Escuta, Zé Ninguém (original) (raw)
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Nada Vendo no Escuro, Nada Ouvindo no Silêncio
Podemos ver na ausência de luz, e ouvir na ausência de som? Em seu livro Seeing Dark Things: The Philosophy of Shadows (2008), Roy Sorensen defende que sim, que podemos ver a escuridão na ausência de luz, e ouvir o silêncio na ausência de som. Neste artigo, defendo que na escuridão nada vemos, no silêncio nada ouvimos, e que experienciar a ausência de luz e som é uma questão afetiva, e não perceptual.
Reflexão e Ação, 2014
Este artigo discute a escuta musical livre, pela qual se promove o conhecimento musical e a audição do mais amplo leque de músicas, libertando o ouvinte, mesmo que parcialmente, com relação aos repertórios musicais divulgados e enaltecidos pelos meios de comunicação de massa. Como embasamento teórico e ponto de partida, são considerados aqui os trabalhos de Murray Schafer sobre a limpeza de ouvido e de Gaston Bachelard a respeito da noção de hábito. A partir desses autores em especial e de experiências docentes aqui relatadas, esboçam-se técnicas e estratégias para aplicar e incentivar formas de escuta musical alternativas, mais livres e críticas.
Letras De Hoje, 2009
RESUMO-Este artigo parte do diagnóstico da crise histórica e cultural que abalou a credibilidade do mito, tal como expresso na épica de Homero e Hesíodo, na Grécia arcaica, e avança ilustrando as diferentes tentativas de se explicar ou justificar o mito. Por esta razão, o artigo é uma história do surgimento e desenvolvimento do conceito de "alegoria", como categoria interpretativa do mito, e sua aplicação na antiguidade, na renascença e na atualidade. Palavras-chave: Mito; Filosofia; Alegoria; Homero ABSTRACT-This paper begin considering the context of the historical and cultural crisis that atacked the authority of myth, as expressed in the epics of Homer and Hesiod, and goes forward showing the different efforts then performed, trying to explain or to justify the myth. As a result, the paper evolves as a history of the origins and development of the concept of "allegory", as an interpretative category of myth, and comments some of its uses in antiquity, in the Renassaince, and in contemporary thought.
Revista Letras Raras, 2018
Ele vivia na beira de um rio corrente, largo e profundo, que sempre corria silenciosamente até um oceano vasto e desconhecido. O Rio fluía desde que o mundo é mundo. Tinha mudado seu curso algumas vezes e desembocado em novos canais, deixando os antigos caminhos secos e inférteis; mas sempre seguia seu fluxo, e sempre fluiria até quando o Tempo deixasse de existir. Contra sua forte e misteriosa correnteza, nada o ultrapassava. Nenhuma criatura viva, nem flor, nem folha, nem partícula de existência animada ou inanimada, jamais voltava desse desconhecido oceano. A correnteza do rio corria sem resistência em direção a ele; e nunca parava, tal qual as voltas da Terra ao redor do Sol.
Idéias
No dia 7 de junho de 2019, uma sexta-feira, nos encontramos perto da estação Marechal Deodoro, região central da capital paulista. Com câmera e cadernos em mãos, deixamos para trás a área degradada e de pujante comércio popular, e paramos um pouco antes de poder sentir a aura das moradas quietas e portentosas de Higienópolis. Vladimir nos recebeu em seu apartamento de manhã cedo, vestido de preto. Sua conhecida expressão solene simpaticamente contrastava com mundanidade do copo de leitevazio que segurava quando nos abriu a porta. Sentamos, os quatro, na sala de estar, que era habitada por uma estante de livros, um par de sofás, mesa de centro e um pequeno piano de cauda. A quietudeda casa deu espaço, então, ao ressonante movimento de ideias que pode ser conferido nas páginas que seguem.
Ninguém Solta a Mão de Ninguém
Revista Multiface Online, 2018
Materia produzida pelo Diretorio Academico Joao Batista Franco Drummond , Gestao Face Plural com tematica politica, conjuntural e social sobre a situacao vivida no pais nos tempos atuais.
Surdo - O Mundo que Ninguém Ouve
2017
a.Faculdades Integradas Campos Salles-FICS. b.Faculdade ENIAC. c.FATEC São Caetano do Sul. d.Instituto Mauá de Tecnologia. e.Faculdade Anchieta. Resumo A proposta da pesquisa sobre o surdo, consiste em compreender o luto e a superação do problema no processo de adaptação tanto da família ao fato, quanto da criança ao sistema de comunicação de sinais-LIBRAS. Os surdos são indivíduos que não escutam os sons, utilizam uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala. Este grupo desenvolveu uma cultura característica composta por sinais, criaram um mundo especial utilizando uma comunicação por meio de gestos-LIBRAS, diferente da tradicional oral/auditiva. É um mundo cercado de luz, cores, movimento, expressões de tristeza e alegria e utilizam tudo que se pode captar com os olhos. O impacto de uma imagem para aquele que não ouve é muito maior e causa maior impacto do que no ouvinte. A comunicação com a pessoa surda deve ser cuidadosa e atenta, em função da sua grande capacidade de captação de sinais, seja criança ou adulto. Para os ouvintes ser surdo é apenas não ouvir, pois não alcançam a extensão do que significa não ouvir. Entre todos os tipos de deficiência, na infância, a surdez é a que causa mais situações confusas e controversas.