A metafísica da cinefilia (original) (raw)
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Machinima: O cinema do metaverso
Resumo O interesse por machinimas resulta da pesquisa imersiva no metaverso Second Life. Esse ambiente virtual tridimensional tem uma plataforma que utiliza a tecnologia dos games, entretanto baseia-se num conceito diferente de participação em que o usuário, chamado residente, além de fazer parte e interagir com uma rede social mundial é produtor do conteúdo que ali se desenvolve diferentemente da maioria dos games onde as narrativas, temas e regras são previamente definidos por seus criadores. O machinima do inglês ou maquinema traduzido para o português foi escolhido para assim ser estudado como linguagem emergente fruto do hibridismo entre os games e o cinema e o cinema de animação ou cinetics. Este trabalho investiga, portanto, o machinima como linguagem audiovisual, suas possibilidades tanto no âmbito das poéticas visuais como no documentário, com o foco específico na sua produção nos ambientes virtuais tridimensionais, os metaversos. O estudo analisa trabalhos nessa área em busca de referências que permitam compreender as diversas formas e modalidades que o filme de captura de tela vem explorando, o que permite identificar nessas produções a apropriação de elementos de linguagem do cinema adaptadas à sua realidade tecnológica em que os tempos e narrativas tem características peculiares que acarretam lidar com novas situações relativas à captura das imagens e sua edição. Apresenta exemplos de exercícios e trabalhos em vídeo-arte e analisa um documentário, com a intenção de revelar o processo de produção de machinimas, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos, pensando em sua importância enquanto expressão, comunicação e documentação da cultura que se desenvolve em realidade virtual, por avatares nos metaversos. No sentido de aprimorar essa produção justifica-se o estudo dos aspectos técnicos e estéticos do machinima refletindo ainda quanto aos aspectos expressivos da
Aos meus filhos, pelo amor e paciência de ter uma mãe estudante de filosofia. A minha mãe pelo apoio e incentivo aos estudos, sempre acreditando na realização deles.
Orelha Em Pedagogia e no Currículo, trata-se de trabalhar, sempre, com as diferenças, reforçá-las e problematizá-las radicalmente, enfatizar as suas dinâmicas, viver todas as suas experiências inquietantes e misteriosas. É por suas alteridades que estamos sendo interpelados e desafiados, como educadores. Foi para isso que os diferentes desequilibraram as relações conhecidas, dissiparam a segurança identitária, tornaram estranho tudo o que antes era tão familiar. Para que, junto com eles, assumíssemos a responsabilidade ética de educá-los em sua própria diferença. 4ª capa As coisas, palavras, pensamentos, teorias, práticas educacionais não existem por si mesmas, não estão fixadas, não são eternas nem universais. Elas não são. Ou melhor: são à medida e somente à medida que se fazem, à medida que se revelam como um por-fazer, como um esforço de conquista e de reconquista dos percursos da Educação. É assim, conquistando e reconquistando, que se dá o jogo de herdar e de legar, de herdar e de transmitir, de receber e de entregar, e é assim que se faz a Pedagogia e o Currículo. Conquista-se e reconquista-se o que se herda, para que assim se torne verdadeiramente nossa herança, com a qual faremos outras coisas, diferentes, inéditas, novidadeiras, para também deixá-las de herança àqueles que virão depois de nós. Para isso, é preciso desaprender-perder-esquecer o dado e o feito, que nos legaram, fazer deles uma coisa-nenhuma ou nenhum-dado, nenhum-feito. É preciso desaprender o aprendido para poder ser partícipe da força de transformação, transfiguração, procriação e criação da Educação. Ser educador não é só acumular, guardar, conservar, usar, mas abandonar, largar, gastar e, neste gasto, readquirir, retomar, para poder se revitalizar.
Descolonização metafísica: esboço de manifesto contra-filosófico
Revista do NESEF, 2019
Este breve ensaio toma como ponto de partida a hipótese de que há um vínculo constitutivo do discurso fi losófi co moderno com o etnocídio, exemplifi cado pelo cosmopolitismo kantiano enquanto paradigma do "racismo europeu" (Deleuze & Guattari). Buscam-se os fundamentos metafísicos desse vínculo com apoio no diagnóstico do processo colonial produzido por Lévi-Strauss e, sobretudo, por Fanon e Césaire. Sustenta-se que, de um ponto de vista metafísico, colonização e descolonização se caracterizam por modos divergentes de realizar a diferença ontológica de mundo entre povos distintos. O ensaio esboça, por fi m, uma problematização do papel histórico da fi losofi a na instituição da colonialidade.
os actos mentais são metafísicos, mas num contexto fisicalista. Defenderei que é da relação que emergem os actos mentais (convenções), que estes têm uma existência real, estatuto ontológico e que apesar de serem acompanhados por actos físicos, não se reduzem aos primeiros, na medida em que as circunstâncias são determinantes para que emergam, ou seja, os mesmos actos físicos em circunstâncias diferentes produzem diferentes actos mentais, devido à intencionalidade colectiva gerada pela relação.
O ATO DE CRIAÇÃO CINEMATOGRÁFICA E A “TEORIA DOS CINEASTAS”
Pretendemos discutir se o filme é uma teoria e que essa “teoria” possa contribuir para a discussão de temáticas da teoria do cinema, de ca‑ riz científico. Inserido no âmbito da abordagem “Teoria dos Cineastas” pela qual não apenas os filmes mas, também, o discurso verbal e escrito dos cineastas se apresenta como um modo viável e legítimo para compreender o cinema, este artigo pretende abordar a possibilidade da teoria ser elabo‑ rada apenas a partir dos filmes, ou seja, uma teoria que advém do processo criativo.
Da metamorfose do trabalho ao sentido da catarse no cinema
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