Esverdeando o capitalismo: a farsa das corporações para a Rio+20 (original) (raw)

ESG como “a nova cara do capitalismo”

Leitura, 2023

In the face of a certain force called “the imperative of environmental is-sues”, a directive based on the metaphor “the new face of capitalism”, in circulation in market society since the beginning of the 2000s, is presented. To this metaphor is attributed the identity given by the acronym ESG (Environmental, Social and Governance). From this significant conjuncture of the dominant form of organizing production worldwide, we aim to understand, in this work, how capitalism is signified in and through the ESG discursive formation, considering the discursive articulation between capitalism and sustainability as one of its founding bases. In order to do so, we inscribe this questioning in the theoretical-methodological framework of Discour-se Analysis, seeking to make legible/visible how this articulation derives in other discursive articulations and latitudes, through which it becomes pos-sible to suspend the evidence according to which capitalism would function differently when absorbing such articulation. This questioning takes shape through the analysis of clippings produced on the special issue of MIT Te-chnology Review and on the Nubank Blog section, both dedicated to tex-tualizing ESG discursivity, and, as a result, (re)updating the contradiction between the foundation of capitalism (obtain the result/profit at all costs) and the sustainability of social and environmental life.

Rio+20 ou Rio-20?: crônica de um fracasso anunciado

Ambiente & Sociedade, 2012

Passadas quatro décadas da Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano, e decorridos apenas alguns meses da Rio+20, parece apropriado analisar o caminho percorrido a partir de Rio-92 e os desafios, em grande parte frustrados, da conferência recém concluída no Rio de Janeiro. Para tais propósitos, são analisados os avanços e retrocessos da agenda global de desenvolvimento sustentável, do processo preparatório e dos resultados alcançados no Rio em Junho de 2012, como também das ameaças provocadas pela nova agenda de segurança estratégica após os eventos de 11 Setembro de 2001 e pela crise econômica e financeira que já dura praticamente uma década. O artigo conclui com as perspectivas da agenda internacional nos próximos anos.

Breve Panorâmica Da “Rio + 20”

2012

Este breve texto pretende dar uma ideia geral do que foi a "Rio + 20" nas suas atividades oficiais e paralelas, e tecer alguns comentarios criticos acerca dos seus resultados.

Rio + 20: “política espetáculo”

2013

Este artigo apresenta um panorama da discussao e debates realizados durante a Conferencia das Nacoes Unidas sobre “desenvolvimento sustentavel”, popularmente chamada de Rio + 20. Buscando problematizar o conceito de “desenvolvimento sustentavel” e a falta de avaliacao entre as conferencias (Rio – 92 e Rio +20). Fazendo uma discussao sobre a Rio + 20 (e outras conferencias) e colocando-a como uma “politica espetaculo”, fato tambem observado no Brasil no que se refere as politicas ambientais. O que reforca o papel dos pesquisadores de procurar desvelar e tornar publico este cenario de imposicao da injustica ambiental (no minimo) sobre determinados grupos sociais.

Rio+20 nas revistas brasileiras: o reverso discursivo sobre a mudança do clima

Redes.com : revista de estudios para el desarrollo social de la Comunicación, 2016

We present here the construction and articulation of speeches on the topic of climate change in the coverage of Rio+20, made by Brazilian magazines Veja, Isto É, Época and Carta Capital. With support of Journalism Theories and under the theoretical and methodological perspective of the analysis of the discourse, we analyze the regularities and differences of speeches. We understand that from the selection of themes, the sources of the report focus, there is a specific view of each publication-its "discursive framework", which is in place of the discursive movement of the reported event, and that basically answers the question: "what's going on here?". On the other hand, we observed that the discourse of the magazine is derived from a hegemonic discursive formation, economic bias, anchored in the concepts of ecological modernization, sustainable development, the perception of risk and humanity of uncertainty about their future.

Economia verde e Rio + 20: recortando o desenvolvimento sustentável

Revista Necat Revista Do Nucleo De Estudos De Economia Catarinense, 2012

Os tempos recentes, especialmente com o ambiente de discussão, reflexão e sentimentos mobilizados pela realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), na cidade do rio de Janeiro no mês de Junho de 2012, a Rio+20, assistem a sociedade sendo colocada perante a inusitada, porém esperançosa, ideia de uma Economia Verde, figura parte quimérica, parte esfíngica, parte prometéica, no intuito de que esta sociedade a decifre e, com suas luzes, possa se conduzir a um mundo em que não devore a natureza e a si mesma. Faz-se oportuno uma incursão pelos meandros desta ideia, investigando no contexto histórico, econômico e político que a gestou alguns determinantes de sua consistência e contradições conceituais. 1-ECONOMIA E NATUREZA, UMA BREVE LONGA HISTÓRIA A ideia de que a economia deve ser compreendida a partir de sua relação com o mundo natural em que se assenta não é nova. Também não é nova a ideia de que o desenvolvimento econômico deve ocorrer de modo o mais harmônico possível com relação ao uso dos recursos naturais e à conservação e preservação das condições ambientais. A própria gênese do pensamento econômico e da ciência econômica no século XVIII traz em si o entendimento da sociedade e da vida econômica como aflorados do meio e das leis naturais. Inspirados no momento de surgimento e avanço do naturalismo, no campo das ciências naturais, e do jusnaturalismo, no campo da filosofia e do direito, os primeiros economistas viam as relações econômicas como derivadas da ordem natural, como os fisiocratas, que enxergavam a própria noção de excedente econômico e do valor como derivados da natureza, ou mesmo da economia política clássica (exceção a Marx), que tendiam a naturalizar as relações sociais e econômicas 1. Contudo, especialmente na segunda metade do século XX com a expansão do paradigma fordista e fossilista da II Revolução Industrial, o processo de desenvolvimento

Viver Para Trabalhar: O Realismo Capitalista de Ruptura (2022)

Culturas Midiáticas, 2023

Esse artigo pretende analisar a série distópica Ruptura (2022), criada por Dan Erickson e produzida pela plataforma de streaming AppleTV+, partindo de a suposição desta obra servir como um comentário impactante sobre o estado do trabalho moderno através do gênero ficção científica. Para tanto, irá conceituar primeiro o que seria narrativa de distopia e, em seguida, trazer os conceitos recentes de crítica cultural, como o capitalismo tardio de Mandel (1982) e o realismo capitalista de Fisher (2020). A partir do entrecruzamento entre essas conceituações, interpreta-se a série como uma alegoria de quando a geração de capital assume a dimensão psicológica de ser a única realidade possível, ao mesmo tempo que também aspira responder sobre a possibilidade de criticar o capitalismo através da criação de produtos mercadológicos impactantes e refletir as implicações da organização desse discurso.