Intervenções estéticas urbanas: Revoluções Capitalísticas contaminando sujeitos (original) (raw)

Fotografia e Cidade: Corpos que se entrecruzam nas intervenções artísticas urbanas

2012

Este artigo apresenta reflexoes sobre transformacao da paisagem urbana por meio da fotografia, a relacao estabelecida com a Arte Publica ou Arte Urbana, a mudanca do olhar, o processo de producao e recepcao a partir do meu projeto de intervencao fotografica na Marginal Botafogo, via rapida localizada na cidade de Goiania-GO, realizado em 2009. Com esta intervencao na rua, a cidade se converteu em um museu a ceu aberto, que habitualmente esta entre quatro paredes, os pedestres em visitantes deste local, originando interacoes e reacoes diversas. Pretende-se perceber a cidade, como espaco de intervencao, apropriacao e reinvencao, dada pelo uso da fotografia em seu espaco. E, assim verificar possiveis relacoes entre fotografia e cidade, que sugerem um deslocamento do ver, um deslocamento do lugar de exibicao, um deslocamento do modo de producao e um deslocamento conceitual sobre fotografia.

Graffiti e Pichação: Relaçõs estéticas e intervenções urbanas

Visualidades, 2012

Graffiti and pichação are contemporary urban interventions that include divergent discourses about their manifestations. It was the objective of this research, starting with the interviews from six graffitists, to discuss the discourses that were produced about difference between graffiti and pichação, searching to reflect about the relations between art, aesthetic, intervention and constitution of the individuals in the urban contexts. It was observed that the discourses of the graffitists enhanced the aesthetic differences from the products of these activities and showed clearly that they are languages that keep moving among them. The two activities make possible that the subjects apprehend another possibility of living and express themselves in the city, establishing other norms, other ethic, and other symbolic order.

Esculturas públicas em Curitiba e a estética autoritária

Revista de Sociologia e Política, 2005

Esculturas e monumentos públicos tradicionalmente foram construídos e pensados segundo a lógica do poder vigente, para difusão e fixação de seus pontos de vista. A partir do período entre guerras, o cenário político brasileiro discute as propostas iconográficas dos partidos nazifascistas e comunistas europeus, até o fim do regime Vargas, em uma política de afirmação de símbolos concretos de nacionalidade e poder. O escopo deste artigo é discutir essas heranças autoritárias por meio do estudo de monumentos encontrados em praças públicas de Curitiba, assim como entender como as idéias e o ambiente político da época informaram suas soluções visuais. O estudo da recepção das imagens ajuda-nos a entender as relações entre a população e o status quo, e as suas lutas internas, muitas vezes encobertas por debates aparentemente "apenas" estéticos.

Grafites e intervenções urbanas como representações da cidade um olhar para o fenômeno em Brasília

Revista Tropos: Comunicação, Sociedade e Cultura, 2021

Brasília é uma cidade modernista, planejada, arquitetada, construída e pensada artística e urbanisticamente por profissionais de renome internacional e que deixaram suas marcas na capital brasileira. No entanto, mesmo carregando o estigma de ser uma cidade utópica e ideal, espaço de sonhos e novas oportunidades de vida para milhares de pessoas desde o período em que estava em construção, é certo que Brasília se consubstancia, desde sempre, em um organismo vivo, dinâmico e contraditório, que tem suas próprias especificidades, suas múltiplas comunidades e identidades. O objetivo desse trabalho é apresentar os grafites realizados na cidade de Brasília dentro de uma perspectiva histórica de construção de narrativas alternativas no espaço urbano, analisando-os como representação social da cidade, evidenciando questões territoriais e que permeiam o imaginário citadino. A pesquisa fundamentou-se em entrevistas com grafiteiros realizadas com base na metodologia de História Oral e análise de amplo acervo imagético, em diálogo com bibliografia interdisciplinar que versa sobre o tema.

Mediações culturais e contaminações estéticas

Revista GEARTE

Mediação, uma palavra-valise, carregada de significações. Junte-se a ela outra palavra – cultura, e tem-se um baú de significações que perpassam por diversos conceitos e atuações. Cientes da diversidade e da riqueza dos múltiplos olhares possíveis a este emaranhado e complexo conteúdo, nos debruçamos para pinçar algumas de suas dimensões. Talvez o âmago desta proposição esteja conectado à busca de objetivos: Por que mediamos? Para ensinar arte ou para propor encontros significativos com ela? Pode a mediação cultural ser compreendida como contaminação estética? Estas são inquietações que atravessam o Grupo de Pesquisa “Mediação cultural: contaminações e provocações estéticas”. Neste artigo, parte-se de “medicações poéticas” para iniciar uma conversa silenciosa com o leitor. Virus, memes e contaminações desatam os fios que movem a pesquisa e se revelam na construção do livro “pensar juntos mediação cultural: [entre]laçando experiências e conceitos” (2014). Apresenta também uma leitura...

A Estética Do Capital e O Mundo Das Coisas

A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma "imensa coleção de mercadorias", e a mercadoria individual como sua forma elementar. (Marx. O Capital, 1867) O aumento da quantidade dos objetos é acompanhada por uma extensão da esfera dos poderes a que o homem está sujeito, e cada novo produto representa uma nova possibilidade de trapaça e embuste mútuo.

Uma cidade conectada pela estética

Ciência Hoje, 2013

A companhar um dos artistas mais ex pressivos do funk carioca, o cantor Mr. Catra, permitiu não apenas observar esse ritmo em sua cir culação, mas também seguir de perto sua criação, de modo a entender o que o funk tem a dizer sobre si mesmo, em vez de tomar as letras de suas mú sicas como espelhos da realidade. O Rio de Janeiro emer giu assim alinhavado pela van que nos transportou pela música funk e pela irreverência de Mr. Catra, que sobe ao palco cantando louvores ao divino, odes à maconha e canções de cunho explicitamente erótico e sexual.