GESTÃO PÚBLICA: ENSAIOS TEÓRICOS (original) (raw)

GOVERNANÇA UNIVERSITÁRIA: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS

Este estudo tem o objetivo de apresentar um panorama dos estudos científicos desenvolvidos acerca da governança nas Instituições de Educação Superior e identificar as lacunas no conhecimento sobre essa área. A pesquisa, quanto a sua metodologia, caracteriza-se como qualitativa; quanto aos fins é classificada como descritiva, pois indica correlações entre variáveis e evidencia características de uma população ou fenômenos. Quanto aos meios, é caracterizado como um estudo bibliográfico utilizando-se também de revisão sistemática da literatura para atingir o objetivo do artigo. A revisão sistemática para o artigo, realizou-se por meio de busca em dois portais de publicações: Portal de Periódicos da CAPES e Scientific Periodicals Electronic Library (SPELL®), com os constructos governança e universidade, e suas variações, o que possibilitou a identificação e seleção de publicações científicas que continham os dois temas relacionados. Após a seleção das publicações, segui-se para análise dos dados e observou-se que, apesar de não ter sido definido um limite temporal para a seleção dessas publicações, a pesquisa mais antiga sobre governança e universidades foi no ano de 2006; por outro lado, apesar do baixo número de publicações encontradas, não é possível constatar que o debate teórico sobre o tema nessas instituições esteja crescendo, visto que no último ano não foi encontrada nenhuma publicação com os dois temas.

GÊNESIS TEÓRICA DO ESTADO

O primeiro a usar o termo “Estado” num sentido que é praticamente idêntico ao contemporâneo, foi Maquiavel na primeira linha do Príncipe: “Todos os Estados, todos os Domínios que tinham e têm autoridade sobre os homens, eram e são repúblicas ou principados”. De fato, seria demais fingir exigir de um escritor não-sistemático como Maquiavel uma definição precisa do Estado; No entanto, já vemos nele um tratamento do Estado com as características que hoje reconhecemos neste, ou seja, como uma organização pública dotada da capacidade de exercer e controlar o uso da força sobre determinada população e em um território definido, de acordo com um corpo específico de direito soberano.

NOÇÕES DE TEORIA GERAL DO ESTADO

PROF. ANDRÉ LUIZ LOPES ESCOLA SUPERIOR DOM HELDER CÂMARA TEORIA GERAL DO ESTADO CONCEITO DE TEORIA GERAL: É a ciência que investiga e expõe os princípios fundamentais da sociedade política denominada Estado, sua origem, estrutura, formas, finalidade e evolução. TRÍPLICE ASPECTO DA TGE -Sociológico (estudo das sociedades humanas e fatos sociais a ela ligados), Político e Jurídico. FONTES DIRETAS DA TGE -As Fontes Diretas compreendem os dados da paleontologia (estudo dos animais e vegetais fósseis) e da paleoetnologia (estudo dos povos e raças antigas), os dados da história e as instituições políticas passadas e vigentes. Os mais antigos documentos que esclarecem o estudo da matéria são o "Código de Hamurabi", Rei da Babilônia (2.300 a. C.), as leis de Manu da Índia (XII século), o "Código da China" (XI século), as leis de Zaleuco, Charondas e Sólon (VII século). As leis de Gortina (V século) e as "Leis das XII Tábuas" (541 a. C.). FONTES INDIRETAS DA TGE -As Fontes Indiretas compreendem o estudo das sociedades animais, os estudos das sociedades humanas primitivas e o estudo das sobrevivências. ORIGEM DA PALAVRA ESTADO: Os gregos, cujos Estados não ultrapassavam os limites da cidade, usavam o termo polis, cidade, e daí veio política, arte ou ciência de governar a cidade. Os romanos, com o mesmo sentido tinham civitas e respublica. No século XVI em diante o termo Estado foi aos poucos tendo entrada na terminologia política dos povos ocidentais: é o État francês, Staat alemão, State inglês, Stato italiano e em português e espanhol Estado.

PESQUISA DO TIPO TEÓRICO

Para quem não me conhece, sou Luís Cláudio Figueiredo. Queria, para compor a mesa, solicitar a presença do professor Luiz Alfredo Garcia-Roza, que será o nosso primeiro conferencista, e do professor Renato Mezan. Gostaria de descrever brevemente o funcionamento do nosso programa. Estamos organizados em quatro núcleos de pesquisa, que contam com professo-res, alunos e membros associados em variadas atividades de aula, seminários, debates , elaborações coletivas de textos etc. Há um núcleo de estudas da família e da comunidade, um núcleo de estudos e pesquisas das práticas da psicologia clí-nica, um núcleo de estudos e pesquisa da subjetividade, e um núcleo de estudos e pesquisas em psicanálise. De fato, a psicanálise está presente em todos os quatro núcleos; em particular , o núcleo de estudos e pesquisas da subjetividade, voltado para a investigação dos processos de subjetivação, conta com uma forte presença de psicanalistas, numa saudável convivência com outros referenciais teóricos e com outras disci-plinas como a Filosofia, a História, os Estudos Literários etc. Foi inclusive para este núcleo que se dirigiu até aqui a colaboração de alguns psicanalistas, como Joel Birman, Jurandir Freire Costa, Benilton Bezerra, Carlos Augusto Nicéas, que têm oferecido, na forma de seminários e ciclos de palestras, a sua contri-buição. Digo isso apenas para reafirmar o óbvio: a incidência inevitável e indis-pensável do pensamento psicanalítico em qualquer questão referente ao psi-quismo, e ainda mais amplamente em qualquer questão referente às formas de vida e da Cultura Contemporânea. Daí a necessidade de, além dos núcleos que se organizaram em torno a de-terminadas problemáticas, termos um núcleo que se defina a partir da própria psicanálise enquanto campo do saber, com seus métodos e sua história própria, enquanto método e técnicas de investigação terapêutica, e enquanto referencial para a compreensão da vida social em suas múltiplas manifestações. O núcleo de estudo em psicanálise é coordenado pela Maria Emília Lino da Silva, e conta com a participação dos professores efetivos, os doutores Renato Mezan, Gilberto Sa-fra e Fabio Herrmann. Neste semestre colaborou, na condição de membro asso-ciado ao núcleo, o Prof. Sr. Luís Roberto Monzani, e já podemos anunciar a pró-xima integração ao nosso corpo docente do Dr. Manoel Tosta Berlinck. Coube a este núcleo a iniciativa de convocar e organizar este encontro. Nossos objetivos são modestos: não pensamos na realização de um congres

O ENSINO DE GÊNEROS: POSSÍVEIS ABORDAGENS TEÓRICO-METODOLÓGICAS

RESUMO: Atualmente, o trabalho com gêneros tem se mostrado uma grande ferramenta para o desenvolvimento da linguagem em sua relação com as práticas discursivas social, cultural e historicamente situadas. Assim, apropriar-se de gêneros significa ensinar a língua de modo adequado ao contexto em que se está inserido. Este trabalho tem por objetivo apresentar o Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) e a Análise Crítica do Discurso (ACD) como duas possíveis abordagens de trabalho com gêneros textuais, traçando suas aproximações e distanciamentos. Para tratarmos do gênero sob o prisma do ISD, tomaremos como base teórica os trabalhos desenvolvidos por Bronckart (. À luz desses, traremos o histórico, os pressupostos teórico-metodológicos e a proposta didática de cada uma das abordagens discutidas, tendo por fim levantar a relevância das mesmas para o ensino de línguas.

TEOLOGIA PRÁTICA NA ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA

Resumo: A partir do século XIX, igrejas oriundas da Reforma ganham espaço no contexto latino-americano. A refl exão e o desenvolvimento da pastoral e, posteriormente, de uma Teologia Prática contextualizada tornam-se uma realidade. O objetivo deste texto é estudar como se confi gura do ponto de vista prático e teórico a Teologia Prática num dos centros acadêmicos teológicos desse contexto, a Faculdade de Teologia, da Faculdades EST, no sul do Brasil. Num primeiro momento, mostramos como a Teologia Prática passou, no início da escola, de numa ênfase na formação de pastores para a construção de comunidades lute-ranas, numa igreja marcada pela imigração alemã. Mais tarde, esse enfoque, motivado pela teologia da libertação da América Latina, numa igreja em busca de sua identidade latino-americana, muda para uma práxis teológica pela paz e pela justiça social. Com a implanta-ção da pós-graduação em Teologia, a Teologia Prática, com suas subdisciplinas, procura se afi rmar como disciplina com uma identidade própria, em diálogo crítico com as demandas do contexto sociocultural e político, a diversidade religiosa, as questões de gênero e corpo-reidade e a pesquisa em parceria com outras áreas de conhecimento. A publicação de um manual de Teologia Prática, no fi nal da década de 1990, marca esse novo estágio. Quais os novos rumos e desafi os da Teologia Prática no contexto atual e qual o papel da Teologia Prática diante das mudanças e dos desafi os globais são questões em aberto para a refl exão. Palavras-chave: Teologia Prática. Teologia da libertação. América Latina. Reforma.

HISTÓRIA, HISTORIOGRAFIA E EDUCAÇÃO: PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

O artigo está dividido em três partes. Na primeira, discute-se brevemente as questões referentes ao conceito de História e às escolas históricas. Posteriormente, identifica-se a concepção de História sustentada pelo materialismo histórico, contrapondo-a ao paradigma pós-moderno. Por fim, ressalta-se os pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa histórico-educacional que busquem compreender a essência do fenômeno educativo, suas contradições, mediações e determinações; pressupostos que proporcionem uma maior compreensão da realidade e que ao mesmo tempo apontem uma estratégia política para a transformação dessa mesma realidade.