O MULTICULTURALISMO NA ALEMANHA - A CONSTRUÇÃO DE UMA NAÇÃO DE BISMARCK ATÉ OS DIAS ATUAIS (original) (raw)

MULTICULTURALISMO E O PAPEL DAS ALIANCAS DE SEGURANCAS TRANSNACIONAIS

Cenários contemporâneos no âmbito da governança global: políticas nacionais e internacionais de enfrentamento da crise em perspectiva comparada, 2022

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) ___________________________________________________________________________ C395 Cenários contemporâneos no âmbito da governança global: políticas nacionais e internacionais de enfrentamento da crise em perspectiva comparada. Gabriel Rached, Rafaela Mello Rodrigues de Sá-organizadores. São Paulo: Pimenta Cultural, 2022. 445p..

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA: ENTRE O HISTORICISMO ALEMÃO E OS ANNALES

André Augusto Abreu Villela, 2020

Este artigo tem como pretensão mostrar as influências sofridas pelo intelectual Sérgio Buarque de Holanda. Em um primeiro momento ao compor a obra Raízes do Brasil, em 1936, percebe-se uma maior influência do historicismo alemão, escrito sob forte influência de Weber e da historiografia alemã. Já em um segundo momento, como intelectual mais maduro, e como uma identidade uspiana, Sérgio Buarque irá se aproximar da historiografia francesa dos Annales, ao compor obras como Caminhos e Fronteiras em 1957 e Visão do Paraíso em 1958, sendo essa sua tese de cátedra na USP.

IMIGRANTES BRASILEIROS NA ALEMANHA: ADAPTAÇÃO CULTURAL, ESTRESSORES E RECURSOS

Revista Subjetividades, 2023

O processo migratório ocorre por diversos fatores, entretanto, pode ser dificultado quando a adaptação cultural não ocorre totalmente. Logo, compreender como o processo de adaptação cultural ocorre por meio da percepção do imigrante, revela informações importantes sobre esse processo. O presente artigo se apoia no modelo de aculturação de Berry e no modelo ABC-X Duplo de McCubbin e Patterson, objetivando descrever o processo de adaptação de brasileiros na Alemanha. 113 brasileiros que residiam na Alemanha entre os anos de

O PLURALISMO BRASILEIRO NA BERLINDA

A nação brasileira vem-se construindo sobre duas premissas principais: uma é a unidade territorial e lingüística; a outra é a suposta homogeneidade cultural que resultou da combinação de três " raças " : indígena, negra e européia. A primeira premissa, no que concerne à territorialidade, sustenta-se empi-ricamente, ainda que tenha sido um grande foco de contestação em séculos passados. No que tange a unidade lingüística, se excluirmos as cerca de 170 línguas indígenas, o alemão, italiano, japonês, entre outros idiomas falados oficiosamente pelo país afora, mais a miríade de dialetos que recobre a nação, o português é, de fato, o que distingue imediatamente o Brasil do resto das américas. Porém, a segunda premissa, da homogeneidade cultural, não passa de mistificadora ideologia. Quero chamar a atenção para o caráter fictício dessa homogeneidade e tomar como foco o indigenismo para analisar as razões pelas quais o pluralismo, enquanto realidade social, continua a ser oficialmente negado no Brasil, apesar de um certo esforço retórico em con-trário. Por indigenismo quero dizer mais do que políticas indigenistas, oficiais ou não. Incluo nesse conceito o vasto campo de imagens populares e eruditas construídas pela população nacional e pelos próprios índios e sobre as quais se constroem as muitas faces do índio (Ramos 1998, 2003a). 1 Sou grata a Wilson Trajano e a Ricardo Ventura Santos por suas leituras cuidadosas deste texto. Trata-se aqui duas das premissas básicas sobre a formação da nação brasileira: a unidade territorial e lingüística e a homogeneidade cultural. Uma incursão pela história das fronteiras do Brasil com seus vizinhos revela o modo como se foi construindo o Brasil, enquanto nação entre nações, principalmente por meio da ocupação de facto de territórios distantes do centro de poder, e depois por meio de argumentos de jure elaborados pela diplomacia brasileira do século XIX. Por sua vez, uma análise da ideologia indigenista expõe a ambivalência que a nação brasileira nutre por seus povos indígenas, ora tidos como exemplos de pureza e sabedoria, ora como obstáculos ao desenvolvimento do país. É nos meandros dessa ambivalência que os indígenas brasileiros se distinguem dos demais povos nativos das américas e que o Brasil se faz inteligível como nação que reluta em admitir oficialmente a sua plurietnicidade.

LOCAIS DE CULTURA E DE BARBÁRIE NA ALEMANHA: SOBRE IMAGENS DIALÉTICAS E EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS NO GEDENKSTÄTTE BERGEN-BELSEN

Imagens em Transformação, 2019

A presente publicação, intitulada Imagens em Transformação reúne em coletânea artigos desenvolvidos a partir da disciplina Ética e contemporaneidade: críticas filosóficas à violência II, ministrada pelo Prof. Dr. Ricardo Timm de Souza no segundo semestre de 2018. O conjunto dos artigos aborda temáticas e questões diversificadas e por perspectivas inter e multidisciplinares, elemento presente na forma em que cada autor/autora refletiu a partir da importância das imagens e a possibilidade de um pensamento crítico diante das mais distintas formas de violências biopolíticas presentes nos diversificados panoramas e configurações sociais. Assim, mesmo diante da opacidade do real, a imagem coloca-nos sempre diante de sua potência, daquilo que vemos e, que, ao mesmo tempo, nos olha, diante de algo que nos interpela e requer leva-la em conta em sua expressividade, em sua função primordial, enquanto elemento privilegiado para se elaborar uma leitura crítica da realidade. Editora Fundação Fênix

LIMIARES DA CULTURA E MISCELÂNEA CÉLTICA

Limiares da cultura e miscelânea céltica, 2001

Cultural ordering of space. The unconscious of languages. Laughter. Crying. The kiss. Religious symbols and question of gender. Numbers to think. Celtic music: words, instruments, genres. Dagda harp. Galice. Give oats, give barley. Divination in the Celtic world.

O RECONHECIMENTO DO DIFERENTE: LIDANDO COM O MULTICULTURALISMO E A INCLUSÃO A PARTIR DA TEORIA DE HABERMAS

2018

A recepção de estrangeiros e minorias dentro dos Estados, a partir dos movimentos e fluxos migratórios, faz surgir a necessidade de políticas inclusivas do diferente e de reconhecimento de direitos fundamentais em nível mundial e nas sociedades que os recebem. Nesse contexto, temas como democracia, multiculturalismo, universalização dos direitos humanos, legitimação das políticas inclusivas passam a ser objeto desse estudo, que tem por objetivo analisar as reflexões de Habermas sobre esses temas e percorrer o caminho por ele traçado para justificar a legitimação da inclusão do outro a partir da teoria do discurso, da participação efetiva dos envolvidos nos debates e na construção de leis formais democráticas que assegurem os direitos humanos. O método hermenêutico permite realizar a análise crítica da obra "A Inclusão do Outro", refletindo sobre as construções teóricas do filósofo alemão para justificar a inclusão do diferente nas sociedades multiculturais e seculares. Em conclusão, reafirma-se a construção teórica de Habermas como um horizonte filosófico a ser buscado pela sociedade mundial, sem, contudo, deixar de reconhecer a dificuldade de sua implementação.