A Fidedignidade da Fotografia no Turismo: a arte e o marketing em discussão (original) (raw)

Os Museus e a Autenticidade No Turismo

Itinerarium, 2008

Resumo Uma das questões que mais têm sido debatidas durante a segunda metade do século pela antropologia em relação ao turismo, é a da autenticidade. Em nome desta muitos operadores turísticos seja organismos oficiais ou empresas privadas pretendem que as populações autóctones permaneçam congeladas no tempo, o que as impede de usufruir os benefícios de integração ao processo civilizatório que hipoteticamente o turismo traz. Os museus tem provado ser, em várias partes do mundo, veículos adequados para mostrar o passado fielmente recriado e as culturas fielmente retratadas aos turistas que assim o desejam, permitindo que a sociedade visitada se insira na sociedade globalizada. Ao mesmo tempo, os turistas passaram a ser importantes do ponto de vista da arrecadação, provocando um ciclo de melhora dos museus que reverte em benefícios para a própria sociedade local e a expectativa de visitação turística têm estimulado o investimento privado na criação e revitalização de museus.

Fotografia e empreendedorismo

Tina Andrade é jornalista, entusiasta das tecnologias de informação e comunicações -, é uma empreendedora no ramo da Comunicação, Cultura e Arte para o Desenvolvimento Inclusivo. Ao se autodefinir, Tina se diz "transformer" e usa a fotografia para transformar o estado-da-vida humana. Isso talvez explique como conseguiu empreender a Mostra imaginaSOM -de fotografia para cegos. Você não leu errado, é isso mesmo: Tina conseguiu reunir pessoas com diferentes tipos de deficiência para realizar um evento que chamasse a atenção para os quase 25 milhões de consumidores culturais com alguma deficiência, que estão totalmente desassistidos de um atendimento de qualidade. Para este empreendimento social, levantou patrocínio, atraiu atenção da mídia, sensibilizou pessoas, humanizou a imprensa e

Marketing turístico & imagem – reflexões sobre fotografias virtuais de Foz do Iguaçu - PR e opiniões dos agentes de turismo de Joinville – SC

2008

Resumo: O presente artigo se dispõe a estudar as relações entre imagens e turismo. O referido estudo acontece a partir da cidade de Foz do Iguaçu – Pr e imagens veiculadas na internet. Tem-se como objetivo geral investigar a imagem do destino Foz do Iguaçu, segundo a opinião dos agentes de viagens (não conhecedores) de Joinville – Sc e, especificamente, identificar imagens simbólicas positivas e negativas do destino turístico na internet, verificar as opiniões e grau de interesse no consumo (antes e após a apresentação das imagens) e, por fim, demonstrar as razões e possibilidade de mudança de opinião quanto ao consumo turístico da localidade. Os métodos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e documental, seguida de aplicação de formulários de questões aos agentes de turismo da cidade de Joinville. Os resultados alcançados demonstram que existe uma pequena oscilação no grau de interesse em consumo do destino, ainda este fato se torna relevante pois, os mesmos são formadores de o...

(An)Estética do Turismo: ou a mediatização do Património

in Gazzaneo, Luiz Manoel (org.) – Espaços Culturais e Turísticos em Países Lusófonos – cultura e turismo Colecção PROARQ, Universidade Federal do Rio de Janeiro – Faculdade de Arquitectura e Urbanismo, Rio de Janeiro, 2011, pp. 125-147 (Com Joana Malheiro, PhD student.), 2011

[...] Para que os turistas se sintam satisfeitos, não basta simplesmente que se sintam satisfeitos. É preciso marcar suas almas com experiências inesquecíveis, isto é, com produtos e serviços que, de alguma forma, alterem suas vidas, e permaneçam eternamente em suas memórias como sementes de inspiração. (MTur, 2010)

A imagem da gestão de imagem: conceitos e preconceitos sobre marketing e comunicação no turismo

Revista Cenário, 2018

A intenção deste trabalho é estimular uma reflexão sobre conceitos e preconceitos presentes nos processos de formação e gestão de imagem dos destinos como parte do planejamento estratégico do Turismo, em especial no que diz respeito aos campos do Marketing e da Comunicação – áreas codependentes, mas nunca totalmente coincidentes. Definições, técnicas, visões de mundo e estilos de gestão muitas vezes são dados como conhecidos e consagrados, mas podem estar baseados em paradigmas que as áreas de origem na realidade já ultrapassaram. A partir de uma brevíssima revisão de obras consagradas de expoentes do Turismo, da Filosofia e do Marketing, vamos analisar alguns pontos em que divergências se cristalizaram, a fim de superá-las em nome de uma nova e produtiva convergência, numa relação de mútuo suporte.

A Feira e O Turismo: Pontencialidades e Atrativos

Caminhos de Geografia

Analisamos a Feira, a cidade e o turismo buscando compreender os usos e apropriações da cultura local e regional, a partir da Feira de Artesanato de Montes Claros. Esta Feira demonstra significações e interpretações da cultura que promovem seduções e atrativos; também representa, na cidade, um espaço de lazer, com opções de encontro, de usos e apropriação para o turismo. E, pelo ato de o turismo apropriar-se das tradições culturais da região, pode-se considerá-lo uma alternativa que possibilita a melhoria da qualidade de vida dos artesãos, da população envolvida e, principalmente, divulga ao mundo a “simplicidade”, as tradições, o folclore e a cultura do sertão mineiro e da sua gente.

O fotógrafo como produtor: sobre a fotografia

Visualidades, 2021

O presente artigo tem como objetivo abordar a teoria benjaminiana do autor como produtor, tomando como objeto a fotografia. Na tentativa tanto de expandir a teoria benjaminiana quanto de testá-la teoricamente, o artigo se constrói de maneira especulativa, através de uma abordagem que vai da filosofia à cultura visual, pautando, ao fim, um princípio fotográfico condizente com a teoria benjaminiana.

Marketing como instrumento de sedução: proposta de relações entre museus e turismo

A Pátria - Jornal da Comunidade Científica de Língua Portuguesa, 2020

Marketing como instrumento de sedução: proposta de relações entre museus e turismo O marketing, desempenha na sociedade contemporânea, um forte papel na economia da sedução (Lipovetsky, 2017), despertando nos consumidores o fascínio pelas novas ofertas do mercado. No domínio cultural, o marketing, tem vindo a assumir-se como instrumento de sedução dos espectadores ou consumidores culturais, nomeadamente estabelecendo ou reforçando relações com universos aparentemente opostos ou dissonantes: Museus e Turismo. O marketing cultural constitui atualmente um dos instrumentos fundamentais na gestão e promoção de produtos, eventos e instituições culturais, inclusive influindo no lançamento e validação mediática de novos autores e artistas (Pinto, 2019). No domínio específico da Cultura-e da gestão cultural-"as instituições como museus não são exceção à regra e é possível afirmar que ambas as áreas se cruzam de forma direta e intrínseca" (Pinto, 2019). Os museus modernos, emancipados dos "Cabinets de Curiosités" (Schlosser & Falguières, 2012), estavam no passado, essencialmente "encarregues da proteção de elementos histórico-culturais, no entanto com o gosto pela valorização do património e pela aquisição do conhecimento, é nos finais do século XIX devido ao aumento de instituições culturais, que surgem outros objetivos essencialmente ligados à marcação de uma posição forte no mercado cultural" (Pinto, 2019).

Fotografias, arte e museus: da colisão à expansão

PontodeAcesso, 2017

Este artigo aborda a associação existente entre fotografia, arte contemporânea e museus, procurando investigar os modos como ela foi sendo desafiada pela revolução digital. A partir da obra de Joachim Schmid, este trabalho examina as estratégias museológicas que o artista desenvolveu, e subverteu, na sua prática, para questionar e reconfigurar os enquadramentos institucionais da arte e dos museus. Questões relacionadas com a reciclagem e a (i)materialidade dos objectos fotográficos são aqui particularmente aprofundadas para compreender as novas formas de apropriação artística e de legitimação cultural que caracterizam o actual contexto tecnológico da fotografia.