À volta do «radicalismo pequeno-burguês» (original) (raw)
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RACE - Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 2017
O objetivo com o presente artigo foi explicitar a relação entre a burocracia e as classes sociais no interior das discussões do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Juiz de Fora. Partiu-se de um entendimento que identifica a burocracia não como classe social, mas que funciona em meio ao conflito social. A partir da análise de dados econômicos e das atas entre 2010 e 2014, constatou-se que no Conselho se destaca a supremacia da pequena burguesia, que tem seus interesses alinhados às outras frações importantes do capital. O Conselho se mostra como um espaço de atuação permanente do capital, com os trabalhadores excluídos e os burocratas apassivados – eles próprios integrantes da pequena burguesia –, mostrando-se aliados ao capital sem propor ou questionar qualquer demanda, servindo como um meio para a efetivação de objetivos do capital.Palavras-chave: Classes sociais. Pequena burguesia. Burocracia. Conselho Municipal.
A direita radical no Portugal democrático: os rumos após a Revolução dos Cravos (1974 - 2012)
Tese de Doutorado em História. Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014
Esta pesquisa buscou analisar o comportamento da direita radical portuguesa no período compreendido entre a Revolução dos Cravos (1974) e o ano de 2012. Tal delimitação temporal corresponde ao período democrático estabelecido após quarenta e um anos de regime autoritário. A ênfase da pesquisa recaiu sobre dois eixos fundamentais. De um lado, foi abordada a criação de organizações culturais e políticas de direita radical. Por outro, foi analisada a organização de grupos violentos de conotação racista e xenofóbica e sua atuação no período estudado. Também foram analisadas as relações entre as associações de cunho cultural e político com os grupos extremistas violentos. Como exemplo principal de uma organização de direita radical de cunho político, temos o Partido Nacional Renovador (PNR), criado no ano 2000. Como exemplo principal de organização extremista violenta, de caráter xenofóbioco e racista, temos a Portugal Hammerskins (PHS), criada entre 2000 e 2005.