As mulheres negras por cima (original) (raw)

Mulheres negras em cena

2020

This article analyzes the short film Mulheres Negras: Projeto de Mundo (Day Rodrigues; Lucas Ogasawara, 2016) and the feature Sementes: Mulheres Pretas no Poder (Ethel Oliveira; Julia Mariano, 2020) both documentaries. The first film focuses on the narratives of nine black women that converge with important discussions of black feminism. It contribues to the awareness process regarding the realities of black women. The other, in turn, shows a new perspective in national cinematography when talk about the participation of black women in the politics, and representes a maturation of cinema made by black women filmmakers. Both films contribute to a process that stands against the categoria of subordination relegated to black women historically. Keywords: Black women filmakers, Black women narratives, Political participation.

Mulheres Negras

D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero

O presente trabalho, tem como objetivo fazer uma reflexão acerca das dores que trazem as mulheres negras, dores estas sentidas por parte de nós, que somos atravessadas pelo racismo e pelo sexismo, pelas tentativas de silenciamento, pela solidão que acomete a mulher negra, a luta que é sobreviver em uma sociedade hegemônica. Iremos refletir sobre o atual conceito que, a intelectual, antirracista e feminista Vilma Piedade nos apresenta: a Dororidade. Conceito este, que carrega toda a força e todas as dores que vivenciamos em nossas trajetórias individuais de mulheres negras. “Sororidade, etimologicamente falando, vem de sóror-irmãs. Dororidade, vem de dor, palavra sofrimento. Seja físico. Moral. Emocional. Mas qual o significadoda dor? Aqui tá no conceito”, contextualiza Vilma Piedade, abordagem de um tema urgente e um conceito necessário. Usando o movimento de pensar a investigação, atuando como um agente transformador, este artigo traz um debate nos eixos raça e gênero, com uma disc...

Mulheres negras brasileiras

FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, 2023

RESUMO Neste artigo, abordamos o feminismo afrodiaspórico de mulheres negras brasileiras. Temos como objetivo problematizar alguns aspectos de resistência da mulher negra, a partir da obra de duas escritoras negras, Carolina de Jesus e Conceição Evaristo. Ambas têm o cotidiano da mulher brasileira, negra e pobre, como ambiente em que se dá a experiência feminina de suas personagens, que são construídas a partir de referências autobiográficas. Para tanto, selecionamos alguns fragmentos da obra das escritoras, notadamente aqueles em que há falas ou relatos sobre a vida, nos quais podemos vislumbrar questões de gênero e de resistência. Quanto à fundamentação teórica, os estudos decoloniais, de discurso e também os de feminismo negro consistem nos principais eixos teórico-metodológicos que alicerçam nossas reflexões. Dentre os autores mobilizados, destacamos Gonzalez (1984), Collins (2020), Gilroy (2001), Maldonado-Torres (2019) e Souza (2018). Quanto aos resultados, consideramos as várias camadas de colonialidade que aprisionam a mulher negra.

Masculinidades negras no espelho

Letras de Hoje

Em tempos recentes, a literatura negra de autoria feminina tem ganhado proeminência social e se mostrado uma referência quando se trata de questionar as estruturas hegemônicas brancas, patriarcais e LGBTQIfóbicas tanto no campo literário, por meio de diferentes temáticas, perspectivas e estilos, quanto na sociedade como um todo. Dentre as diversas questões que ganham evidência nessas escritas está a construção de masculinidades negras. Neste artigo, analisamos dois contos de Cristiane Sobral publicados na obra Espelhos, miradouros, dialéticas da percepção (2011): “Afrodisíaco” e “Memórias”. Nosso objetivo é verificar de que forma estes contribuem para debates contra-hegemônicos ao desestabilizarem visões estereotipadas sobre corpos masculinos negros, a partir de temas como estigmatização e objetificação, afeto, paternidade e ancestralidade, além de trazerem uma renovação para o conjunto de produções de contos de autoria feminina no Brasil.

Negras mulheres e mulheres da Bíblia

Revista Teopráxis

O presente artigo aborda a trajetória de lutas e resistência das mulheres negras na sociedade brasileira na perspectiva de implementação de uma educação antirracista na escola e na academia. Trata-se de uma reflexão sobre a existência do racismo que se faz presente no ambiente escolar e na sociedade brasileira e indica a necessidade urgente de se pensar práticas pedagógicas para combater posturas racistas e discriminatórias. Para tal, utilizamos nossa própria trajetória no movimento de mulheres negras e experiências profissionais como professoras e hoje discentes do mestrado e doutorado do PPGEdu/UPF. Para elaborar o artigo foi realizada uma revisão de literatura visitando as legislações que se referem à educação das relações étnico raciais, bem como autores que se posicionam na luta em defesa de uma educação antirracista: Gomes (2008, 2011), Hooks (2017), Munanga (2006), Silva (2004). Na construção buscamos a interação com algumas mulheres retratadas na bíblia que mostraram aos seu...

As sete mulheres e as negras sem rosto

O romance A casa das sete mulheres, de Letícia Wierzchowski [Rio de Janeiro: Record, 2003], consagrado por superprodução televisiva global, percorre os grandes e pequenos pecados cometidos por inúmeros protagonistas desse drama literário. O fato da autora possuir inegáveis dotes ficcionais facilita a discussão das raízes dessa maldição literária. O projeto de Letícia é inteligente e ambicioso, já que propõe contar o decênio heróico em romance de fôlego - mais de meio milhar de páginas - através dos olhos de mulheres que tiveram as vidas suspensas pela partida para a guerra dos pais, esposos, filhos e amantes.

Mulheres negras escritoras

Revista Crioula

O artigo se debruça sobre o importante papel da literatura produzida por mulheres negras como espaço de resistência ao epistemicídio que nega a elas o lugar de sujeitos de conhecimento. A expressão de força e atuação dessas mulheres é registrada de formas diversificadas, em livros, sites, blogs, no facebook, em revistas e jornais e também declamando nos saraus e slams.

Mulheres negras na contramão do afeto

Caderno Espaço Feminino, 2021

Este artigo analisa os impactos do entrecruzamento dos marcadores sociais de raça e gênero nas experiências afeto-subjetivas de mulheres negras do interior da Bahia, a partir das narrativas coletadas em entrevistas para a produção do livro-reportagem Na Contramão do Afeto: histórias e trajetórias afetivas de mulheres negras. PALAVRAS-CHAVE: Mulheres Negras. Afetividade. Interseccionalidade.

Mulheres negras no março de Claudia e Glamour

Revista ECO-Pós, 2019

O presente artigo investiga a presença de mulheres negras em revistas femininas de circulação nacional, buscando perceber como foram visibilizadas e construídas em relação às lutas das mulheres, temática recorrente no mês de março destas publicações. Toma como objeto as edições daquele mês das revistas Claudia e Glamour que são analisadas numérica e discursivamente. Os resultados apontam, conforme o imaginado, para a majoritária presença de mulheres brancas em todos os conteúdos, apesar da presença de mulheres negras em alguns momentos chave, especialmente em Claudia. Esta visibilidade limitada, no entanto, não permite perceber as singularidades e complexidades específicas das lutas de mulheres negras e não fornece uma alternativa à construção de uma branquitude hegemônica.