uma multidão movente de metáforas, de metorrímias, de antropomorfismos, em resumo, um conjunto de relações humanas poeticamente e retoricamente erguidas, transpostas, enfeitadas, e que depois de um longo uso, parecem a um povo firmes, canoniais e constrangedoras: as verdades são ilusões que nós esquecemos que o são... 1
NIETZSCHE E UMA ÉTICA DIONISÍACA
O presente trabalho tem por intuito apresentar uma perspectiva de uma possível ética dionisíaca, que pensamos poder ser encontrada na obra de Nietzsche. O legado do autor para a ética é fundamental, pois rompe com diversos pensadores da modernidade e abre novos leques para as interpretações dessa área. No autor de Assim falou Zaratustra, a ética pode ser pensada não regida a partir de valores que permanecem no campo da idealização, mas sim daqueles que provém da condição fisiológica do indivíduo. Nietzsche rompe com a metafísica da ética e permite-nos pensar que não há uma norma ou regra que o homem deve criar para o agir, mas sim, se colocar em uma nova postura perante a vida, uma postura afirmativa, e que, desse modo, poderá ter como consequências ações saudáveis.
NIETZSCHE E A RELIGIÃO DE ZARATUSTRA, O PERSA
INTERAÇÕES, 2010
RESUMO Com Nietzsche, o reformador religioso persa denominado Zaratustra ganhou visibilidade para os estudiosos da sua filosofia. No entanto, trata-se de um dos mais importantes nomes da antiguidade, cujos ensinamentos são reconhecidos pelos historiadores como extremamente influentes, tanto na cultura grega, como nos monoteísmos judaico, cristão e muçulmano. Tomando como ponto de partida o impulso dado aos estudos sobre a crítica de Nietzsche à religião, especificamente à tradição ocidental, chegamos ao interesse pela pergunta central neste estudo. Por que Zaratustra, o persa? No desdobramento dessa pergunta principal, procura-se apresentar como o filósofo alemão acedeu ao seu conhecimento e, em que medida, a partir desse conhecimento, chegou a propor sua superação a partir da criação do famoso personagem de Assim falou Zaratustra. PALAvRAS-CHAvES: Nietzsche. Zaratustra. Religião zoroástrica. ABSTRACT With Nietzsche, the Persian religious reformer named Zarathustra became visible to students of his philosophy. However, this is one of the most important names of antiquity, whose teachings are recognized by historians as extremely influential, both in Greek culture, as in the monotheistic Jewish, Christian and Muslim. Taking as starting point the impetus given to studies on Nietzsche's critique of religion, specifically the Western tradition, we come to the central question of interest in this study. Why Zarathustra, the Persian? In the unfolding of this main question, we seek to present as the German philosopher and agreed to its knowledge, to what extent, from that knowledge, even proposed to overcome with the creation of the famous character in Thus Spake Zarathustra. Keywords : Nietzsche. Zarathustra. Zoroastrian Religion.
CULTURA E EDUCAÇÃO NO PENSAMENTO DO JOVEM NIETZSCHE
Revista Lampejo, 2017
RESUMO: O presente artigo aborda a relação conflituosa que Nietzsche travou com a Cultura e a educação de seu tempo. Situando histórica e politicamente a crítica feita pelo autor às instituições de ensino e ao modelo de educação vigente na época e identificando as forças que, de alguma forma, impulsionavam a cultura como sendo meramente egoístas e não visando a um objetivo superior, que aqui não se trata de outra coisa senão a formação e o cultivo do gênio. E, por fim, apontando para a necessidade de lutar pelo gênio, criando os estabelecimentos de ensino propícios para o seu nascimento e cultivo.
NIETZSCHE E A FORMAÇÃO DO (VIR-A) SER PELA LINGUAGEM 1
Resumo: O presente artigo possui o intuito de apresentar as críticas do filósofo alemão Friedrich Nietzsche às concepções de Ser e sua estima pelo vir-a-Ser, e, também, como isso se vincula, de certa maneira, as posturas éticas e não apenas metafísicas ou ontológicas. Para tanto fizemos uso do pensamento de dois autores pré-socráticos basicamente: Heráclito e Parmênides, e, da mesma maneira, buscamos nos pautar em dois escritos fundamentais: Crepúsculo dos Ídolos e A filosofia na era trágica dos gregos, pois como se trata de dois textos distantes, demonstramos que algumas críticas e elogios vinculados aos filósofos já era apresentada de modo embrionário e que se desenvolveu posteriormente de uma maneira mais consistente.
NIETZSCHE E OS IDEAIS ASCÉTICOS
O que é o ideal ascético? O que é o perspetivismo? O terceiro ensaio de "Para a genealogia da moral", de Nietzsche, ajuda-nos a compreender as questões referidas.Não apenas cada uma delas mas a relação que podem (ou não) estabelecer.
OS JUÍZOS DE VALOR EM NIETZSCHE E SEUS REFLEXOS SOBRE A EDUCAÇÃO
A comunicação pretende mostrar que há duas possibilidades em termos de concepção de educação desde sua relação aos valores e que a inclusão de Nietzsche nesse debate conduz a uma reviravolta com referência à própria colocação da questão. Por um lado, temos a concepção de que os valores são entidades absolutas que, pairando num céu inteligível, norteiam as avaliações realizadas no plano mundano. Com isso se quer dizer que os valores constituem um reino subsistente por si próprio, sendo, ao mesmo tempo, absolutos e imutáveis. Tal compreensão tem reflexos diretos nas concepções de educação, pois em termos de formação do homem parte-se do pressuposto de referir seus juízos a valores absolutos, orientado-o, não para a criação de valores, mas para a seleção e o culto dos existentes. Por outro lado, e aqui inserimos a perspectiva nietzschiana enquanto tema central de análise, os valores não se encontram prontos, não são entidades absolutas, mas produtos de avaliações e, portanto, com uma ascendência humana, demasiado humana. Os valores são criados pelo homem e têm, por isso, uma história que os remete às oscilações de poder que se manifestam no seu devir. Essa perspectiva também tem reflexos diretos sobre as concepções de educação, pois nesse caso o ponto de partida para a formação do homem é a compreensão de que ele é um criador de valores, não devendo, em vista disso, cultuar valores em curso. Em termos de educação, coloca-se uma questão fundamental a partir da filosofia dos valores de Nietzsche: que tipo de ser humano se quer formar: um crítico e criador ou um conformista reprodutor? É da competência da educação educar para a criação de valores, para a introdução de interpretações, para a imposição de perspectivas, resgatando, no plano pedagógico, as teses filosóficas de Nietzsche, mesmo que o autor de Assim falava Zaratustra não tenha pretendido melhorar a humanidade. Mas, somente assim pode-se equiparar o educar com a promoção do criar em termos da construção não só do conhecimento, mas do processo educativo como um todo.
A DERRADEIRA FILOSOFIA NIETZSCHEANA DA EDUCAÇÃO
A presente dissertação tem por objetivo compreender em que consiste a derradeira filosofia nietzscheana da educação, aquela do período de 1878 a 1885, tal como Friedrich Nietzsche indica em seus textos autobiográficos, e, particularmente, em seu último livro, "Ecce Homo". Identificando o problema de educação do filósofo como sendo o de como alguém se torna o que é, este trabalho revela, na análise da crítica que o jovem filósofo faz à cultura de seu tempo, o conceito de cultura para o qual as imagens de Schopenhauer e Wagner serviram de índice, bem como o núcleo essencial da crítica do pensador à educação de sua época. Num segundo momento, passando pela discussão sobre a validade filosófica de sua autobiografia, e considerando a existência de um liame entre vida e obra do autor, este texto contém, no segundo capítulo, a descrição da imagem de Nietzsche fornecida pelo próprio filósofo em "Ecce Homo" e, no terceiro capítulo, à luz da sua autobiografia, a do sentido essencial de cada obra, mostrando uma relação profunda entre seu problema de educação e a edificação da sua filosofia. Esse trabalho finaliza com a conclusão de que o problema pedagógico de como alguém se torna o que é está na base dos pensamentos fundamentais da filosofia de Nietzsche e constitui o centro de gravidade em torno do qual orbitam seus principais conceitos.