Buscando a(s) parte(s) que falta(m): educação, tecnologia e arte em tempos (pós) pandêmicos (original) (raw)

Mídia, cultura inovativa e economia criativa em tempos pandêmicos

2020

Após meses de pandemia, o país está longe de voltar à normalidade e vencer sua maior crise sanitária, somos instados a contribuir desde a sala de aula, do pensamento crítico e da ciência. A inspiração para o livro Mídia, cultura inovativa e economia criativa em tempos pandêmicos floresce nos diálogos e reflexões produzidos no âmbito do curso de Doutorado do Programa de Pós Graduação em Mídia e Tecnologia da Unesp, ganhando densidade na parceria com pós-graduandos, professores e pesquisadores de diversas instituições. Dividido em três seções, apresentamos experiências, relatos e análises que nos auxiliam a compreender a importância da economia criativa, das mídias e tecnologias, da educação e da cultura inovativa diante deste cenário pandêmico. Traz também reflexões sobre a capacidade de adaptação, de resiliência, ressignificação e resistência frente a tantos desafios e idiossincrasias do momento histórico, aportam a experiência, o conhecimento e a reflexão, tão imprescindíveis em todos os tempos e, singularmente neste.

Rumos ‘pós-pandêmicos’ da Pesquisa, Educação e História de Ciências da Terra

Terrae Didatica

A notável recepção de manuscritos por Terræ Didatica em 2022 compreende mais de 80 contribuições inéditas. Os números indicam que a comunidade geocientífica nacional e internacional considera a revista um veículo ágil e eficaz para divulgar resultados de suas pesquisas. Os editores agradecem a generosa cooperação de dezenas de especialistas, altamente capacitados, do Brasil e do exterior, que compõem um exigente sistema de revisão por pares. A capacidade de processamento de novas contribuições ampliou-se, mas a resposta nem sempre ocorre na velocidade esperada. É digno de nota o relevante papel educativo do trabalho editorial junto aos/às jovens novos/as autores/as. A inusitada quantidade de 39 trabalhos rejeitados no ano se deve tanto a casos de submissão incompleta, quanto de baixa qualidade detectados pelos pareceristas, a quem compete aplicar rigorosamente os critérios de seleção. Para aprimorar os manuscritos, os editores tentaram adotar alguns mecanismos de interação junto aos...

Desaprender a cada tempo em tempos pandêmicos: crianças, artes e outros contágios

Zero-a-Seis, 2020

Este texto se apresenta como um ensaio, um convite a desaprender com crianças e arte. A proposta se apoiará em projetos que temos desenvolvido com crianças, professoras e professores de Educação Infantil. Em uma composição entre poesias, manifestações artísticas, textos, ideias e imagens produzidas por crianças e professoras em processo inventivo e criativo de resistência, procuramos romper com representações e narrativas previamente colocadas ao trabalho com educação de crianças. Um convite à travessia por caminhos ainda não trilhados, à composições aforísticas, crianceira e arteira que nos coloca em movimento, permitindo adentrar temporalidades e espacialidades contagiantes que mobilizem experiências sensíveis de pensamentos para outras formas de estar no mundo e na educação em tempos de pandemia.

Educação e tecnologia na cultura-mundo da hipermodernidade

Resumo Vivemos a consolidação da cultura‐mundo hipermoderna que vem alterando sensivelmente o modo de lidar com a tecnologia nos mais variados campos do saber. Destaca‐se, neste contexto, a pesquisa das relações entre tecnologia e Educação, que tem na sua problematização o objetivo deste artigo. Para tal fim, parte da relação de alguns conceitos e aportes teóricos de Lipovetsky, Serroy, Pino, Veen & Vrakking, Vigotski , Turkle, Dowbor e Lukács, além de reflexões originadas nas práticas diárias enquanto professor empregando recursos tecnológicos em aula. Percebe‐se que a contemporaneidade forma indivíduos que não lidam plenamente com tecnologias. As considerações levam à proposta da categorização da tecnologia, definida neste trabalho como produto e como processo, com finalidade de avançar na relação entre tecnologia e educação, potencializando os processos de ensino e de aprendizagem. Palavras‐chave: Educação, tecnologia, hipermodernidade, cultura‐mundo.

DEBATES SOBRE O TECNOBREGA: INDÚSTRIA CULTURAL EM TEMPOS DE PÓS-FORDISMO

As últimas décadas do século XX foram marcadas por uma profunda reestruturação produtiva que afetou também a chamada “indústria cultural”. No campo da música, a alegação de que haveria uma crise causada pela circulação decópias ilegais marcou a reorganização do setor. Neste artigo, analiso o debate em torno do tecnobrega, circuito de música popular que foi transformado em modelo para a indústria fonográficanacional. Essa construção discursiva contou com participação de imprensa, programas televisivos e análises acadêmicas, que construíram, aos poucos, uma imagem de que o gêneroseria a superação da dicotomia centro versusperiferia. Esse caso permite pensar algumas das novas configurações da indústria cultural no mundo pós-fordista.

TÉCNICA E EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE INDIGÊNCIA

Procura-se refletir sobre as possíveis articulações entre técnica e educação no âmbito do pensamento heideggeriano. Tomando como ponto de partida os possíveis limites da analítica existencial de Ser e Tempo em questionar o fenômeno da técnica moderna, explicita-se como a questão da técnica articula-se com a questão da formação humana no Discurso de Reitorado (A auto-afirmaçãoda universidade alemã) (1933). Caracterização da essência da técnica moderna na fase terminal da metafísica explicitando em que sentido em tal época vivemos um estado de indigência e penúria, impotentes para pensar. Em um terceiro momento procura-se pensar as alternativas que se abririam à formação humana no contexto de uma época considerada pós-humanista. Palavras-chaves: Técnica, Educação, Humanismo. INTRODUÇÃO Ao tentar refletir sobre as possíveis articulações entre técnica e educação no âmbito do pensamento heideggeriano, estamos conscientes de que vamos nos deparar com questões que, além de não terem sido explicitamente abordadas por Heidegger, serão tratadas aqui no horizonte teórico de algumas obras muito citadas e referenciadas, mas muito mal compreendidas em suas motivações, objetivos e consequências. Em um primeiro momento procura-se demarcar os possíveis limites da analítica existencial de Ser e Tempo face ao fenômeno da técnica moderna, para logo a seguir explicitar como a questão da técnica articula-se com a questão da formação humana no polêmico Discurso de Reitorado (A auto-afirmaçãoda universidade alemã) (1933). Na analítica existencial realizada em Ser e Tempo (1927) a questão da técnica ainda não é explicitamente colocada. No mundo constituído pelo Dasein, o ocupar-se enquanto um deixar-surgir o ente num mundo já previamente descoberto, em nada se assemelharia a intervenção provocadora promovida pela técnica e seu poder desafiador. Na medida em que na Analítica existencial o mundo torna-se um fenômeno que emerge na conexão da totalidade dos utensílios, que se apoiam num último para-quê fundado no próprio Dasein, a técnica não passaria de um dos modos de ser possíveis do Dasein manipular e velar os entes intramundanos que lhe vêm ao encontro. Sendo assim, a técnica ainda não era, e nem poderia

Entre escolas e equipamentos de arte e cultura: em busca de outros tempos e espaços de educação

2020

Resumo: O estudo que agora se apresenta explora as interações entre Arte, Cultura e Educação, situando-se no âmbito mais lato das relações entre educação e desenvolvimento (Gomes & Alves, 2018; Caramelo & Ferreira, 2015) e da problematização sobre o espaço público de educação (Nóvoa, 2002, 2009; Gomes, 2011). Tomando como objeto empírico o Programa DESCOLA uma iniciativa conjunta da CML e a EGEAC que tem como finalidade desenvolver o potencial educativo dos equipamentos de Arte e Cultura do município de Lisboa, através das suas relações com públicos escolares proporciona a análise de fenómenos que ocorrem na interface entre espaços e tempos de educação formal e não-formal (Pires, 2014; Alves, 2014; Bruno, 2014; Gohn, 2016). O estudo suportase numa metodologia de natureza qualitativa e interpretativa (Alves & Azevedo, 2010) com uma dupla finalidade: produzir conhecimento sobre o fenómeno em estudo e contribuir para o desenvolvimento do próprio programa DESCOLA. Neste artigo discutem-se os resultados obtidos através da análise de conteúdo temática do documento das atividades oferecidas no âmbito do DESCOLA. Os eixos de análise considerados incluem: tipo de atividades, públicos e níveis de ensino a que se destinam, duração, temáticas abordadas, localização geográfica das atividades, natureza do equipamento, competências a desenvolver, áreas disciplinares mobilizadas. As conclusões, ainda preliminares, permitem discutir o contributo educativo que emerge destes outros espaços e tempos educativos. Palavras-chave: arte, cultura & educação; educação não-formal; trabalho colaborativo.

Educação e tecnociência na contemporaneidade

Educação e tecnociência na contemporaneidade, 2018

Organizadoras: Fernanda Wanderer e Gelsa Knijnik. Autores: Adriane Ester Hoffmann, Daiane Martins Bocasanta, Débora de Lima Velho Junges, Fernanda Wanderer, Fernanda Zorzi, Gelsa Knijnik, Giovana Alexandra Stevanato, Ieda Maria Giongo, Josaine de Moura Pinheiro, Marcia Dalla Nora, Maria Luísa Lenhard Bredemeier, Marli Teresinha Quartieri, Neila de Toledo e Toledo e Vinícius da Fontoura Pereira. Editora: Pimenta Cutural (2018) ISBN: 978-85-66832-90-7 (eBook) DOI: 10.31560/pimentacultural/2018.907 Apoio: CNPq ​