Ensaio sobre a linguagem como uma ontologia (original) (raw)
2020, Comunicação e educação: perspectivas e transformações na era digital
Neste artigo, como uma espécie de ensaio crítico filosófico, pretendo demonstrar as relações que a linguagem exerce com o mundo e como o mundo “capta” este teor da linguagem. Defendo a existência de uma linguagem das coisas, dos objetos, dos seres animados e até dos inanimados. Nossa perspectiva sobre a linguagem surge no sentido de frisar que para toda coisa imersa no mundo existe um conteúdo imanente de linguagem. Assim que o mundo nasceu, a linguagem o constituiu. Neste sentido, não há um ponto no espaço e no tempo que não deixe de se relacionar com as coisas do mundo e, consequentemente, com a linguagem. Por isso, penso a linguagem como uma ontologia no sentido de que a linguagem a tudo abarca: seja a luz de uma fogueira acesa dentro de uma caverna ou a dança voluptuosa da água-viva. Este estudo está fundamentado em Echeverría (2005), Coquet (2013), Heidegger (2015), Platão (2015), Descartes (2016) e Merleau-Ponty (2018).