Retórica do Design Gráfico (original) (raw)
Related papers
Começando com a premissa de que não há informação pura na comunicação humana e, portanto, não há neutralidade no design gráfico, este trabalho explora as possibilidades de retórica visual na área. A ênfase está em design de informação, tipografia, cartografia e design de notícias —onde a presença de retórica é menos explícita do que em áreas como publicidade, identidade visual ou design de cartazes. Composições visuais são usadas para demonstrar como decisões de design podem influenciar a comunicação de mensagens. O objetivo é demonstrar para designers gráficos a importância de incluir a construção de significado nos seus processos criativos, e oferecer ferramentas iniciais para isso.
Resumo: A retórica, entendida como a capacidade de produzir persuasão, trará uma questão para a filosofia de como enquadrá-la dentre as demais artes, e antes, se ela pode realmente ser considerada arte. Essa dificuldade será aqui abordada nas suas três perspectivas principais, a platônica, que a toma como maligna, e que, portanto nem arte é; a de Górgias, para quem ela seria não só benéfica, mas a mais fundamental das capacidades humanas; e a aristotélica, que a considera neutra valorativamente, essencialmente instrumental como toda arte.
Integrando a retórica ao game design
2013
It grows evident the potential of electronic games as media, impacting more parts of the population and resulting in social, economic and cultural reflections. However, the games that obtain great commercial success, essentially, seek to provide fun to its users. Based on this premise, both users and developers end up not considering the potential that games might have in terms of transmitting messages with relevant content to real life, like, for exemple, reflections on political systems, moral values, the meaning of life, etc. Nevertheless, though fun is still the main focus, some developers and academic researchers started to observe colateral messages in comercial games. In this case, if the game, still considering the priority given to the fun aspect, is capable of delivering meaningful messages, a central question arises: How do you construct the game as to make the message an important part of its development? Rhetoric, since its first conceptions about discourse in ancient G...
Retórica em ambientes digitais
Rétor
O recurso cada vez maior aos dispositivos digitais ligados em rede faz com que surja uma nova cultura: a cultura digital teorizada por Manuel Castells. Está tem um espaço próprio, o ciberespaço, e disponibilizada um grande acervo de conteúdos, criando aquilo que Pierre Lévy chama inteligência coletiva. Embora se alicerce sobre a crença tecnocrática de que a tecnologia promove o progresso humano, algumas pesquisas demonstram que as reais utilizações estão aquém do desejado e teorizado. As análises que se realizaram em Portugal sobre o uso da Web por parte da Igreja católica, no prosseguimento da sua missão, comprovam precisamente isso. São várias as hipóteses que procuram explicar o fenómeno. Neste texto procura-se demonstrar que uma das fragilidades existentes é que as diversas análises não consideraram a necessidade de uma nova retórica, a retórica digital.
OS DIZERES DA DIREÇÃO DE ARTE: OS DISCURSOS NÃO-VERBAIS PRESENTES NO DESIGN GRÁFICO
In Revista, 2018
Direção de Arte é um campo de produção de dizeres presente no design gráfico, design digital, cinema, teatro e outros. Cores, luzes, sombras, harmonias, pesos e tipografia são alguns dos elementos que compõem a Direção de Arte, e que apesar de parecerem transparentes, atuam na construção de sentidos discursivos. Com base no referencial teórico da Análise do Discurso Francesa de Michel Pêcheux, esse trabalho busca analisar os “dizeres” da Direção de Arte, isto é, os elementos não-verbais dotados de opacidade, e que constroem sentidos. O corpus de análise desse artigo são os cartazes da saga cinematográfica Harry Potter, na intenção de observar como cores, luzes e outros elementos da Direção de Arte se constituem como efeitos de sentido na planície da imagem
Ensaios Filosóficos, 2010
Os diálogos que explicitam a filosofia platônica, sempre demonstram bastante proficuidade para o estudo acerca do Belo, no Fedro; tendo em vista que diversos tratados filosóficos que abordam muitas vezes temas comuns e muito caros à humanidade – como questões ligadas ao sentido da vida, da existência e principalmente do amor à sabedoria. Nesse sentido, se por um lado à filosofia abre um leque de possibilidades de entendimento e discussão de um tema através de sua abordagem profunda, de outro a leitura de Platão se encarrega de apresentar o vivido e o pensamento grego antigo – demonstrados na forma de arte, dando as suas questões a flexibilidade, mobilidade e erudição, características da dialética platônica. É com vistas a contribuirmos ainda mais na ampliação desse debate, que este trabalho pretende ser um estudo sobre a possibilidade de interpretar Fedro de Platão e os demais temas que o abrangem, tais como o amor, a erótica, a alma, a teoria das idéias, as manias divinas e seus enclaves; pois acreditamos que, no que diz respeito aos aspectos da filosofia antiga, Platão faz parte do cerne do seu desvelamento, sendo um dos que melhor traduz os conceitos filosóficos de sua época.
Eficácia Retórica: A palavra e a imagem
2008
A retórica era na antiguidade clássica o modelo por excelência da educação. Embora alguns estudantes se formassem superiormente em filosofia ou matemática, a esmagadora maioria deles atingia o clímax da sua formação para a vida activa nos domínios da cultura oratória. Daí o argumento de Quintiliano, no final do seu longo tratado Sobre a Formação do Orador, ao traçar o ideal pedagógico do cidadão: que o fim último da retórica é a formação do Romanus sapiens; isto é, de todo o cidadão que combina a ciência e sabedoria de um sábio grego com o pragmatismo natural de um homem de autêntico sentir romano1. Ao confrontar-se hoje com os grandes clássicos da retórica antiga, o leitor sentirá, todavia, um misto de estranheza e familiaridade. Já não estamos habituados a longos discursos. Nossa é uma cultura de actos leves, concisos e breves de comunicação. A língua, na sua forma simbólica, foi cedendo o passo à comunicação pelo som e a imagem; no cinema e a televisão, mas não só. Toda a sorte d...
Diálogos Gráficos: A Didática do Ateliê de Arquitetura
2015
This article discusses a specific didactic in the field of University pedagogy in the teaching of undergraduate course of Architecture and Urbanism. It contributes to understand the graphic dialogue as a method of production and construction of knowledge, and the drawing as a constituent element and determinant of the process, in the teacher‑student relationships, in the atelier of design. It considers the graphic dialogue as a form of interrelationship, contact and responsibility, involving senses and meanings of the interactive activity, the reflection of ideas and the experiences of the subjects. It stresses the importance of the teaching practice, whose specific knowledge needs interaction with pedagogical knowledge. It recognizes the student as an active participant in the process, becoming a designer co‑responsible for the construction of knowledge, epistemic subject of reflection‑in‑action. It believes that the graphic dialogue, in the study of practice epistemology, may be t...