REGIONALISMO SUL-AMERICANO NOS ANOS 2020: O QUE ESPERAR EM MEIO ÀS INSTABILIDADES POLÍTICAS? (original) (raw)

A COLONIALIDADE COMO FORÇA MOTRIZ AOS GOLPES DE ESTADO NA REGIÃO DO SAHEL ENTRE 2020 E

CETROS, COROAS E TRONOS INVISÍVEIS: A COLONIALIDADE COMO FORÇA MOTRIZ AOS GOLPES DE ESTADO NA REGIÃO DO SAHEL ENTRE 2020 E 2023, 2023

Este estudo investiga a relação de causalidade entre a colonialidade e os golpes de Estado na região do Sahel entre 2020 e 2023. Para tal, divide-se o presente em artigo em três seções. Em primeiro momento, contextualiza-se o processo de colonização como um processo de internalização do imaginário cultural europeu como o único modo de interação com a natureza, com o mundo social e com a própria subjetividade. Num segundo momento, apresenta-se o conceito de Colonialidade, conceito crucial no âmbito da Teoria Decolonial. Para o alcance de tal objetivo, utiliza-se uma abordagem bibliográfica, destacando-se escritos de Aníbal Quijano, Enrique Dussel e Ramón Grosfoguel. Por fim, na terceira seção, busca-se examinar como os padrões de poder eurocêntrico cristalizados pela colonialidade moldaram as relações sociais, políticas e econômicas no Sahel, criando condições propícias para instabilidades políticas e golpes. Quanto à metodologia adotada, o presente estudo se caracteriza como exploratório, qualitativo e bibliográfico, apoiando-se, principalmente, nos escritos dos autores supracitados. Dessa forma, a partir das contribuições bibliográficas consistentes para o embasamento desta pesquisa, verificou-se que a colonialidade cristalizou-se na política internacional, subordinando os Estados africanos do Sahel a uma posição subalterna com instituições políticas frágeis baseadas em valores eurocêntricos impostos na intersubjetividade do sujeito africano e a uma economia instável e dependente daquele que um dia foi seu algoz. Assim, conclui-se que os cetros, coroas e tronos coloniais ainda sobrevivem, mesmo que de forma invisível.

AGENDA, INICIATIVAS E TRANSFORMAÇÕES NO REGIONALISMO SUL-AMERICANO (1990-2010): PARA ONDE ESTAMOS CAMINHANDO?

santiagodantassp.locaweb.com.br

Anais do III Simpósio de Pós-Graduação em Relações Internacionais do Programa "San Tiago Dantas" (UNESP, UNICAMP e PUC/SP) Disponível em: http://www.unesp.br/santiagodantassp 1 AGENDA , INICIATIVAS E TRANSFORMAÇÕES NO REGIONALISMO SUL-AMERICANO ( 1990-2010 ) : PARA ONDE ESTAMOS CAMINHANDO ? HONORIO , Karen dos Santos. Mestranda em Relações Internacionais PPGRI-San Tiago Dantas (Unesp-Unicamp-Puc-SP) Bolsista Capes

MERCOSUL, POLÍTICA DE REGIONALIZAÇÃO NO CONTINENTE SUL-AMERICANO: AVANÇOS E IMPASSES.

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar as novas perspectivas que se colocam para a relação bilateral Brasil e Argentina e consequentemente para a o Mercado Comum do Sul, ao longo dos últimos doze anos, período caracterizado pela emergência de governos com perspectivas progressistas possuindo forte operacionalização nas áreas econômico-social, e que, portanto colocam a integração regional em uma segunda fase, em uma retomada do movimento "nacionaldesenvolvimentista". Pretendeu-se através da investigação dos novos acordos e negociações no âmbito bilateral e do bloco -como o FOCEM (Fundo de Convergência Estrutural para o MERCOSUL), identificar o fortalecimento da integração regional, sobretudo no campo político e social, mas também apontar os desafios que se colocam para a integração territorial, sobretudo nas deficiências de infraestruturas, mas também a partir das conjunturas políticas internas dos países supracitados.

REGIONALISMO E PROTAGONISMO: MINAS GERAIS, RIO GRANDE DO SUL E SÃO PAULO NA POLÍTICA NACIONAL

Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, aos meus pais por dois motivos muito evidentes -por me darem a vida e por me ensinarem a caminhar nesta vida. Em segundo lugar, gostaria de agradecer à Universidade de Brasília (UnB) por todas as oportunidades oferecidas à minha pessoa. Em terceiro lugar, gostaria de agradecer a todos os meus amigos e amigas que acreditaram na ideia deste trabalho de monografia e me apoiaram durante o processo de elaboração deste trabalho. Em quarto lugar, agradeço ao meu ilustre orientador Paulo César Nascimento, grande entusiasta deste tema deste trabalho de monografia. Em quinto lugar, gostaria de agradecer a todos os autores que consultei para realizar este presente trabalho. Em sexto lugar, meus agradecimentos aos funcionários do Instituto de Ciência Política (UnB) que me auxiliaram a realizar esta etapa de conclusão da graduação. Em sétimo lugar, gostaria de agradecer a todos os professores dos quais tive a honra aluno na Universidade de Brasília pela inspiração intelectual. Por fim, gostaria de agradecer nominalmente aos amigos André Jácomo de Paula Pinto, Dayse Araújo de Conde Sena, Elmo Ribeiro de Araújo, Karla Joyce de Freitas Matos e Matheus Martins Ferreira e a Mikaela Soares Silva que contribuíram de forma decisiva para a conclusão deste trabalho de monografia. O somatório dos deputados das bancadas dos três estados (SP, MG e RS) corresponde a 30% do total de cadeiras da Câmara dos Deputados (154 deputados), este dado, indubitavelmente, confere força política às bancadas destes estados. Entretanto, o somatório das bancadas do RJ, BA e do PR representa 22,4% do total de cadeiras da Câmara Federal (115 deputados), o que também representa uma importante bancada na Câmara. No entanto, destes três estados apenas a bancada do Rio de Janeiro 1 (dois 1 Um dos presidentes da Câmara dos Deputados atribuídos à bancada do Rio de Janeiro é Adauto Lúcio Cardoso, que foi eleito pelo extinto estado da Guanabara.

REGIONALISMO UNILATERALMENTE ORIENTADO: A DIMENSÃO DA INFRAESTRUTURA NA POLÍTICA PARA A AMÉRICA DO SUL DOS GOVERNOS LULA DA SILVA (2003-2010)

Brazililan Journal of International Relations, 2020

A partir da análise da dimensão da infraestrutura na política dos governos Lula (2003- 2010) para a América do Sul, o objetivo do artigo é apontar a correlação entre a política regional e a projeção do modelo de desenvolvimento adotado, o neodesenvolvimentismo. O ativismo político, a construção de uma agenda multilateral através da conformação de instituições regionais, como a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) e o Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), e as políticas nacionais de incentivo à exportação, orientadas ao setor da construção civil, impulsionaram os financiamentos das obras pelo Brasil no nível regional. Defende-se que o tema da infraestrutura permite observar a projeção de interesses privados brasileiros na política regional do país.

A CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE: REPENSANDO MODELOS E CRITÉRIOS PARA A INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA

A partir da produção de riscos globais, especialmente naquilo que se constata pela degradação à Natureza, verifica-se a necessidade de fortalecimento das atitudes de cooperação que favoreçam a manutenção de uma vida digna e, também, a articulação de objetivos comuns entre nações para se consolidar a sua integração, seja continental e/ou global. Por esse motivo, repensar como se desenvolve a participação cidadã por meio da Sustentabilidade enfatiza a necessidade de outros modelos de Cidadania que atendam aos critérios de um mundo mais sustentável e permitam a consolidação de espaços mais democráticos. O Objetivo Geral deste artigo é avaliar se o atual modelo de Cidadania atende aos critérios de Sustentabilidade a partir dos fenômenos do Novo Constitucionalismo Latino-Americano e a União de Nações Sul-Americanas– UNASUL. O método de abordagem utilizado foi o Indutivo. Ao final, percebe-se que as Meta-Cidadanias ecológicas devem ser entendidas como vetores de integração entre os países sul-americanos, pois representam a eficiência e eficácia civilizacional pautadas por aquilo que sinaliza os objetivos propostos pela Sustentabilidade.

Réquiem para uma iniciativa de regionalismo sul-americano: Ideologia vs. pragmatismo no ocaso da UNASUL

Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais, 2020

RESUMO: O artigo apresenta uma análise do recente desmantelamento da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) sob os governos do giro liberal-conservador recentemente vivenciado na América do Sul. Através da mobilização de trechos de discursos de Chefes de Estado da região, é possível notar que o caráter alegadamente "ideológico" da UNASUL é apresentado como justificativa principal para a saída da instituição. Diante disso, o objetivo geral do artigo é apresentar um questionamento a essas narrativas sobre o caráter "ideológico" da UNASUL. Para tanto, parte-se de uma revisão de literatura sobre regionalismo, pragmatismo e ideologia. Argumenta-se, em primeiro lugar, que pragmatismo e ideologia no regionalismo não são conceitos dicotômicos, mas complementares. Assim, em que pese elementos ideológicos da UNASUL, a organização representa uma série de alinhamentos e fatores pragmáticos em sua institucionalização e atuação. Finalmente, argumenta-se que as propostas de "des-ideologização" e "realinhamento pragmático" do regionalismo das novas direitas na América do Sul é, efetivamente, mais ideológico do que pragmático como se propõe. PALAVRAS-CHAVE: UNASUL. Regionalismo. América do Sul. Onda rosa. Novas direitas.

A VULNERABILIDADE SOCIAL CONSTRUÍDA: O EFEITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EM AMERICANA-SP

In the formation of Brazilian cities there is a significant share of the housing areas in the conformation of the territory, although this kind of occupation did not receive appropriate attention of public policy. The urbanization process has followed the pattern of peripheral urban growth that has guided the expansion and consolidation of the suburbs, creating a plurality of times and circumstances of occupation in these regions marked by significant heterogeneity and consequent vulnerability. Public policy tools that could be moderating these inequalities proved true drivers of growth and investment balance, leading their inhabitants to the exclusion of basic social rights and decent housing, which means a deficit of citizenship and governance. This process of urbanization based on self-help housing and suburban grow have been reinforced more recently by the multiplication of gated communities to high standards in their territories. In this sense, this work presents a study of Americana, a city in metropolitan area of Campinas-SP. The analysis contributes to a new look ahead to the future development and occupation of the city, especially with regard to new housing areas and support existing and presents those recommendations to promote action plans and management between the neighboring municipalities involved.

POLÍTICAS TERRITORIAIS NA AMÉRICA DO SUL: INFRAESTRUTURAS DE CONEXÃO E REPERCUSSÕES EM REGIÕES PERIFÉRICAS (2018)

O presente artigo apresenta uma análise de políticas territoriais em processos de integração sul-americana. Para tanto aborda-se os vários regionalismos e, em especial, o regionalismo pósneoliberal dos anos 2000 assim como o projeto da América do Sul como uma região geopolítica, suas assimetrias internas e possíveis repercussões territoriais de projetos de redes de circulação em regiões periféricas. Por fim trata-se dos rumos atuais da integração sul-americana e das infraestruturas de conexão.

Crise do Regionalismo Sul-Americano: discussões sobre integração, fragmentação e desintegração

Revista Tempo do Mundo, 2020

O regionalismo é considerado um dos fenômenos mais relevantes nas relações internacionais a partir de meados do século XX, apesar de ter passado por crescentes questionamentos e eventuais crises nas primeiras décadas do século XXI. Fundamentado em um procedimento metodológico de revisão bibliográfica e documental, no levantamento de dados e por análise gráfica e hermenêutica internacionalista, com base em economia política internacional e relações internacionais e na interpretação de dados, este artigo tem o objetivo de discutir as causas da crise dos esquemas regionais sul-americanos a partir da década de 2010. Com base nos resultados obtidos no texto, conclui-se que os diferentes esquemas regionais da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da Comunidade Andina de Nações (CAN), assim como compartilham similitudes político-ideológicas conjunturais na conformação de projetos regionais de segunda e terceira "ondas", compartilham algumas convergências conjunturais e estruturais para explicar os contextos de crise do regionalismo sul-americano, apesar de as tendências de fragmentação e desintegração serem dispares entre os blocos.