O pensamento marxista e a teoria do jornalismo no Brasil (original) (raw)

Novas perspectivas para uma reflexão sobre as teorias do jornalismo

2015

O objetivo deste trabalho é indicar uma forma de conduzir a discussão sobre a solidez, densidade, convergência, disciplinaridade ou cientificidade dos estudos em jornalismo executando um esforço de ampliar o olhar sobre esse corpo de conhecimento, sua constituição e configuração. Para isso, realizaremos uma aproximação com autores do campo da história e da filosofia da ciência, na busca de contribuições que possam nos auxiliar a caracterizar os estudos de jornalismo. Traremos em discussão três importantes autores, suas premissas e propostas: Thomas Kuhn, Imre Lakatos e Larry Laudan. Este paper é um trabalho de natureza especulativa e conceitual, executado na forma de pesquisa bibliográfica sobre trabalhos de referência destes autores e de obras em jornalismo

A Teoria do Jornalismo no Brasil -após 1950 1

As reflexões críticas sobre o jornalismo no Brasil tomaram corpo após 1950, mas só ganharam o respaldo definitivo da universidade na década de 1970, graças ao trabalho do professor José Marques de Melo. Não tenho dúvidas em afirmar que a dedicação de nosso decano -aliada ao seu prestígio acadêmicofoi a pedra angular do que hoje podemos chamar de Teoria do Jornalismo em nosso país. Não posso deixar de reconhecer que autores pioneiros como Luiz Beltrão, Danton Jobim e Barbosa Lima Sobrinho, entre outros, pavimentaram o caminho para a reflexão, mas ela só foi institucionalizada a partir da intervenção de Marques de Melo na Universidade de São Paulo, que ainda permanece como grande referência em nossa área, embora os estudos jornalísticos tenham se espalhado pelas diversas faculdades do Brasil.

A teorização do jornalismo nas páginas de Jornalismo, publicação do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1967-1971)

Vozes E Dialogo, 2011

Este trabalho teve por objectivo descrever, através de uma análise qualitativa do discurso, os conteúdos de Jornalismo, boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ), publicado entre 1967-1971, determinando: (1) quais os assuntos abordados em Jornalismo, quando em questão estava a teorização dos jornalistas sobre a sua profissão e sobre a sua classe; e (2) quais os enquadramentos simbólicos construídos discursivamente. Concluiu-se que os redactores deste periódico sindical se preocuparam com a sua profissão e reflectiram sobre a mesma e sobre a melhor forma de a dignificar.

Pesquisa: compreensão da teoria do jornalismo

Brazilian Journalism Research, 2015

A história do jornalismo é um campo de contatos e empréstimos. Por esse motivo, a pesquisa em jornalismo tem e traz uma agenda ampla e complexa, como: o processo de produção jornalística, sua construção da linguagem por meio de diferentes formas, estruturas e tempos; a metodologia, epistemologia e pesquisa qualitativa em jornalismo; a história dos jornalistas e do jornalismo. Ou seja, as relações múltiplas do jornalismo com a cultura, a memória, as teorias sociais e o discurso são campos que têm sido abordados e pesquisados na Ibero-América. Mas a pergunta sobre nosso ethos profissional é o que continua a ser o eixo transversal da pesquisa, não apenas no continente americano, mas no mundo. Ela é fundamental em nossa existência e na análise profunda sobre esse conjunto de características e modos, de comportamentos, que compõem o caráter e a identidade da nossa profissão.

Jornalismo enquanto Politica a liberdade de imprensa na perspectiva do jovem hegeliano Karl Marx

K arl Marx, até 1843, era um filósofo jovem hegeliano. Nesse contexto, busca-se aqui identificar sua concepção de liberdade de imprensa e compreender a importância política que ele conferiu a ela em seus artigos jornalísticos. Este trabalho é realizado a partir da perspectiva metodológica do estruturalismo genético, da compreensão de uma formulação no contexto da obra do seu autor, bem como em seu ambiente histórico mais amplo.

Jornalismo e Determinação: Um debate marxista

Revista Aurora

Este artigo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a determinação marxista dos elementos superestruturais pelos estruturais, tomando como exemplo de análise o jornalismo, entendido aqui como fenômeno superestrutural detentor de relativa autonomia, merecedor então de pormenorizações teóricas baseadas neste aspecto. Inicialmente, o artigo propõem uma revisão do debate da determinação proposto pelos neomarxistas, especialmente quanto ao problema do Estado. Após, revisa as contribuições da Teoria do Jornalismo sobre o problema, especialmente a partir do pesquisador brasileiro Adelmo Genro Filho. Por fim, são elencadas as problematizações quanto à atualidade da prática jornalística ante a possibilidade de sua autorrealização. Recebido: 26/04/2019Aceito: 23/05/2019

Em busca de uma teoria construcionista do jornalismo contemporâneo

Revista Famecos, 2008

The current essay discusses and explores some of the possible relationships between the perspective that includes journalism as a single form of knowledge production (Adelmo Genro Filho, 1988) and the constructive approach in the journalistic production (Gaye Tuchmann, 1983 e 1993; e Nelson Traquina, 1993 e 2001). In an articulate discussion including remarks, critiques and observations from several authors who approach journalism, the author supports the idea that the potential of journalistic production lies in its singularity of every day action and consequently in the established dimension of relationships and events that institute the contemporary social reality.