Guia da Escandinávia Medieval: fontes, temas, métodos, pós-graduações, bibliografias e viagens. João Pessoa: Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos, 2021, ISBN: 978-65-00-19726-6 (CBL), 561 p. (original) (raw)
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I S B N 978-85-463-0144-7| 12 D e s v e n d a n d o o s V i k i n g s : e s t u d o s d e c u l t u r a n ó r d i c a m e d i e v a l | 13 Sumário Duas cosmogonias, duas visões, duas formas de entender a realidade, duas formas de representar o mundo, que, mesmo numa falsificação do século XIX ou numa história contada séculos depois do suposto acontecido, ilustram de maneira clara o pensamento e, por consequência, a escrita do mundo escandinavo medieval. Ao contrário do que se poderia pensar, essas duas visões nunca se enfrentaram no mundo da escrita de forma radicalmente antagônica, mas, durante um bom tempo, conviveram no mesmo espaço, tanto geográfico quanto literário, e é dessa convivência que nasceu um estilo literário e gráfico único nos manuscritos escandinavos. Diferentemente de outras regiões da Europa, onde o letramento latino praticamente extinguiu as escritas locais e alterou (para não dizer cristianizou) tradições e lendas, na Escandinávia medieval esse passado e a matriz cultural a ele pertencente não foram totalmente esquecidos. Certamente, eles foram mitificados, idealizados e, em certa medida, moldados a padrões cristãos, mas, em alguma medida, foram também preservados.
Estudos Nórdicos Medievais: alguns apontamentos historiográficos Norse Medieval Studies: some historiographic notes Escandinávia. 2 Uma região que envolve uma grande carga histórica e cultural, mas tradicionalmente tratada como marginal ou periférica na Medievística de forma geral. No entanto, há algumas décadas, o interesse por essa região tem se ampliado de forma impressionante pelo mundo e os estudos nórdicos têm crescido especialmente nos país de língua neolatina. 3 Uma das últimas publicações do 1 Professor Assistente I da Universidade Federal da Paraíba, professor permanente do Programa de Pós Graduação em Ciências das Religiões da UFPB, membro do NEVE (Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos). .br 2 A citação mais antiga do termo Escandinávia ocorreu em História Natural (79 d.C.) de Plínio, o velho, onde o autor acreditava que seria uma grande ilha do Báltico -Scatinavia, uma ideia seguida por vários autores desta época.
2018
Recensao critica a: Helio Pires, Os Vikings em Portugal e na Galiza. As incursoes Nordicas Medievais no Ocidente Iberico, 3a edicao Lisboa, Zefiro, Edicoes e Actividades Culturais, 2018
Chegando a sua sexta edição, o CEVE – Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos – apresenta, mais uma vez, os resultados das pesquisas e discussões desenvolvidas atualmente em solo brasileiro nas mais diversas áreas que englobam a Escandinávia Medieval. Assim, é com muita satisfação que convidamos todo o público interessado, sejam estudantes de graduação e pós-graduação, professores e demais entusiastas, a compartilhar desse momento de divulgação do conhecimento em Escandinavística produzido em terras brasileiras. Ofereceremos também oficinas, mesas-redondas e minicursos ministrados por membros do NEVE (Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos) que, com o máximo rigor e em fina sintonia com produções estrangeiras - principalmente aquelas realizadas em centros escandinavistas europeus e norte-americanos – almejam trazer novos olhares, discussões e temas de estudo da Escandinávia Medieval para todos a quem o assunto é caro. Comissão Editorial
Caderno de Resumos, X CEVE (Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos), 2022.
X CEVE, 2022
Site do evento: https://www.even3.com.br/ceve2022 Em 2022 completam-se dez anos de realização do Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos. O evento consolidou-se como o principal articulador de pesquisas brasileiras na área da Escandinavística. Os estudos nacionais concentraram-se inicialmente em temas relacionados com Mitologia Nórdica e Sagas islandesas, mas com uma melhor inserção das pesquisas, ampliou-se para estudos históricos e da cultura material. Até hoje o evento é um importante referencial para debates e exposições de novas pesquisas. Nesta edição, o CEVE contará com quatro conferências internacionais de pesquisadores que são referência na área da Escandinavística. Site do evento: https://www.even3.com.br/ceve2022
10 Anos do Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos, Academia.Edu, 2020
Academia.Edu, 2020
No dia 1º de junho de 2020 o NEVE-Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos completou 10 anos. Este que é, talvez, um dos grupos de estudos acadêmicos mais atuantes no Brasil, promovendo eventos, simpósio temáticos, publicações, relevantes ao escopo dos estudos escandinavos, conta ainda com pesquisadores das mais diversas áreas das humanidades que, por sua vez, oferecem diferentes perspectivas nos debates do grupo. O Núcleo foi formado no início de 2010 e formalizado durante um evento em São Luís, no estado do Maranhão, estando presente no local alguns jovens pesquisadores que desejavam realizar pesquisas no campo da escandinavística. Os desafios eram claros: ausência de fontes, falta de uma tradição de estudos escandinavos no Brasil e a
Caderno de Resumos X CEVE - Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos
8 "Nós invadimos, mas também comerciamos": reinterpretando a suposta purificação da imagem do viking a partir da atividade comercial, Caio de Amorim Féo Alguns apontamentos sobre um possível modelo de corpo na Escandinávia Medieval, Victor Hugo Sampaio Alves Mesa redonda 4: Cristianização e Escandinávia Medieval, dia 6, 19:30-21h Coordenação: André Araújo de Oliveira A problemática da continuidade ou descontinuidade entre os templos pré-cristãos e cristãos da Escandinávia da Era Viking, Guilherme Garcia Galego Historia de dos Óláfr: problemas de cristianización en la Era Vikinga, Nicolas Jaramillo Identidade e Espacialidade na Islândia Medieval: A conversão islandesa sob a ótica da biografia do primeiro bispo de Hólar (1056-1264), André Araújo de Oliveira Bruxas e seus ofícios nas pinturas de Albertus Pictor em igrejas da Suécia do séc. XV d.C.
A Idade Média em questão, 2022
Em 2019 a jornalista Juliana Kataoka escreveu uma matéria no site UOL intitulada Sete notícias que mostram que estamos voltando pra Idade Média. Nela, somente uma notícia tinha relação direta com o medievo, acerca da peste negra. Todas as outras remetem a ideias equivocadas sobre este período, que na realidade, são também encontradas em outras temporalidades e espacialidades: violência, autoritarismo, monarquismo (KATAOKA, 2019). É muito comum nos depararmos com notícias, declarações e textos com este teor e constantemente convivemos com a reprodução em diversas mídias de muitos estereótipos produzidos sobre esta faixa de tempo que vai do fim do mundo romano ao início da modernidade.