AS "EVAS" COLONIAIS: A CONSTRUÇÃO DA "FEITIÇARIA" NA PRIMEIRA VISITAÇÃO DO SANTO OFÍCIO AO BRASIL (original) (raw)

A SODOMIA FEMININA NA PRIMEIRA VISITAÇÃO DO SANTO OFÍCIO AO BRASIL

Resumo: Esse trabalho trata das relações sexuais entre mulheres perseguidas pela Inquisição durante a Primeira Visitação do Santo Ofício ao Brasil. Analisei as Ordenações Filipinas e as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, que eram o conjunto de leis que vigoravam naquela época, e percebi que não explicam de que forma poderia se dar a sodomia, praticada entre homens ou entre mulheres e até mesmo entre um homem e uma mulher. Esse assunto permite uma melhor compreensão de como a sociedade colonial se defrontava com as relações sexuais quando se tratava de pessoas do mesmo sexo e principalmente, quando essas relações se restringiam apenas ao gênero feminino.

O JANTAR DO SANTO: RITUAIS DE VISITAÇÃO DA COMITIVA DE SÃO BENEDITO DA COLÔNIA EM BRAGANÇA-PA

Nova Revista Amazônica, 2017

A devoção a São Benedito na cidade de Bragança-PA não se restringe ao mês de dezembro quando é catalogado sua festividade, existem três pequenas imagens do santo que saem da igreja levadas por um grupo de homens (comitiva), em direção as diferentes regiões da cidade e regiões vizinhas: praias, campos e colônia. Cada comitiva sai em direção as residências dos devotos do santo, eles caminham todos os dias para uma nova residência, uma para o almoço e outra para o jantar, a família que receber o santo e sua comitiva é responsável por garantir as refeições (jantar ou almoço), ao grupo e aos demais devotos que os acompanham. Para o presente ensaio acompanhamos São Benedito da Colônia durante visitação a comunidade do Arajivú, Bragança-PA.

Descendentes de Eva: religiosidade colonial e condição feminina na Primeira Visitação do Santo Ofício à América portuguesa (1591-1595). 2014. 226f. Dissertação (Mestrado em História Social) - Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

A chegada de Heitor Furtado de Mendonça em 1591 à Capitania da Bahia inaugurou um contexto em que a presença do Tribunal do Santo Ofício português se tornaria mais incisiva no Novo Mundo. Presença motivada, principalmente, pela presença maciça de cristãos-novos nesse espaço e as constantes preocupações de que esses indivíduos, recém-convertidos ao catolicismo, pudessem estar retornando à sua antiga religião, o judaísmo. A Visitação assumiu, contudo, outros contornos durante os cinco anos em que vigorou na América. Blasfêmias, bigamia, sodomia, bestialismo, luteranismo, islamismo, desvios do próprio corpo clerical além de todo e qualquer erro de doutrina foram alvos das autoridades. Os desvios em torno da feitiçaria, por sua vez, também integraram as investigações do Visitador, tendo na participação considerável da mulher como elemento relacionado a esse delito. Nesse sentido, essa dissertação tem por interesse investigar – com base na noção de “gênero” – essa relação entre a figura feminina e o interesse por práticas mágico-religiosas voltadas para a intervenção no sobrenatural no contexto em questão, partindo da hipótese de que houve uma influência de uma “pedagogia do medo” bem como a apropriação do contexto misógino vigente tanto na participação ativa nessa relação – em busca de reconhecimento social –, no interesse em intervir nos destinos por meio, sobretudo, de mediadoras e no ato de denunciar por feitiçaria as mesmas mulheres que dantes eram seus alvos nesse interesse pelo sobrenatural, contribuindo, inclusive, na construção de dois processo inquisitoriais voltados para esse crime: contra Felícia Tourinho e Maria Gonçalves.

VESTÍGIOS DO SENTIMENTO: REPRESENTAÇÕES DO MEDO DURANTE A VISITA DO SANTO OFÍCIO AO GRÃO-PARÁ

O trabalho que estamos desenvolvendo, tem como fontes principais os registros da Visita do Santo Ofício ao Grão-Pará no século XVIII, referentes ao período de 1763-1769. Contudo, não buscaremos analisar as fontes produzidas pela máquina inquisitorial para averiguar sua ação institucional ou puramente religiosa. Utilizá-la-emos como meio para esquadrinhar o sentimento que é objeto de nosso estudo: o medo. Esse sentimento inerente à condição humana que acompanhou a empresa inquisitorial ao longo de séculos e que acreditamos poder ser revelado por meio dessa documentação, mostrando-nos mais sobre a vida na Amazônia Colonial.

HISTÓRIA DAS PRIMEIRAS IGREJAS EVANGÉLICAS NAS MONTANHAS DE NOVA FRIBURGO, RIO DE JANEIRO: UMA ANÁLISE HISTÓRICA E SOCIOCULTURAL

Revista Tópicos, 2(6), 2024

Este artigo propõe uma análise da história das primeiras igrejas evangélicas nas montanhas de Nova Friburgo, Rio de Janeiro. A região, marcada por sua beleza natural e história cultural diversificada, testemunhou o surgimento e desenvolvimento do protestantismo ao longo dos séculos. Observasse o contexto histórico e sociocultural que possibilitou a chegada e estabelecimento dessas igrejas, explorando sua influência na comunidade local e sua contribuição para a diversidade religiosa da região. Utilizando uma abordagem interdisciplinar que combina história, sociologia e antropologia religiosa, este artigo oferece uma visão abrangente do papel das primeiras igrejas evangélicas nas montanhas de Nova Friburgo, destacando suas práticas, desafios e impactos ao longo do tempo.

A Primeira Viagem Missionária de Paulo: Uma Análise Narrativa e as Perspectivas das Fronteiras Culturais

Oracula, 2015

Este ensaio tem como objetivo analisar a narrativa da primeira viagem missionária relatada no bloco literário de Atos dos Apóstolos, 13-14 considerando seus eventos para compreender a origem da evangelização aos gentios e as influências da cultura popular na concepção para a vida e as suas influências para concepção do texto canônico. Tal análise parte de um estudo narrativo verificando as fronteiras culturais, conceituando os estruturalistas russos como M. Bakhtin e I. Lotman, buscando elementos fundamentais para compreender o cristianismo primitivo. Palavras-chave: Viagem-cristianismo primitivo-Paulo-Barnabé-fronteiras culturais-identidade.

PRESENÇA DA IGREJA NA FORMAÇÃO DO BRASIL COLÔNIA: Do descobrimento às Minas do Ouro

RESUMO: No processo de de ocupação do território brasileiro, tiveram vários atores que transformaram a sua paisagem numa mescla de Metrópole e Colônia .Num período onde as forças principais eram os reinados absolutistas, mais precisamente na península Ibérica, e a Igreja Católica, essas atores se transformaram nos principais agentes formadores do território. A Igreja Católica sempre esteve presente na ocupação do Brasil, desde a primeira incursão oficial no continente. Fazendo-se necessária em vários momentos da história brasileira com papeis de extrema importância, nas primeiras ocupações do litoral, servido como edificações de auxílio à proteção contra nativos e nações estrangeiras, passando por trabalhos de catequização do gentio e ensino, como também assumindo ações que a Coroa não queria se envolver, como ajuda aos desvalidos e construção de hospitais. Teve papel de grande importância na formação da paisagem das vilas do ouro, papel sempre secundário se comparado à presença da Coroa, nessas localidades, mas não de menor importância. Desenhando uma paisagem singular na ocupação de pontos estratégicos e criando perspectivas existentes somente na região das Minas, se comparado ao resto do Brasil.

Visitação Capelania Evangélica Hospitalar

Breve resumo dos princípios que devem nortear a ação do Capelão Evangélico ou do Pastor numa visita hospitalar. Do capítulo 3 em diante tomei a liberdade de adaptar um artigo do Rev. Eudoxio Santos, no seu blog voltado para Capelania. http://capelaniahospitalar.blogspot.com.br/ acessado em 04 de Maio de 2015. Entretanto, minhas adaptações não vão contra a ideia central do Reverendo.