Politicas Públicas e Mulheres Residentes em Favelas (original) (raw)
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Vida Social e Política nas Favelas
Livro sobre o Complexo do Alemão, organizado por Rute Imanishi, no qual publiquei artigo sobre o curso de extensão Vamos desenrolar.2016
A (In)Existência De Políticas Públicas Para as Mulheres Na Baixada Fluminense
Revista Augustus
O presente artigo busca examinar as Leis Orgânicas dos Municípios da Baixada Fluminense com o marco teórico fixado nos dois princípios da justiça de John Rawls. Atenta-se para a proteção da minoria majoritária, mulher, como passivo social carente de potenciais políticas públicas para efetivação dos direitos formais já dispostos na Constituição da República de 1988. Sendo assim, nossa pesquisa apresenta de que maneira as cidades se comportam quanto a quantidade e qualidade, através do método da leitura comparada, extraindo e analisando as tutelas destinadas à proteção das cidadãs, entendendo que as leis locais poderão oferecer um grau de compreensão de como o problema da injustiça é internalizado pelas cidades. Conclui-se que os Municípios não atentam de maneira uniforme e satisfatória às contingências sociais, possuindo baixo grau na captação e consagração das necessidades sui generis da mulher.
Projeto Urbano e Espaço Público em Favelas
This paper discusses the role of urban projects in the "activation" of public spaces in favelas. It is intended, therefore, t o analyze the key elements that characterize urban interventions in contexts of precariousness, in order to indicate the conditions that favor the appropriation of the resulting public spaces. On the one hand, urban projects can be understood as mediators of everyday social relations, going beyond normative solutions, valuing local identities and pre-existences. On the other hand, certain urban projects can be interpreted in informal territories as instruments of "formalization" socio spatial. It is possible that this strategy acts at the service of a neoliberal ideology, of distant order, oriented to monopo lize the right to the city and to generate identity instabilities in the territory. In a paradoxical way, it can be argued that certain urban projects in favelas act as obstacles to the possible mediations of the residents in the public space. In opposition, urban activism has been presented as a set of strategies and tactics based on inclusive popular participation in all stages of public space production. For a critique of the relationships between urban design, public space and place, it is proposed the analysis of two urban projects - not built - in Paraisópolis, focusing on four components: project discourse, respect for pre-existences, participation Democratic and inclusive population and meeting local needs. At a time when discussing strategic development plans based on fragile public policies, it is intended to discuss the role of urban projects in improving the quality of public space in favelas.
Imprensa e Favelas, Representações e Políticas
Revista Observatório, 2018
Este artigo analisa os diferentes enquadramentos sobre as favelas encontrados na imprensa carioca desde o fim do século XX, identificando uma relação entre estas representações e as políticas públicas voltadas para aqueles espaços em cada período. De antro de doenças, num momento em que a política higienista era dominante, ao espaço da criminalidade, quando a favela se torna essencialmente um problema de segurança pública, as representações e as políticas caminham juntas no tempo. PALAVRAS-CHAVE: Estudos de Jornalismo; Jornalismo Impresso; favelas. ABSTRACT This article analyzes the different frameworks about the favelas found in the carioca press since the end of the 20th century, identifying a relation between these representations and the public policies directed to those spaces in each period. From a disease focus, at a time when the hygienist policy was dominant, to the space of crime, when the favela becomes essentially a problem of public security, representations an...
Intervenção Municipal em Favelas
2001
aprimoramento e limitacoes Rosana Denaldi 1 Introducao Pela falta de alternativas habitacionais para a populacao de menor renda, a cidade ilegal assume proporcoes sempre crescentes. Na maioria dos principais centros metropolitanos – cidades como Sao Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Salvador – de 20% a 40% da populacao total reside em favelas. A totalidade das grandes cidades brasileiras (com mais de quinhentos mil habitantes) apresenta favelas, assim como cerca de 80% das cidades com populacao entre cem e quinhentos mil habitantes. Na regiao do Grande ABC cerca de 20% da populacao total habitam favelas. As favelas, com ou sem intervencao, consolidaram-se como espacos permanentes de moradia, e o tipo de intervencao mais praticado passou a ser a urbanizacao, tendo como principal protagonista o Municipio. Inegavel que para enfrentar o problema da proliferacao das favelas e necessario ampliar o mercado residencial legal e promover a gestao urbana inclusiva, no entanto nao ...
Moda e Políticas Públicas nas favelas cariocas
O presente artigo pretende analisar as políticas públicas implantadas recentemente nas favelas cariocas, em especial, as relacionadas à ocupação militar e as UPPs -Unidades de Polícia Pacificadora-e seu programa de ações sociais, tomando como estudo de caso, grupos comunitários de moda e artesanato e o projeto de implantação de economia solidária nesses territórios como parte de um programa de integração das favelas a vida da cidade, reorganizando os espaços do Rio de Janeiro.
Cidade e Favela: Transescalaridade Das Disparidades Sociais?
Caminhos de Geografia, 2017
RESUMO No Rio de Janeiro e no Brasil em geral, as favelas são comumente vistas como o lugar urbano da pobreza e das baixas condições de vida. De fato, quando os dados censitários são analisados na escala do município como um todo, as favelas sobressaem como bolsões de pobreza. No entanto, esta não é a única maneira de abordar o fenômeno. Quando restringe-se o alcance da análise aos limites de uma favela individual, o que emerge é um mosaico de áreas sociais semelhante à observada na escala da cidade. Foram examinados os casos do Complexo do Alemão e da Rocinha, as duas maiores favelas cariocas, este trabalho pretende mostrar que as disparidades socioespaciais urbanas são reproduzidas nos espaços internos das favelas. Para isso, aplicou-se o Índice de Moran aos dados do IBGE ao nível de setores censitários, a fim de identificar agrupamentos espaciais de alta e baixa renda. Em seguida, utilizou-se estes clusters para analisar variáveis relacionadas à infraestrutura, alfabetização, cor e raça, entre outros. Esta análise revela que tanto o Complexo do Alemão quanto a Rocinha são espaços social e economicamente desiguais, comparáveis à cidade do Rio de Janeiro como um todo.
Mnemosise Revista, 2015
Analisa as contradições do planejamento da capital mineira, um planejamento incapaz de comportar/incomodar toda uma massa empobrecida. O resultado não poderia ser outro, favelização em meio ao propalado planejamento e tentativa de ordenamento urbano. O corolário de tudo isso? Uma cidade cujo projeto de racionalização da ordem urbana, que se queria higienizada/disciplinada, se desfaz ante toda uma torrente de gente empobrecida que, em sua maioria oriunda do êxodo rural, se vê obrigada a morar nas favelas, à margem de qualquer política pública, praticamente desamparada no que se refere à presença do Estado.
Favelas na metrópole paulistana: permanências e mudanças
Observatorio de la Economía Latinoamericana
O texto analisa a evolução do tecido urbano na RMSP e a desigualdade socioespacial expressa pelas favelas, por meio de dados do IBGE e do MapBiomas. Mostra a evolução populacional por sub-região da metrópole, enfatizando o crescimento da região Norte, moradia do segmento mais pobre e onde o relevo é bastante acidentado. Embora a RMSP apresente saldo migratório negativo na década de 2010, a população no Norte mostra taxas elevadas de crescimento populacional e a presença de ocupações em áreas de risco. A metrópole em 2019 possuía 1703 favelas, com população de mais de 2 milhões de habitantes, ocupando 12,26% dos domicílios metropolitanos. No Estado de São Paulo, quase 3% do incremento da área urbanizada ocorreu em áreas faveladas. Na RMSP, neste mesmo período, a área ocupada por favelas cresceu quase 700 hectares, com taxa de 0,59% anuais. Como a população neste tipo de assentamento cresceu a 3,93% anuais, taxa bem maior que a da área, isso resulta num adensamento das favelas que tra...