A construção do medo em It: a coisa: reflexões sobre a narrativa cinematográfica de Andy Muschietti, à luz do gênero fantástico (original) (raw)

O Medo Na Narrativa Fantástica: A Representação Literária e Cinematográfica Dos Personagens De It - a Coisa

Revista Água Viva, 2021

Research that focuses on forms of fear representation in interart studies have received few attention by the critical literary universe. The present study aims to investigate the representation of fear in literature and cinema by analysing the characters of Stephen King's novel It, written in 1986, and the namesake Andy Muschietti movie, produced in 2017. To this end we build on the literary scholarship of Tuan (2005), King (2013), Vanoye (2012), Roas (2014), Martin (2003), Aumont (2013), among others. While the literary text uses specific narrative resources to potentiate the unlikely and amplify terror, cinema produces an adaptation from images, plans and frames, to reveal anguished and terrified individuals. Therefore, our work seeks to show these concepts, and from them, to map fear more significantly in the territory of literature and cinema.

O medo como efeito do fantástico em “O bloqueio”, conto de Murilo Rubião

Miguilim - Revista Eletrônica do Netlli, 2020

Este artigo objetiva analisar o conto "O bloqueio", que compõe a coletânea O convidado, do escritor Murilo Rubião, publicado em 1974. O autor é notadamente um dos ícones do conto fantástico brasileiro contemporâneo e compõe, nesta narrativa, uma atmosfera de incertezas diante do medo do desconhecido, pois o evento descrito no conto é oculto e obscuro, denotando o teor de irracionalidade. Esses recursos dão o mote à trama e despertam reflexões acerca de um aspecto ainda marcado pelo imaginário e pelo mistério: o medo, a morte e a ideia de finitude diante do caos. Assim, esse confronto entre mundos possíveis e impossíveis, tal como é expresso ao longo do conto, favorece indagações sobre nossas estruturas fixas,

Entre o documento e a ficção: a construção do medo ficcional em fragmentos visuais

AVANCA | CINEMA

The purpose of this text is to reflect on the languages ​​of cinema used to build fear in videos shared on digital media. The historical context of 2020 marked the history of health in the world, just as the technical context made it possible to produce and share news about it. In the same way that cinema hides audiovisual marks seeking the experiences of reality in its fictions, some videos produced in this period by social actors and shared on digital media present these logics in their documentary records.These videos are presented as fragments of the story within the current context, shared and re-shared as if they were real records, but which become visual fragments of a reality constructed when denied and called fake news. An example of this is the video shared at the beginning of the pandemic in Brazil, as a record of the death of a person at the Hospital da Santa Casa de Curitiba. This video shows the record of two people dressed in special disease protection suits carrying ...

O medo no cinema

58 vol.8 nº2 ago/dez 2009 O medO nO cinema o cinema aprendeu com maestria a manipular o instinto milenar do medo. no ambiente seguro de uma sala climatizada, e no conforto de poltronas estofadas, ele nos oferece estímulos que enganam nosso cérebro como se estivéssemos prestes a presenciar a materialização de um inimigo real Corte Para a atualidade. Milênios de cultura alteraram a relação do homem com seu ambiente, e o mecanismo do medo já não é mais tão fundamental para nossa sobrevivência física. Para o bem ou para o mal, o meio ambiente e os perigos naturais estão razoavelmente dominados, e o homem moderno, ao contrário de seus ancestrais, já não convive mais com predadores a serem enfrentados em cada esquina.

O carro no cinema: notas para o medo no território cinematográfico

Lumina, 2024

O que o carro pode expressar obre a relação entre território urbano, o cinema e o medo? Pensando nisso, o artigo analisa Aquarius (2016), a partir da perspectiva bakhtiniana dialógica do discurso, que parece viabilizar a compreensão do cinema enquanto arena ideológica, atravessada por várias vozes em modos de interação muito complexos. Partimos da hipótese de que as imagens em movimento do carro são enunciados discursivos que se adicionam à influência da estética de terror/horror do cinema de gênero no filme de Kleber Mendonça Filho. Observamos o deslocamento de estereotipias de classe e raça mobilizadas pelo medo como afeto estruturante na exclusão daquilo que está fora dos muros. Sobre isso, encontramos correspondência no que Dunker (2015) intitula como “lógica de condomínio”. Por essas vias pensamos e elaboramos um esboço do que seria uma análise territorial fílmica brasileira, contribuindo para a criação do estilo do diretor. Para isso, pensamos o território como conceito de dimensão política, atravessado por conflitos históricos de classe, raça ou gênero e que está expresso no discurso das imagens, entendidas enquanto texto.

Michel FOUCAULT entre a memoria e o cinema de horror (livro de capa)

2019

Explorando a relação entre a memória e o cinema, principalmente, em Anti-Rétro, uma entrevista que Michel Foucault concedeu, em 1974, à revista Cahiers du Cinéma, esta obra vai tratar sobre a importância da memória no pensamento desse filósofo contemporâneo que morreu em 1984, apresentando ainda uma análise sobre o corpo em filmes de horror, em produções francesas. A Biopolítica também faz parte das discussões apresentadas neste trabalho.Boa parte da obra resulta da pesquisa de doutorado que o autor empreendeu na Universidade Estadual do Sudoesta da Bahia e na França, onde realizou estágio doutoral em 2014. A obra de Foucault influenciou diretamente cada escrito que compõe esta coletânea. Ela é um convite para pensar com Foucault. Em outras palavras, o autor nos convida a entrar na ordem do pensamento de Michel Foucault por meio da memória e dos corpos em filmes franceses de horror, tratando-os sob o prisma da arqueogenealogia.

Defesa Freudiana de Aspectos de uma Narrativa em Mulholland Drive (David Lynch, 2001)

Revista Minerva Universitária, 2022

Um argumento a favor do impulso da interpretação inteligível, aplicado até a obras abstractas ou semi-abstractas como Mulholland Drive. Sobre a película Mulholland Drive (por muitos considerada a magnum opus do cineasta David Lynch), normalmente se ouve dizer que desmontar o filme — isto é, decifrá-lo para lá da expectativa sensível, de molde a orientá-lo rumo a uma organização em narrativa de tipo realista — é, como de resto se espera, tarefa inútil, até ingrata. Não se pode contudo negar a irresistível e natural propensão do ser humano, racional e vivente, para a junção de capítulos em princípio, meio e fim.

Insegurança perceptual e atmosferas do medo: conexões entre realismo e horror no cinema contemporâneo

Ícone

O presente artigo pretende elaborar possíveis conexões entre um realismo de viés sensório e o gênero horror, a partir da ideia de que ambos compartilham um elemento comum: a insegurança perceptual que corrobora para a apreensão de atmosferas de suspense e de medo. Operando tanto na narrativa fílmica quanto na relação direta com o espectador, a insegurança perceptual foi debatida por Thomas Elsaesser (2015), sendo brevemente relacionada com filmes do gênero horror. Gostaríamos que aprofundar essa relação, incorporando ao debate lançado pelo autor o elemento atmosférico, que surge a partir de ambientações de filmes cuja “camada sensória” está em evidência e que, ao investirem na espacialidade e em uma quebra da centralidade do olhar humano, remetem a operações já tradicionais da narrativa do horror.