The right to a second chance: lessons learned from the experience of early school leavers who returned to education (original) (raw)
Based on a holistic perspective of education that articulates school pedagogy and social pedagogy, the main goal of this paper is to identify effective ways to ensure the right to education to vulnerable and marginalised young people who have dropped out of school. The research leading to this paper was part of a European research project which investigated how young people's responses to conflict can provide opportunities for positive social engagement. This specific study explored early school leaving and school re-engagement from the point of view of a group of 20 Portuguese young early school leavers who later returned to school through Second Chance Education. Through a qualitative approach using individual in-depth interviews, participant observation and focus group, the study sought to offer a comprehensive reading of early school leaving and school re-engagement by addressing the diversity of motivations, experiences, factors and consequences associated with them, as well as the role that educational policies and school factors can play in it. The study's findings revealed that, for many socially and economically vulnerable youngsters, mainstream schools are places of individual failure and interpersonal conflict where they don't feel welcomed and from which they stop expecting positive outcomes. This favours a progressive disengagement from education that reinforces social marginalisation. However, the findings also showed that by engaging in second chance education projects, youngsters develop greater commitment to education and identify relevant positive changes in terms of personal and skills' development, behavioural adjustment and establishment of life goals. According to the participants' experiences, the holistic and individualised socio-pedagogical approach of such projects is particularly apt to respond to their needs. Community-based educational eISSN: 1989-9742 © SIPS. [Filipe MARTINS, Alexandra CARNEIRO, Luísa CAMPOS, Luísa MOTA, Mariana NEGRÃO, Isabel BAPTISTA & Raquel MATOS] SIPS-PEDAGOGÍA SOCIAL. REVISTA INTERUNIVERSITARIA [(2020) 36, 139-152] TERCERA ÉPOCA Copyright © 2015 SIPS. Licencia Creative Commons Attribution-Non Commercial (by-nc) Spain 3.0 approaches, practical and participatory learning environments, and the emotional investment and support from teachers and staff are shown to be the most effective socio-educational features when trying to re-engage vulnerable young people in education. PALAVRAS-CHAVE: abandono escolar precoce envolvimento escolar educação de segunda oportunidade relações de suporte inclusão social RESUMO: Partindo da articulação entre pedagogia escolar e pedagogia social, o principal objetivo deste artigo é identificar formas eficazes de garantir o direito à educação a jovens vulneráveis e marginalizados que abandonaram a escola precocemente. A pesquisa que levou a este artigo fez parte de um projeto europeu que investigou como as respostas dos jovens ao conflito podem oferecer oportunidades para um envolvimento social positivo. No presente estudo explorou-se o abandono e o re-envolvimento escolar a partir do ponto de vista de um grupo de 20 jovens portugueses que abandonaram a escola e que mais tarde a retomaram via projetos de Educação de Segunda Oportunidade. Através de uma abordagem qualitativa, utilizando entrevistas individuais, observação participante e grupos focais, o estudo procurou uma leitura abrangente do abandono e do re-envolvimento escolar, abordando a diversidade de motivações, experiências, fatores e consequências a eles associados, bem como o papel das políticas educativas e dos fatores escolares nestes fenómenos. Os resultados do estudo revelam que, para muitos jovens social e economicamente vulneráveis, as escolas regulares são lugares de fracasso individual e de conflitos interpessoais onde não se sentem bem-vin-dos e dos quais deixam de esperar resultados positivos. Isso favorece um distanciamento progressivo da educação que reforça a marginalização social. Por outro lado, os resultados também mostram que, ao envolverem-se em projetos de Educação de Segunda Oportunida-de, os jovens demonstram maior comprometimento com a educação e identificam mudanças positivas em termos de desenvolvimento pessoal e de habilidades, ajuste comportamental e estabelecimento de objetivos de vida. A abordagem sociopedagógica holística e individua-lizada da Educação de Segunda Oportunidade demonstrou ser particularmente adequada para responder às necessidades destes jovens. As estratégias educativas baseadas na co-munidade, os ambientes de aprendizagem prática e participativa e o investimento emocional de professores e funcionários revelaram-se os recursos socioeducativos mais eficazes para re-envolver jovens vulneráveis na educação. PALABRAS CLAVE: abandono escolar temprano participación escolar educación de segunda oportunidad relaciones de apoyo inclusión social RESUMEN: Partiendo de la articulación entre la pedagogía escolar y la pedagogía social, el objetivo principal de este articulo es identificar formas efectivas de garantizar el derecho a la educación de los jóvenes vulnerables y marginados que abandonaron la escuela temprano. La investigación que condujo a este artículo fue parte de un proyecto europeo que investigó cómo las respuestas de los jóvenes al conflicto pueden ofrecer oportunidades para una parti-cipación social positiva. Este estudio exploró el abandono y la reincorporación escolar desde el punto de vista de un grupo de 20 jóvenes portugueses que abandonaron la escuela y luego la reanudaron a través de proyectos educativos de segunda oportunidad. Con un enfoque cualitativo, utilizando entrevistas individuales, observación participante y grupos focales, el estudio buscó una lectura integral del abandono y la reincorporación escolar, abordando la diversidad de motivaciones, experiencias, factores y consecuencias asociadas con ellos y el rol de las políticas educativas y factores escolares en estos fenómenos. Los resultados de lo estudio han revelado que, para muchos jóvenes social y económicamente vulnerables, las escuelas convencionales son lugares de fracaso individual y de conflicto interpersonal donde no se sienten bienvenidos y donde ya no esperan resultados positivos. Esto favorece un dis-tanciamiento progresivo de la educación que refuerza su marginación social. Por otro lado, los resultados revelan que, al participar en proyectos educativos de segunda oportunidad, los jóvenes muestran un mayor compromiso con la educación e identifican cambios personales positivos de desarrollo personal y de habilidades, ajuste de comportamiento y establecimien-to de objetivos de vida. El enfoque socio pedagógico holístico e individualizado de la educa-ción de segunda oportunidad ha demostrado ser particularmente apropiado para satisfacer las necesidades de estos jóvenes. Las estrategias educativas basadas en la comunidad, los entornos de aprendizaje prácticos y participativos y la inversión emocional de los maestros y el personal han demostrado ser los recursos socioeducativos más eficaces para volver a involucrar a los jóvenes vulnerables en la educación.