CORPOGRAFIAS DA CENA URBANA: poéticas do habitar marginal (original) (raw)
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Noites da Cidade. A poetologia da metrópole na lírica moderna
Pandaemonium Germanicum
Ausgehend vom Stadt-Land-Gegensatz, der schon in Vergils Georgica beobachtbar ist und dann in der englischen und französischen Lyrik des 18. und 19. Jahrhunderts eine wichtige Rolle spielt, richtet sich der Blick zunächst auf die deutsche Tradition der 'Großstadtlyrik'. Hier läßt sich seit etwa 1900 von einem zunächst teils dämonisierenden, teils von Motiven des Erhabenen geprägten Umgang mit dem Phänomen Metropole sprechen, während französische, englische oder amerikanische Autoren (Wordsworth, Whitman, Baudelaire) bereits einen weniger ideologischen Umgang mit der neuen Urbanität pflegen. Erst in der Nachkriegszeit, vorbereitet durch expressionistische Autoren wie Ernst Stadler oder später Benn, wird auch in der deutschsprachigen Poetologie der plurale, hybride Charakter der Großstadt entdeckt. Den Abschluß bilden Beispiele aus der nordamerikanischen und der brasilianischen Lyrik.
Literatura marginal': os escritores da periferia entram em cena
Dedico este trabalho ao professor Júlio Simões e aos escritores que protagonizam a movimentação cultural aqui registrada. AGRADECIMENTOS Este trabalho é dedicado ao meu orientador, o Dr Júlio Assis Simões, como forma de retribuição à seriedade e à atenção que me dispensou nesses últimos anos. A ele eu agradeço todas as leituras atentas, sugestões, críticas e estímulos que me ajudaram a desenvolver esta pesquisa. E agradeço também por ser, desde a graduação, o grande incentivador da minha carreira. Agradeço a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que me concedeu a bolsa sem a qual esta pesquisa não teria se viabilizado. As professoras Lilia Schwarcz e Marta Amoroso, pelo incentivo de sempre; e a Andrea Saad Hossne e ao Antonio Sergio Alfredo Guimarães, pelas aulas estimulantes. Agradeço especialmente a professora Angela Alonso por todos os apoios dados, por ser exemplo de didática e dedicação aos estudos, e pelas críticas essenciais feitas no meu exame de qualificação. E ao professor Heitor Frúgoli, pela leitura atenta do meu relatório de qualificação e pelas importantes sugestões teóricas e jornalísticas que me foram dadas. Aos "argüidores camaradas", que leram a primeira versão desta dissertação e fizeram comentários estimulantes: Daniela Amaral, Isadora Lins, Angelita Garcia e Kleber Valadares. A estes dois últimos agradeço também por terem sido interlocutores em diferentes momentos da pesquisa. E ao Adriano Ropero, querido revisor do texto final. Aos amigos que são parceiros de longa data e que contribuíram muito para o desenvolvimento desta pesquisa, emprestando livros, sugerindo reportagens jornalísticas e me acompanhando nas atividades de campo: Camila Silva, Clodoaldo Paiva, Geraldo Santos, Kleber Valadares, Márcio Calixto e Ronaldo de França. Pelo carinho que vem de longe, mas sempre chega até o meu coração: Elaine Bulgarelli, Juliana Santana, Bruno Camargo e Gebert Aleixo. As amigas da pós-graduação, pelas valiosas cervejas, Isadora Lins França (minha querida irmã de orientação) e Isabela Silva. Ao casal Isa e Dri, agradeço o apoio emocional dado na reta final do trabalho. Ao meu pai, pelo computador providencial que me foi presenteado no primeiro ano da pós-graduação e por existir, e a minha irmã, por ter me ensinado inglês e pelas caronas fundamentais. A minha priminha do coração Elizangela Maria, pela ajuda. E ao meu padrinho Alceu Bruno e ao amigo José Júlio Leite, pelo interesse e carinho. A Maria José, que não contente em ser minha tia, me deu seu filho para batizar e colocou a sua casa à disposição para que eu pudesse redigir os capítulos da dissertação com tranqüilidade. Agradeço o abrigo, as risadas, os comentários, os filhos e as comidinhas feitas especialmente para dar inspiração. Ao meu afilhado Cleiton Sá, por ser a estrela que ilumina a minha vida há treze anos, e ao seu irmão, Clóvis Sá, pela amizade e por todas as ajudas sobre informática. Ao Zé, amigo de longa data que se tornou parceiro, assistente de pesquisa de todas as horas, fotógrafo dos eventos, travesseiro, colo e meu amor. Agradeço o apoio financeiro, a paciência, as massagens e todos os cuidados que contribuíram para que eu pudesse cumprir mais uma etapa da minha carreira. Aos livreiros José Adão e Marciano Lourenço, pelos prazos generosos para pagamento dos livros, pelas conversas e poesias. As profissionais com as quais trabalhei nos últimos cinco anos, agradeço as oportunidades que me permitiram continuar estudando e o tratamento fraternal que me ofereceram: Ana Paula Corti, Bel Santos, Denise Botelho, Regina Facchini e Vera Lion. Agradeço a todos os escritores com os quais tive contato ao longo do trabalho, sobretudo aos que me concederam entrevistas. Sou grata ao Ferréz, ao Sacolinha e ao Vaz, que me emprestaram suas histórias de vida e seus textos. Gostaria de deixar também registrada a minha gratidão ao Allan, ao Buzo e ao Dugueto pela atenção que me deram, e ao casal Robson Canto e Neide, pela companhia nos eventos. E muito especialmente ao Sacolinha, sempre disponível, sempre generoso. É preciso sugar da arte Um novo tipo de artista: o artista cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbecializa um povo desprovido de oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. Que armado da verdade, por si só, exercita a revolução. Sérgio Vaz RESUMO Resumo: Este trabalho busca analisar a apropriação recente da expressão "literatura marginal" por escritores oriundos da periferia, tomando como ponto de partida o conjunto de autores que publicaram nas três edições especiais Caros Amigos/ Literatura Marginal, nos anos de 2001, 2002 e 2004. A pista deixada por essas publicações era que, mais do que o perfil sociológico dos participantes ou um determinado tipo de literatura, a junção das categorias literatura e marginalidade por tais escritores encobria uma atuação cultural específica, que está relacionada a um conjunto de experiências e elaborações compartilhadas sobre marginalidade e periferia, assim como a um vínculo estabelecido entre criação literária e realidade social. Por isso, além de apresentar empiricamente essa nova geração de escritores marginais, esta pesquisa visou articular a formação interna do grupo e seu significado mais geral, buscando demonstrar como um conjunto de idéias e vivências compartilhadas possibilitou que moradores da periferia, tradicionalmente excluídos como sujeitos do processo simbólico, pudessem entrar em cena para produzir sua própria imagem, dando origem a uma intensa movimentação cultural em bairros da periferia paulistana. Palavras-chave: literatura marginal, escritores da periferia, cultura da periferia, movimento literário, movimento cultural.
OLHARES SOBRE A CIDADE E AS NARRATIVAS FÍLMICAS DO ESPAÇO URBANO
A prática de documentar e/ou ficcionalizar a cidade significa construir uma reflexão que compreenda as diferentes referências históricas, simbólicas e artísticas relacionadas a fenômenos políticos, econômicos ou espaciais da cidade. Com relação a esse fato, torna-se implícita nas narrativas fílmicas mesclar as perspectivas acerca de um determinado tema contextualizado em tempos e espaços específicos. O olhar sobre a cidade, nesse caso, é uma corrente de análise por meio do qual o indivíduo que " assiste " a cidade, também distribui sentidos afetivos do espaço urbano de convivência durante a produção de um filme. Nesse contexto, é objetivo deste trabalho identificar a cidade a partir de algumas obras cinematográficas que apresentam o espaço urbano através das narrativas documentais e ficcionais dos espaços por onde ocorrem dinâmicas, trajetos, conflitos e associações entre os atores sociais na construção dos lugares e dos sentidos simbólicos da cidade moderna. Conclui-se que ambas as narrativas possibilitam representar a cidade por meio de um " olhar " estético no fazer cinematográfico.
Poéticas Periféricas: Novas vozes da poesia soteropolitana
Livro com poemas de 100 autores, o livro é resultado do trabalho coletivo de vários protagonistas de saraus, slams, grupos e coletivos de artistas da palavra, que representam quase 3 milhões de vozes da capital baiana. Organizado por Valdeck Almeida de Jesus. Registra parte da produção literária de Salvador e traz denúncias contra o genocídio da juventude negra e periférica, racismo, homofobia, racismo religioso, machismo e todas as opressões. E também tem poemas de amor, sonhos e alegria. A publicação pretende dar visibilidade, proporcionar a compilação de poemas para fontes de pesquisas, além de valorizar o movimento de leitura e escrita, bem como fortalecer políticas de formação de leitores e facilitar o acesso à produção poética da periferia para os interessados. Além disso, o projeto é um instrumento de estímulo à criação poética para fortalecer o trabalho em grupo já realizado pelos diversos coletivos. A publicação deve facilitar a circulação da produção poética através dos saraus e slams e fomentar o mercado editorial local. A obra foi selecionada na Primeira Chamada do Calendário das Artes 2017, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Livre para baixar para leitura, divulgação, pesquisa, trabalhos escolares e literários. Proibido a comercialização sem a devida autorização dos autores e da editora.
GRAFITES QUE (CONTRA)DIZEM: GÊNEROS E SEXUALIDADES NA POLIFONIA DA CENA URBANA
Psicologia & Sociedade, 2020
RESUMO: Pretendeu-se analisar a comunicação discursiva de grafites urbanos sobre mulheres, feminismos, gênero e sexualidade que foram inscritos em vias de circulação e construções públicas e privadas em bairros do centro urbano e histórico da cidade de Roma, Itália. Realizou-se um trabalho interdisciplinar entre a Psicologia Social e a Arquitetura em uma perspectiva discursiva dialógica, histórico-urbanística e histórico-arquitetônica. Fez-se, ainda, a geolocalização dos grafites; contatos com principais autoras/es dos grafites e análise das práticas discursivas dos grafites, considerando, portanto, o contexto social-histórico de produção dialógico, incluindo as redes sociais. Concluiu-se que a prática de inscrever grafites na paisagem urbana permite a compreensão dos discursos sobre a diversidade cultural marcada por gêneros e sexualidades que abriga os centros históricos e a paisagem urbana, a relação afetiva e política das mulheres com a cidade, além da produção de suas (micro)territorialidades. PALAVRAS-CHAVE: Grafite; Discurso; Paisagem urbana; Gênero; Sexualidade. RESUMEN: El objetivo fue analizar la comunicación discursiva de grafitis urbanos sobre mujeres, feminismo, género y sexualidad que se registraron en calles y edificios públicos y privados en barrios del centro urbano e histórico de la ciudad de Roma, Italia. Se realizó un trabajo interdisciplinario entre la psicología social y la arquitectura en una perspectiva discursiva dialógica, histórico-urbanística e histórico-arquitectónica. También se realizaron la geolocalización de los grafitis; contactos con los principales autores de grafitis y análisis de las prácticas discursivas de los grafitis, considerando así el contexto histórico-social de producción dialógico, incluyendo las redes sociales. Se concluyó que la práctica de inscribir grafitis en el paisaje urbano permite la comprensión de los discursos sobre diversidad cultural marcada por géneros y sexualidades que albergan los centros históricos y el paisaje urbano, la relación afectiva y política de las mujeres con la ciudad, además de la producción de sus (micro) territorialidades. ABSTRACT: This study aimed to analyze the discursive communication on women, feminisms, gender and sexuality of urban graffiti that were inscribed in circulation routes and on public and private buildings in neighborhoods of Rome's urban and historical center, in Italy. An interdisciplinary work was carried out between social psychology and architecture in a dialogical discursive, historical-urbanistic and historical-architectural perspective. Moreover, it was carried out the graffiti's geolocation; contacts with the graffitti main authors; and an analysis of graffiti discursive practices. This was carried out considering the social-historical context of dialogic production, including social networks. It was concluded that the practice of inscribing graffiti in the urban landscape allows the understanding of the discourses on cultural diversity as marked by genders and sexualities on the historic centers and the urban landscape. It also allows the understanding of women's affective and political relations with the city, as well as the production of their (micro) territorialities.
Cruzamentos urbanos na poesia portuguesa recente
Ida Alves, 2010
RESUMO: A PARTIR DE ESTUDO BREVE DA PRODUÇÃO DE TRÊS POETAS PORTUGUE-SES CONTEMPORÂNEOS, RUI PIRES CABRAL, CARLOS BESSA E MANUEL DE FREITAS, BUSCA-SE INDICAR A PRODUTIVIDADE DO TEMA URBANO E A CONVERGÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS DA VISUALIDADE E DO ESPAÇO DA CIDADE A CONSTITUIR UM DIS-CURSO ELEGÍACO NA LÍRICA PORTUGUESA MAIS RECENTE. DESENVOLVE-SE REFLE-XÃO SOBRE A RELAÇÃO POESIA E PAISAGEM, A PARTIR DE UMA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-CRÍTICA QUE ABORDA A PAISAGEM COMO CONSTRUÇÃO CULTURAL CAPAZ DE EXPRESSAR DE MANEIRA QUESTIONADORA A RELAÇÃO ENTRE SUJEITO, MUNDO E PALAVRA. ABSTRACT: FROM A BRIEF STUDY OF THE PRODUCTION OF THREE CONTEMPORA-RY PORTUGUESE POETS, RUI PIRES CABRAL, CARLOS BESSA AND MANUEL DE FREI-TAS, WE STRIVE FOR SHOWING THE PRODUCTIVITY OF THE URBAN THEME AND THE CONVERGENCE OF EXPERIENCES OF VISUALITY AND THE SPACE OF CITY BUILDING A ELEGIAC SPEECH IN THE MOST RECENT PORTUGUESE LYRIC. IT IS DEVELOPED A REFLECTION ABOUT THE RELATION BETWEEN POETRY AND LANDSCAPE, FROM A THEORIC-CRITIC FUNDAMENTATION THAT DEALS WITH THE LADSCAPE AS CULTURAL BUILDING ABLE TO EXPRESS IN A QUESTIONING MANNER THE RELATION BETWEEN SUBJECT, WORLD AND WORD. PALAVRAS-CHAVE: POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA – VISUALIDADE – PAISA-GEM –– LIRISMO URBANO – CRÍTICA DE POESIA – ELEGIA. KEYWORDS: CONTEMPORARY PORTUGUESES POETRY – VISUALITY – LANDSCAPE – URBAN LYRISM – POETRY CRITICISM – ELEGY.Via Atlantica15.indd 20527/07/2010 18:46:07
Cidade e cinema: diálogos sobre questões de moradia e corpografias urbanas
Revista UFG, 2020
Tomando como ponto de partida a utilização do cinema como potenteferramenta de transformação, e linguagem que propicia espaços de discussão eaprendizado, o presente relato propõe-se compartilhar experiências resultantes do cinedebate com o tema “Direito à cidade e território no Brasil”, promovido pelo projeto deextensão Cinema: subjetividade, cultura e poder, da Universidade Estadual de Feira deSantana, no intuito de trazer à pauta as lutas por moradia e o quanto os corpos que habitamo espaço urbano são afetados pelas dinâmicas sociopolíticas que os atravessam. O filmeescolhido para exibição e debate foi o documentário Leva (2011), dirigido por JulianaVicente e Luiza Marques, que aborda a temática citada. A partir da atividade realizada,foi possível refletir não só sobre a experiência urbana em São Paulo, no que se refere àsreivindicações pelo direito à cidade e à moradia, mas analisar a própria realidade localbaiana, e mais especificamente, a da cidade de Salvador.
“E o nosso sangue, ecoa e grita: PERIFERIA!”. Poesia marginal, lugar e territorialização
Revista da ANPEGE
This article aims to approach the periphery as a geographic space having as a source the poetic scene created by the Slam da Quentura ("Slam of Hottest") and Batalha do TN ("Fight of TN"), in Sobral city (Ceará state, Brazil). Both poetics movements are carried out under the street culture aspect. The discussion of "minor literature" has helped to understand some versed circumstances about the periphery by poets and rappers. The theoretical reflection adopted had contributions from oral history, cultural geography, visual anthropology and videography method, with effective insertion in the field guided by ethnographic research, accompanied by documentary language techniques. The poetic scene and the recite, demystify the periphery as a space only of negative occurrences, as it is constant to appear in the media. The verses reveal positive experiences and resistances that invest in deterritorializations, territorializations and reterritorializations expressed by those agents that deal with their specific territories, called the periphery.
(Auto)biografias urbanas: percursos possíveis pela literatura marginal
Resumo: Neste trabalho, trataremos da produção literária de autores da periferia urbana inseridos no movimento hip-hop e imbuídos de um compromisso social com aqueles tradicionalmente deixados à margem pela sociedade capitalista e pela chamada literatura de elite. Tais textos, usualmente referidos como literatura marginal, têm ganhado destaque, dentro e fora dos estudos literários, e provocado, também, a necessidade de se buscar novos caminhos críticos para melhor apreendê-los. A projeção de obras como essas, tradicionalmente desclassificadas pela teoria e pela crítica literárias, abala a organização e hierarquização do campo literário, na medida em que traz para a luz vozes até então silenciadas.