NOTAS PARA PENSAR OS SUJEITOS PERIFÉRICOS NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS RODRIGO CERQUEIRA DO NASCIMENTO BORBA 1 (original) (raw)
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Notas Para Pensar Os Sujeitos Periféricos Na História Da Educação Em Ciências
Educação em Revista
RESUMO: O artigo interpela a inclinação historiográfica que permeia as pesquisas em História da Educação em Ciências comumente dirigidas para sujeitos históricos que circularam por espaços privilegiados de produção e socialização de conhecimentos. Amparado por um arsenal teórico-metodológico que conjuga referenciais da História, da Memória e do movimento biográfico, o texto discute a pertinência de pesquisas acerca das trajetórias sociais de atores escolares ordinários, ou seja, sujeitos periféricos, invisibilizados pela historiografia. Apostamos que estudos que tratem de entender de modo relacional sua trajetória de vida e os contextos social e cultural de seu tempo podem oferecer interessantes subsídios e potentes indícios para que outras histórias sobre a Educação em Ciências sejam produzidas, contadas e escritas a partir desse movimento. Para isso, também são problematizadas determinadas representações hegemonizadas sobre o passado das disciplinas escolares Ciências e Biologia. ...
ANÁLISE SOBRE A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS
Resumo Os surdos durante os diversos períodos da história foram colocados à margem do mundo econômico, social, cultural, educacional e político, sendo considerados como deficientes e incapazes desapropriados de seus direitos e da possibilidade de escolhas, a partir do final do último século houve mudanças significativas na forma de compreender suas características, que afetaram as propostas educacionais oferecidas a eles. Portanto, este estudo tem com o objetivo apresentar a trajetória e os desafios vivenciados pelos mesmos, com vistas a que estas análises possam possibilitar a compreensão dos embates, dúvidas e divergências que ainda estão postas em relação ao processo educacional desta população. Para tanto realizamos um levantamento bibliográfico sobre a história da educação dos surdos em livros, periódicos, dissertações e teses da área especializada. Identificamos como era a educação dos surdos desde os meados do século XVI até a atualidade, bem como a experiência educacional desenvolvida pelo primeiro professor de surdo, o monge Pedro Ponce de Leon do século XVI, como também sobre os educadores de surdos no século XVIII. Na seqüência comentamos sobre a fundação da primeira escola pública para os surdos, em Paris (1755) e as conclusões de vários pesquisadores sobre o Congresso de Milão (1880), o qual representou o marco divisor na história da educação dos surdos. Finalizamos esse estudo com discussões referentes às filosofias aplicadas a educação dos surdos, tais como: Oralismo, Comunicação Total e Bilingüismo, com ênfase neste último, dada a sua importância para resgatar o direito de expressão das pessoas surdas. Após refletirmos sobre a trajetória histórica da educação dos surdos, percebemos que é de fundamental importância que os educadores conheçam esse processo histórico vivenciado pelas pessoas surdas para que possam construir práticas pedagógicas, pautadas na reflexão para não se repetir no futuro os erros do passado e seus equívocos.
AS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 1
Para atender à proposta do "projeto 20 anos do HISTEDBR", que me incumbiu de abordar o tema relativo às concepções pedagógicas na história da educação brasileira, elegi como eixo ordenador de minha exposição a oposição entre teoria e prática já que, como assinala Schmied-Kowarzik (1983, p. 10), "a relação entre teoria e prática é a mais fundamental da pedagogia".
A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA NO ÂMBITO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
2014
Conferência de abertura do IX Seminário Nacional do HISTEDBR realizada em 31/07/2012 na Universidade Federal da Paraíba, campus de João Pessoa. Texto publicado como capítulo do livro "Histórias da Educação Brasileira: experiências e peculiaridades", organizado por Pinheiro, A. C. et al., publicado pela Editora da UFPB, 2014.
AS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Para atender à proposta do "projeto 20 anos do HISTEDBR", que me incumbiu de abordar o tema relativo às concepções pedagógicas na história da educação brasileira, elegi como eixo ordenador de minha exposição a oposição entre teoria e prática já que, como assinala Schmied-Kowarzik (1983, p. 10), "a relação entre teoria e prática é a mais fundamental da pedagogia".
A Planície Costeira do Rio Grande do Sul têm sido alvo de diversas pesquisas arqueológicas durante os dois últimos séculos. Já em fins do século XIX iniciaram as primeiras incursões na região. Destacam-se as pesquisas de Carlos von Koseritz em 1.884, Theodor Bischoff em 1.887; Herman von Ihering 1.895; Rudolf Gliesch, em 1.925, entre outros. Tais pesquisas foram realizadas no litoral central e norte, priorizando as regiões de Torres, Osório, Tramandaí e Cidreira. Na década de 1.930, o arqueólogo argentino Antônio Serrano tratou de examinar parte destas coleções que pertenciam a Balduino de Freitas e Juan Kern e também à instituições de Porto Alegre, São Leopoldo, Pelotas, Rio Grande, São Paulo e Santa Catarina. Publicou suas conclusões entre 1.937 e 1.940. Seguindo o trabalho arqueológico, Ruschel (1.966) e Frediani (.1952) estiveram em vinte sítios do litoral norte em meados da década de 1.940. Ruschel prosseguiu seus trabalhos na região até os anos 1.960. Em 1.964 começou o levantamento arqueológico patrocinado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, através da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Leopoldo e o Instituto Anchietano de Pesquisas. No ano seguinte o PRONAPA iniciou suas atividades no Estado. As pesquisas neste período são marcadas por uma uniformidade metodológica. Os arqueólogos que trabalham no Rio Grande do Sul utilizam a mesma nomenclatura e possuem, basicamente, os mesmos objetivos. Estes pesquisadores trabalharam em diferentes tipos de sítios arqueológicos e tinham como objetivo primordial o estabelecimento de fases, com posicionamentos cronológicos e espaciais, a partir de um contexto cultural. Não eram empreendidas escavações em áreas amplas, pois a preocupação consistia na localização das culturas no tempo e no espaço. O Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas publicou periodicamente o resumo das pesquisas desenvolvidas nas diversas regiões do Brasil. O Estado do Rio Grande do Sul contava com um considerável número de profissionais, em comparação com outros estados da federação, o que resulta em uma ampla cobertura das regiões e bom número de dados já sistematizados. No que tange ao litoral setentrional do nosso estado, Eurico Miller, pesquisador do Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (MARSUL), identificou ainda no final da década de 1.960 diversos sítios arqueológicos, especialmente nas áreas de Torres e Itapeva e nas imediações de Osório e Tramandaí, tendo escavado também o primeiro abrigo sobrocha do Litoral Norte, o Cerrito Dalpiaz (RS-LN-01). Já na década de 1.970 e 1.980, Arno Kern realizou pesquisas arqueológicas nos sítios de Itapeva e Xangri-lá (1.984 e 1.985). Nesta época, os trabalhos eram coordenados por Arno Kern, Fernando La Salvia e Guilherme Naue (1.983), membros do Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas -CEPA, da PUCRS. Klaus Hilbert, durante o desenvolvimento do projeto de "Estudos Arqueológicos no Litoral Norte do RS", no ano de 1.996, realizou escavações em sítios na praia de Itapeva e proximidades, onde localizou e cadastrou outros vinte e um sítios arqueológicos. Seguem-se a estes os trabalhos de salvamento arqueológicos em obras de engenharia, com destaque para o salvamento dos sítios impactados pela duplicação o BR-101 e pavimentação da RS-486, mas estas pesquisas serão exaustivamente exploradas no decorrer desta dissertação. 5 TOMAZZELI, Luiz J. & VILLWOCK, Jorge A. Notas técnicas. Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica. Porto Alegre, dezembro de 1.995. N.º 8. p. 7. 6 Compreende o período da história da Terra decorrido desde fins do Terciário até os dias atuais. Encontra-se dividido em duas partes, o Pleistoceno e o Holoceno.
DESAFIOS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA MARXISTA-Editorial
Tendo em vista a importância que tem a história e a educação em seu sentido amplo e, até mesmo, no seu sentido mais restrito para os processos de lutas pela transformação social, os editores da Germinal decidiram dedicar este número da revista às discussões acerca dos Desafios da História da Educação na Perspectiva Marxista. Não se trata, portanto, de analisar e compreender a história e a educação sob qualquer perspectiva teórico-metodológica, quer seja ela, a da dita Nova História, da Ego história, da história em migalhas, nem das teorias que desconsideram qualquer enfoque metodológico, ou que simplesmente adotam indiscriminadamente, um método qualquer. Nesta edição, ao contrário, privilegiamos as análises historiográficas marxistas, que têm como pressuposto, a concepção materialista, histórica e dialética, calcada nas categorias de totalidade e contradição, tendo como base a sociedade e as lutas de classes. Por isso, não partimos daquilo que os homens imaginam, pensam ou gostariam...
AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTEXTO DE CRECHE
2015
A educação em Ciências desde os primeiros anos é hoje consensualmente defendida por especialistas da área, como forma de estimular e promover não só conhecimento nas crianças mas também o interesse por tudo o que as rodeia. Todavia, a exploração de temas científicos não tem tido o merecido destaque na creche. O presente estudo procurou assim identificar e caracterizar as conceções dos educadores de infância acerca da educação em ciências, em contexto de creche, e dar a conhecer os principais obstáculos com que estes profissionais de ensino se deparam quando implementam atividades de ciências. Para o efeito, optou-se por uma metodologia de natureza qualitativa recorrendo a um estudo de casos múltiplos. A técnica de recolha de dados utilizada foi a entrevista estruturada, realizada a cinco educadoras que exerciam funções em três instituições particulares do distrito de Santarém. Foi evidente a importância que as educadoras atribuem à realização de atividades de ciências nos primeiros anos. Contudo, os resultados desta pesquisa indicam que as educadoras realizam atividades pouco variadas, por não se sentirem confiantes na promoção de tarefas relacionadas com as ciências, o que remete para a falta de formação.
APRENDIZAGEM ESCOLAR E CULTURA PERIFÉRICA: HÁ INTERSECÇÕES
Resumo O presente artigo visa demonstrar e compreender os critérios de escolha de uma escola municipal periférica na cidade de São Paulo que detém índices elevados em avaliações externas e, ao mesmo tempo, encontra-se em uma região com alto índice de vulnerabilidade social. Tal unidade escolar é campo de uma pesquisa etnográfica que se inicia, onde o objetivo é investigar se as características culturais, históricas e sociais de uma comunidade são determinantes na aquisição do conhecimento. Neste intuito, a pesquisa busca perceber se há, por parte das educadoras, a preocupação em apropriarem-se destes contextos, bem como, compreender quais as relações e concepções existentes na relação entre famílias de classes populares e a escola periférica. Neste sentido, o texto procura dialogar sobre a dicotomia existente entre escola reprodutora e escola cidadã, assim como o sentimento existente na Educação de que comunidades com alta vulnerabilidade social possuem baixo rendimento escolar.