O SENADO ROMANO E A CORTE IMPERIAL NO BAIXO IMPÉRIO: UMA REVISÃO (original) (raw)
Related papers
O CULTO IMPERIAL E AS MOEDAS DO IMPÉRIO ROMANO
Espaço do Sagrado na Cidade Antiga, 2017
Resumo: É nosso objetivo neste trabalho demonstrar como as efígies de Augusto e os signa imperii augustanos, presentes nas moedas produzidas na Hispania e Siro-Palestina, propagandeavam o culto imperial, o Estado e seu guia, Augusto, garantindo-lhe mérito e prestígio. Augusto foi o primeiro a preocupar-se com a organização política sistemática das imagens, buscando reconhecer publicamente suas qualidades militares-de Divi filius-e seus méritos no comando do Estado. Tibério, no Ocidente, e Herodes, no Oriente. foram seus importantes continuadores. A estética foi, desse modo, posta a serviço da política.
O CULTO IMPERIAL E AS MOEDAS DO IMPÉRIO ROMANO * Vagner Carvalheiro Porto
Phoînix, 2018
Resumo: É nosso objetivo neste trabalho demonstrar como as efígies de Augusto e os signa imperii augustanos, presentes nas moedas produzidas na Hispania e Siro-Palestina, propagandeavam o culto imperial, o Estado e seu guia, Augusto, garantindo-lhe mérito e prestígio. Augusto foi o primeiro a preocupar-se com a organização política sistemática das imagens, buscando reconhecer publicamente suas qualidades militares - de Divi filius - e seus méritos no comando do Estado. Tibério, no Ocidente, e Herodes, no Oriente. foram seus importantes continuadores. A estética foi, desse modo, posta a serviço da política. Palavras-chave: Augusto; culto imperial; moedas romanas; Hispania; Siro-Palestina. THE IMPERIAL CULT AND THE COINS OF THE ROMAN EMPIRE Abstract: It is our goal in this paper to show how the effigies and augustean signa imperii on the coins struck under Augustus in Hispania and Syro-Palestine advertised the imperial cult, the State and his leader, Augustus, thus guaranteeing merit and prestige for himself. Augustus was the first to be concerned with the systematic political organization of images, searching for the public acknowledgement of his military qualities, of his Divi filius status, and of his virtues in ruling the State. Aesthetics was, therefore, put at the service of politics. Keywords: Augustus; imperial cult; Roman coins; Hispania; Syro-Palestine.
DECLÍNIO E QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
DECLÍNIO E QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO, 2021
Este trabalho tem como objetivo ilustrar os principais motivos do declínio e eventual queda de um dos maiores e talvez o mais importante império do mundo ocidental. Com origem ao remoto ano de 735 a.C., ano em que se credita a fundação da cidade de Roma e sua dissolução em 476 d.C. a historia de Roma é repartida em três grandes fases, Monarquia, República e Império, que se estenderam por mais de 1200 anos, um período sem duvida bastante extenso e marcado por alterações por vezes lentas e graduais e por outras surpreendentemente abruptas. Para os objetivos propostos no trabalho vamos focar-nos na ultima fase do Império (baixo império ou antiguidade tardia) nomeadamente a partir do período da Anarquia Militar (235-284 d.C), que costuma ser amalgamado sob o rótulo de "Crise do Século III", e que representa um ponto de viragem e momento de transformação do mundo antigo, onde as estruturas clássicas vão sendo gradualmente substituídas por outras, culminando na “queda” do então Império no ano de 476 d.C. A abordagem feita ao tema “declínio e queda” neste trabalho é apenas superficial, sendo que qualquer dos pontos focados pode ser extensamente aprofundado, o objetivo é dar uma panorâmica geral do que se passou no Império Romano do Ocidente a partir do Sec. III e acima de tudo mostrar que a “queda” de Roma não foi um acontecimento abrupto, mas sim o resultado de seculos de transformações sociais, políticas, militares e religiosas que ocorreram em todo o Império. Para isto, e em vez de amalgamarmos todos os acontecimentos tidos como relevantes ao longo de três séculos num texto único e contínuo o trabalho foi dividido por épocas, nomeadamente a crise do Sec. III, o Sec. IV e o Sec. V seguido de uma breve conclusão, de modo a melhor entendermos a progressão dos acontecimentos que em ultima instância levaram á dissolução do Império Romano do Ocidente.
2021
Este artigo tem por objetivo analisar os mecanismos de legitimidade associados ao exercício do poder imperial durante o início do principado de Nero (54), momento de transição política para um novo governo em Roma. Por não haver regras definidas de sucessão, a legitimidade se constituía como questão fundamental na consolidação do novo principado. O modelo político criado a partir de Augusto e herdado por Nero deixava ambíguo o status do príncipe perante as elites, o que tornava ainda mais imperativa a construção de princípios de legitimação capazes de trazer segurança ao regime. Analisaremos duas formas de legitimidade possíveis nesse contexto: aquela derivada da herança familiar e dependente da ancestralidade, e a que podemos chamar de legitimidade cidadã, inclinada ao republicanismo.
O ESTATUTO JURÍDICO DAS PERSEGUIÇÕES DOS CRISTÃOS NO IMPÉRIO ROMANO
RESUMO: As perseguições contra os cristãos constituem um dos acontecimentos mais estudados na História do Cristianismo e na História de Roma. A esse respeito, são inúmeros os documentos existentes desde o início do segundo século de nossa era, tanto da parte dos pagãos, como da parte dos cristãos. Tomando esses documentos por base, cabe a pergunta: qual foi o estatuto jurídico no qual se basearam as autoridades romanas para perseguir os cristãos? Procuro mostrar, neste texto, que de início eram aplicadas contra eles as leis criminais vigentes. Só mais tarde se tornou crime o fato de ser cristão. Mas leis persecutórias válidas em todo o império apenas surgiram a partir do ano 250, e foram abolidas em 313.
O IMPÉRIO ROMANO: APOGEU E DECLÍNIO
A crise das instituições republicanas e a polarização entre aristocracia e a plebe favoreceram o surgimento de novos personagens na cena politica: os lideres militares, que, além de terras e vitorias contra os inimigos, conquistavam prestígios perante a população. Contando cada vez mais como apoio popular, esses lideres logo passaram a cobiçar o poder. Aos poucos, o senado iria perder sua influência e o poder politico se concentraria nas mãos de alguns dos chefes militares. Esse período ficou marcado como um momento de transição entre a República e o império. Após uma época turbulenta, pontuada por revoltas populares, guerras civis e assassinatos, teve início, com Otávio, o império Romano. Nesse período, Roma atingiria o apogeu e dominaria por vários séculos grande parte do mundo antigo.
Phoînix, 2018
Resumo: O objetivo deste artigo é apresentar algumas considerações sobre a tênue relação entre lei e costume a partir de dois estudos: um na República e outro durante o Império. O artigo se divide em três partes. Na primeira, será analisado o contexto da crise financeira que ocorreu em 89 a.C., na cidade de Roma, durante a Guerra Social (91-88 a.C.). As crises financeiras assolaram o final da República Romana e esta é uma das mais bem documentadas, deixando entrever um problema jurídico e social muito peculiar, haja vista que os poderes públicos tiveram dificuldade de remediá-la devido ao impasse existente entre a lei e o costume: credores faziam apelo ao costume para receber o que lhes era devido, devedores faziam apelo a uma pretensa lei que proibia o empréstimo de dinheiro a juros como pretexto para deixarem de saldar suas dívidas. Na segunda parte, será apresentada uma discussão sobre a questão do respeito aos costumes regionais quanto às taxas de juros durante o Império nas jurisprudências do Digesto. Na terceira, a título de conclusão, serão apresentadas algumas leis romanas que tentaram, em vão, proibir e, também, limitar o empréstimo de dinheiro a juros, que se assegurou pelo seu inveterado costume. Dessa forma, analisaremos como o impasse entre lei e costume é importante no que tange à vida financeira romana. Palavras-chave: crise financeira; guerra social romana; história romana; história econômica da antiguidade; direito romano. ENTRE LE DROIT ET LA COUTUME DANS LA ROME DELA RÉPUBLIQUE TARDIVE ET IMPÉRIALE: AUTOUR DES QUESTIONS FINANCIÈRES Résumé: Le but de cet article est de présenter quelques considérationssur la relation ténue entre le droit et la coutume tirées de deux études,la première se concentrant sur la période républicaine et l’autre surl’Empire. L’article est divisé en trois parties. Dans la première partie,nous analyserons le contexte de la crise financière survenue en 89 avantJ.-C. dans la ville de Rome pendant la guerre sociale (91-88 avant J.-C.). Parmi les crises financières qui marquèrent la fin de la Républiqueromaine, celle-ci est l’une des mieux documentée et révèle un problèmejuridique et social très particulier. En effet, l es autorités publiques eurentdu mal à remédier à la crise en raison de l’impasse entre loi et coutume :les créanciers invoquèrent la coutume pour percevoir ce qui leur était dû,alors que les débiteurs prétextèrent une prétendue loi interdisant le prêtd’argent contre intérêts pour cesser de rembourser leurs dettes. Dans ladeuxième partie, une discussion sera présentée sur la question du respectdes cout mes régionales en matière de taux d’intérêt sous l’Empire, dans lajurisprudence du Digeste. Dans la troisième partie, seront présentées deslois romaines qui ont vainement tenté d’interdire ou de limiter l’empruntd’argent à intérêt garanti par la coutume invétérée. De cette manière,nous analyserons l’i mportance de l’impasse entre loi et coutume dans le développement de la vie financière à Rome. Mots-Clés: crise financière; guerre sociale romaine; histoire romaine; histoire économique; droit romain.
O SANGUE DE BIZANCIO ASCENSÃO E QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE HISTÓRIA DE ROMA ANTIGA -VOLUME 3
Esta obra visa dar a conhecer a história do Império Romano do Oriente – conhecido como Império Bizantino (séculos IV-XVI). Trata-se de um livro panorâmico, centrado nos aspetos políticos e militares, que pretende facilitar um primeiro contacto com a odisseia milenar da parte oriental do velho Império Romano, derrubado pelos povos bárbaros no século V. Não é possível compreender a Europa atual sem conhecer a história do Império Bizantino; só através dela poderemos perceber o início da expansão muçulmana, o percurso do Cristianismo, a constituição da Igreja Ortodoxa, o aparecimento do alfabeto cirílico, a origem dos nacionalismos balcânicos, a formação do Estado russo, a aventura do pequeno reino da Arménia ciliciana, a epopeia dos Mongóis na Ásia Menor, as Cruzadas na Terra Santa... Este é, pois, um livro de iniciação a um tema quase esquecido pelos historiadores e pelos programas universitários portugueses. E uma porta de entrada num mundo único e fascinante – o do império cor de púrpura, que os Turcos Otomanos acabariam por conquistar em 1453.
INDIVÍDUO E INSTITUIÇÃO: O PAPEL DE PLÍNIO, O JOVEM DURANTE O ALTO IMPÉRIO ROMANO
A época do Principado romano, no campo político e social, é marcada pelas reminiscências da República, que mesmo após mais de cem anos de sua queda ainda estão presentes no período de Trajano. O presente artigo buscou em um primeiro momento propor uma discussão a partir da leitura da bibliografia sobre a ordem senatorial, sobre a vida de Plínio, o Jovem e sua obra o Panegírico de Trajano e ainda sobre o papel de cada em um contexto político no qual tradição e inovação caminharam juntas na configuração de um regime ambíguo. Posteriormente as contribuições da antropóloga Mary Douglas e do sociólogo Pierre Bourdieu permitiram uma análise mais aprofundada do Senado como uma instituição composta por regras e ideias que orientavam os grupos em seu interior, em um dos quais Plínio, o Jovem exerceu sua carreira pautado nas tradições da ordem e nas demandas políticas que envolveram sua época.
O IMPERIALISMO ROMANO E AS ESPECIFICIDADES DA JUDEIA: UM QUADRO TEÓRICO-CONCEITUAL
Revista Eletrônica Antiguidade Clássica, 2010
RESUMO O estudo do processo do imperialismo romano na Judeia deve ressaltar as especificidades daquela região frente ao Ocidente conquistado pelos romanos. Dentre tais especificidades destacamos: a recorrência de revoltas armadas e o contato prévio com o helenismo. Para analisarmos como se desenvolveu tal processo imperialista, torna-se fundamental delimitarmos os conceitos a serem utilizados, a fim de que possamos estabelecer as relações entre as especificidades judaicas e o processo imperialista romano. ABSTRACT The study of Roman imperialism in Judea should stands out the specificities of that region face to Roman West. In the midst of such specificities, we point out: the recurrence of gunned revolts and the previous contact with helenism. To analyze how this imperial process developed, is fundamental to establish the concepts we use, with the intention of to relation Judea´s specificities to Roman imperialism.