MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES: IMPROVISAÇÃO ESTRUTURADA E A NOTAÇÃO DAS “FIGURAS GEOMÉTRICAS” (original) (raw)
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O CONCEITO DE GEOPOLÍTICA PARA O PENSAMENTO DE ANTONIO GRAMSCI E DE SEUS INTÉRPRETES
O projeto de doutorado consiste em investigar uma vertente específica do pensamento gramsciano ao resgatar a dimensão espacial a partir da análise do conceito de geopolítica. Para tanto, o trabalho busca reorganizar as ideias presentes nas obras de Gramsci sobre a relação sinonímia entre geografia e geopolítica e também de seus intérpretes contemporâneos, sobretudo na área das Relações Internacionais, no que se refere à relação entre espaço e política. Trata-se de reconstituir um mapa conceitual ao qual traz Antonio Gramsci como teórico espacial a partir de um conjunto de autores – precursores e, mais tarde os intérpretes gramscianos – que se preocupam com a política como uma questão espacial e geográfica. Portanto, proporá uma análise teórica por meio da reconstrução conceitual em termos das fontes e de releituras sobre a política espacial, como foco na geopolítica.
REVISTA ANTHESIS - ISSN: 2317-0824, 2022
Este presente artigo busca relatar o modo como João Guimarães Rosa trabalha o ambiente em que o homem vive, depende dele para existir e também coexistir. Para isso, valemo-nos de dois contos deste autor: “As margens da alegria” e “Os Cimos”, ambos os textos da coletânea "Primeiras estórias”. O menino, que faz parte dos dois contos, descobre que para uns serem felizes outros têm que ser extinguidos ou mudar de ambiente. O conto “As margens da alegria” revela-nos as observações do menino em meio a um ambiente em transformação exterior e interior. No conto “Os cimos”, Guimarães Rosa retoma o menino já aparentemente crescido e em um encontro com a natureza. Este trabalho tem cunho qualitativo e trata-se de uma pesquisa bibliográfica a partir de leituras realizadas. Temos como objetivo entender a construção dos contos acima citados a partir de suas paisagens poéticas. Observamos que Guimarães Rosa cria para si um “mecanismo espacial poético” próprio e que enriquece sobremaneira toda sua obra.
DESENHO GEOMÉTRICO E GRAFISMO TUPINAMBÁ EM OLIVENÇA, ILHÉUS, BA, BRASIL: ANÁLISE PRELIMINAR
Revista CESUMAR, 2020
RESUMO: Este artigo apresenta os resultados do plano de trabalho de pesquisa: "Análise preliminar da geometria no grafismo produzido pela comunidade Tupinambá" localizada no distrito de Olivença, município de Ilhéus, BA e vinculado à pesquisa-ação "Arquitetura Vernacular habitacional como expressão ambiental e cultural no Litoral Sul da Bahia" que vem sendo desenvolvida desde 2016. As atividades pautaram-se no protocolo de aprovação Conep 2.552.460/2018. O plano de trabalho objetivou registrar e analisar o grafismo quanto à geometria implícita e explícita em sua composição. Tal "idioma-código" vem sendo expresso por meio da pintura corporal e "impresso" nas paredes das habitações vernaculares. Os dados foram coletados entre dezembro de 2018 e abril de 2019, por meio da observação participante e desenhos de observação do grafismo. A composição gráfica foi analisada considerando princípios da geometria plana e não plana a fim de identificar as figuras geométricas, fractais, sua disposição/ organização quanto à simetria, rotação, translação e os algoritmos geométricos. Os resultados mostraram que a composição gráfica considera o contexto geográfico e biodiversidade onde a comunidade indígena está inserida e carrega elementos gráficos resultantes da "etnogênese" e reelaboração cultural reforçando a identidade étnica Tupinambá. Dentre as principais formas geométricas identificadas, durante a análise, predominam: os círculos, os quadrados, os losangos, os triângulos, as linhas retas e onduladas. A composição gráfica apresenta simetria a partir de um eixo central e propriedades de rotação e translação. Já os algoritmos geométricos, fractais, foram constatados no conjunto de formas que se torna o elemento gráfico que se repete em maior ou menor escala. PALAVRAS-CHAVE: Grafismo Tupinambá; Geometria; Desenho de observação.
CULTUR - Revista de Cultura e Turismo, 2021
O imaginário criado pela arte orientalista do século XIX ainda está presente nos anúncios turísticos hoje, como forma de despertar o desejo de conhecer o Oriente. No Oitocentos, o Norte da África, recorte geográfico enfocado neste estudo, passou a receber artistas e turistas, que, imersos em um contexto de violência e deslumbrados pelo exótico, ajudaram a moldar esse imaginário de um Oriente pitoresco e místico. A fim de compreender as (des) continuidades do imaginário orientalista da pintura oitocentista, tomamos como referencial teórico os conceitos de imaginário e Orientalismo dentro do contexto da invasão francesa e da colonização do Magrebe. A partir de uma análise comparativa formal de imagens utilizadas em anúncios turísticos, identificamos traços de grande poder visual e simbólico concernentes à arte orientalista do século XIX. Sendo assim, resultados apontam para uma permanência de certos elementos desta arte na publicidade turística atual sobre a região, o que pode sustentar uma visão colonial sobre o território em questão.
A INDICAÇÃO GEOGRÁFICA COMO UM INDUTOR DA FORMAÇÃO CLUSTERS
As Indicações Geográficas (IG’s), ligadas a sua tipicidade, estimulam a valorização dos recursos territoriais e o surgimento de novos nichos de mercados. Por sua vez, a articulação entre os produtores de uma determinada região, pode levar também ao estabelecimento de clusters considerado como uma possível estratégia de desenvolvimento e/ou fortalecimento econômico de uma região. O presente artigo tem como objetivo verificar se o reconhecimento de uma IG pode ser um instrumento propulsor para a formação de um cluster em determinadas regiões. Em um segundo momento, objetiva-se ainda indicar se um grupo de indicações geográficas reconhecidas e próximas pode direcionar a um segundo nível de organização de um cluster, com especialização das indicações geográficas, formando um cluster de IG. Metodologicamente, utilizou-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva permitindo a aproximação da vivência social. Quanto aos meios de investigação classifica-se como bibliográfica. Assim, a partir da análise realizada e considerando-se os dados bibliográficos avaliados, poderia se afirmar que neste contexto a Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe pode ter contribuído para a indução do incipiente cluster enoturísticos e vitivinícola que vem sendo observado na região delimitada.
GUIMARÃES: CIDADE E URBANIDADE
Num tempo em que o Planeta se urbaniza a um ritmo alucinante, as cidades têm dificuldade em manter os valores da urbanidade, traduzidos nas relações sociais, no património edificado, na política -a arte de gerir a polis. Hoje, cidade, metrópole, megalopolis, são muitas vezes sinónimos ou, pelo menos, sinal de ingovernabilidade. As grandes aglomerações urbanas perderam a harmonia física e a tensão social libertadora, promotora da inovação e do progresso, tecnológico e sócio-económico. Sucederam-lhes os conflitos étnicos e sociais. Muitas aglomerações urbanas passaram de cidades a arenas polivalentes e polifacetadas, onde o cidadão se apaga face ao gladiador.
RESUMO: O objetivo deste artigo é problematizar o impacto do contato de Ignácio Baptista de Moura e Joaquim A. Leite Moraes com os rios Tocantins e Araguaia durante suas passagens pela região nas duas últimas décadas do século XIX. Abordaremos a temática considerando-se o adensamento, nos respectivos relatos desses viajantes, da construção metafórica que, em certo sentido, não somente ficcionaliza os rios e a região, mas também lhes preenche de significados. De um lado, surge a expressão de emoções liberadas nas próprias viagens e que se traduzem na pontuação dos relatos plenos de excitamento e melancolia; e, de outro, uma poética que se move entre a plasticidade e o horror da natureza alegorizadas em espaços infernais, muitos deles apreendidos em clássicos literários. ABSTRACT: The purpose of this article is to discuss the impact of contact Ignacio Baptista de Moura and Joaquim A. Leite Moraes with the Tocantins and Araguaia rivers during their passage through the region in the last two decades of the nineteenth century. We will address the issue considering the density, in their accounts of these travelers, the metaphorical construct, in a sense, not only fictionalizes the rivers and the region, but also fills them with meaning. On the one hand, there is the expression of emotions released on own trips and translate into scores full of excitement and melancholy reports; and on the other, a poetic that moves between the plasticity and the horror of allegorized nature infernal spaces, many of them seized in literary classics.