Leviatã - Hobbes (original) (raw)

Hobbes - Leviatã

Das diversas espécies de governo à sucessão do poder soberano Resumo: Thomas Hobbes apresenta-nos, no capítulo XIX, da sua obra "Leviathan", as suas considerações sobre as diversas espécies de governo e sobre como deve proceder a sucessão do poder soberano. Começa por nos apresentar as únicas formas de governo possíveis, explicando devidamente o porquê, e esclarecendo que todos os outros nomes que possamos ler ou ouvir sobre outras formas de governo não se tratam na verdade de outras formas de governo e sim das mesmas quando não têm a aprovação dos seus súbditos. De seguida procede a uma análise de comparação da monarquia com as soberanas assembleias e termina com a importância de criar uma eternidade artificial do poder soberano que mantenha a estabilidade e a paz ao longo das gerações. Abstract: Thomas Hobbes presents, in chapter XIX, of his book "Leviathan", his considerations about the different types of government and how the succession of sovereign power should proceed. It starts by presenting us with the only possible forms of government, explaining why, any other names that we can read or hear about it are not really about other forms of government, but the same when they are not approved by those who are governed. Then proceeds to a comparing analysis about the monarchy with the sovereign assemblies and ends with the importance of creating an artificial eternity of the sovereign power that maintains stability and peace throughout the generations. Este trabalho está então divido em três partes. Na primeira respondemos às questões de quais as diferentes formas de governo existentes e como as distinguimos? Na segunda, por sua vez, respondemos a quais os seus inconvenientes e como podem ser resolvidos? E por fim, na terceira, restam as questões de quem deve ter o poder de decisão na escolha do herdeiro do poder após a morte do soberano, e como o identificar quando o governante anterior não o definiu claramente? 1. Existem apenas 3 formas de governo A diferença entre os governos consiste na diferença do soberano e dado que a soberania ou reside num homem ou numa assembleia de mais de um, e que em tal assembleia ou todos têm o direito de participar, ou apenas certos homens distinguidos dos restantes, toma-se evidente que só pode haver três espécies de governo. Na primeira, o governo chama-se de monarquia, a segunda uma democracia e a última uma aristocracia. Não podem haver outras espécies de governo, porque o poder soberano inteiro (que Hobbes diz ser indivisível pois no caso de se instituírem dois soberanos, tendo cada um a sua pessoa representada por dois atores, podiam nalguma situação discordar ao ponto da multidão ser levada a uma situação de guerra, contrariamente ao fim para o qual é instituída) tem de

Hobbes e a pandemia hipotética no Leviatã

Revista Investigação Filosófica, 2020

O aparecimento do coronavírus fez ressurgir um antigo debate no âmbito da filosofia política: o debate entre liberdade e segurança. A maioria dos países atingidos precisou adotar medidas que restringiram a liberdade dos cidadãos para conter o avanço da doença. Esse artigo tem o objetivo de apresentar a posição do filósofo inglês, Thomas Hobbes exposta no Leviatã, para enfrentar esse problema. O texto está dividido em três partes. Em um primeiro momento, apresento a tese de Hobbes sobre a segurança e contra a liberdade irrestrita para evitar o estado de natureza. Em um segundo momento, apresento a tese de Hobbes sobre a liberdade limitada no estado político. Por fim, apresento uma possível solução para conjugar liberdade e segurança a partir do conceito hobbesiano de razão pública.

Leviatã Hobbesiano: A Força Do Símbolo

2014

Este trabalho propoe uma reflexao sobre a origem do poder do Leviata hobbesiano, investigando ate que ponto este poder configura-se sagrado e ate que ponto configura-se profano na obra Leviata e em outras obras de Hobbes. O texto inicia-se com a analise da imagem utilizada por Hobbes para representar o Estado. Hobbes evoca o simbolo religioso Leviata para impor a obediencia aos suditos. O Leviata representa o povo com base no contrato social, um contrato impulsionado pelo medo da morte violenta e que e mantido com base no medo do poder coercitivo do Estado. O monstro Leviata inspira medo e temor, ja que so a razao nao e suficiente para que o povo aceite a soberania absoluta do Leviata. Ao lado da forca positivada do Estado e necessario recorrer a linguagem simbolica para reforcar o seu poder. Entende-se que as influencias teologicas presentes na obra O Leviata servem de fundamento para manter o poder do soberano.

Potentia e potestas no Leviathan de Hobbes

DoisPontos, 2013

No Leviathan o poder (power) pode ser entendido em dois sentidos diferentes, cuidadosamente diferenciados em sua versão latina pelo emprego dos termos potentia e potestas para traduzir, a depender do contexto e do tipo de poder em questão, o inglês power. Potentia e potestas, embora sejam tipos de poder de natureza distinta - um, o poder físico que os corpos têm de produzir efeitos uns nos outros; outro, o poder jurídico, do qual resultam efeitos jurídicos como a própria justiça -, estão mutuamente implicados na trama das representações jurídicas. Esse artigo pretende explorar as consequências que se seguem deste conceito ambivalente do poder para se pensar a justiça e o direito natural.

A Pessoa da República no Leviatã de Hobbes

Os Capítulos XVI e XVII do Leviatã de Thomas Hobbes apresentam a definição de pessoa, os modos de representação, a definição de República e o seu processo de formação. Para Hobbes, a República é uma pessoa capaz de unir a vontade política de uma multidão de indivíduos, e essa pessoa é representada por um soberano, que pode ser um único indivíduo ou uma assembleia de pessoas.

O Leviatã desembestado

O ensaio questiona as bases jurídico-políticas do processo de impeachment promovido em face da Presidente Dilma Rousseff e argumenta com o desvio de finalidade deste processo a partir das categorias da semilealdade e lealdade políticas cunhadas por JUAN LINZ no âmbito de análise da Segunda República Espanhola, previamente à ditadura Franco. Parte-se da premissa de que não há fundamento para o processo de impeachment em curso. Apesar disso, ele segue decididamente em direção à admissão da acusação e ao afastamento da Presidente da República. Como "crimes de responsabilidade", típicos do presidencialismo, não se confundem com votos de censura e desconfiança do Parlamento, próprios do Parlamentarismo, a previsão legal destes crimes, exigida pela própria Constituição (art. 85), obedece ao propósito de não permitir que a vontade expressa nas urnas, que sufragam um Presidente da República, seja substituída por maiorias parlamentares de ocasião descontentes com o governo pelos mais variados motivos.

Origens históricas do Leviatã: análise contextual sobre o papel da Revolução Inglesa na obra de Thomas Hobbes

XXIV Encontro Nacional do CONPEDI - UFS (História do Direito), 2015

Este trabalho tem por escopo analisar o papel da Revolução Inglesa na formação do pensamento político hobbesiano. O principal intuito é aproximar a obra de Thomas Hobbes ao seu contexto histórico, evidenciando os motivos pelos quais o filósofo inglês idealiza um Estado no qual o poder político está centralizado na figura de um homem ou de uma assembleia com poderes soberanos, livre das influências de quaisquer representantes do povo ou de juristas, especialmente, neste último caso, aos ligados, de qualquer forma, à common law. O estudo inicia com a descrição da Inglaterra pré-revolução – com ênfase nas pretensões absolutistas dos monarcas das dinastias Tudor e Stuart –, passando pela guerra civil inglesa – que redundou na vitória do Parlamento sobre o Rei Carlos I – e culminando na análise da obra Leviatã – expressão máxima do pensamento político de Thomas Hobbes.

Uma introdução ao estudo do Leviatã

1993

F1or i an ó pol i s i. 9 9 3 D A SESSÃO DE DEFESA A dissertação "UMA INTRODUÇAO AO ESTUDO DO LEVlATft", elaborada por Jofio doa Passos Martins Neto e aprovada por todoa os membros da Banca examinadora, foi julgada adequada á obtcaiçfio do titulo de Mestre em Direito.