O Historiador e o Justiceiro (original) (raw)
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Revista do Instituto do Direito Brasileiro - FD - Universidade de Lisboa, 2013
Resumo: Preconiza-se quão necessário é que os juízes, como parte de sua formação multidisciplinar, empenhem-se por estu-dar História. Tal conhecimento do passado, especialmente do passado dos fatos, das idéias, das leis e do próprio Judiciário, habilitará o magistrado a enxergar a realidade à sua volta com outros olhos. Além disso, o estudo da história sensibiliza o juiz para a necessidade de que contribua para a preservação da me-mória dos atos judiciais. Palavras-chave: juiz – História – formação – multidisciplinari-dade. Abstract: This article is intended to stress how it is that judges, as part of their multicentered education, turn some effort to the study of History. Such knowledge of the past, especially the past of facts, ideas, laws and the Judiciary itself shall enable the judge to conceive reality in a new way. Besides, the study of History shall enhance judges' awareness to the importance or their role in keeping the memory of judicial acts.
Jornal O Globo e ao Globo Universidade no dia, 2009
What exactly is the profession of the historian? How reliable is what we produce? After all, what is History? The purpose of this article is to defend History as art, and that our historical comprehension should be based on analysis of the sources, never forget that the pursuit of the historian is the search for truth.
OS HISTORIADORES E AS REVOLUÇÕES
Revolução e História parecem dois termos que caminham lado a lado. De certa forma, ambos os conceitos têm desenvolvimentos parecidos. A mesma época em que a noção de História se singularizou, parecendo conter em si a trajetória de todos os povos, Revolução parecia indicar o caminha dessa evolução. A Revolução seria o evento primordial que libertaria as nações do jugo do Antigo Regime e os indivíduos das amarras sociais tradicionais: a família, a religião, a comunidade etc. Mais do que unicamente a narração de fatos passados, a História, em seu necessário e inevitável desenvolvimento, seria aquilo que justificaria e proporcionaria os meios para a ação. Antes, no entanto, igualmente os termos estariam colados. Se com a modernidade, se desvencilharam de suas características naturais, representando uma evolução " meta-histórica " , concebida como um constructo racional e sem o amparo de um " espaço de experiência " conhecido, até o século XVIII indicavam principalmente um movimento circular. Tanto História, quanto Revolução se amparavam na volta a um ponto já conhecido (KOSELLECK, 2006). A primeira enquanto catálogo ético das ações do passado, podendo fornecer exemplos do caráter imutável dos homens e soluções para situações acontecidas no presente e já vividas no passado; seria considerada uma mestra da experiência humana. A segunda relacionada ao movimento astrológico, que designaria o retorno de um corpo celeste ao seu ponto de origem. Revolução, assim, estaria longe de qualquer concepção política, seria um vocabulário mais empregado por cientistas e matemáticos, do que autores interessados nas alterações de governos. Todavia, a ordenação cíclica nos auxilia a pensar como os coevos interpretavam o desenvolvimento histórico, em uma cultura historiográfica distinta. Mesmo que não concebessem um futuro aberto, desconhecido e progressivamente melhor, a utilização do passado e da qualificação desse ideal no presente possibilitou que homens e mulheres avaliassem suas próprias experiências como positivas ou negativas. Tomando
Historiador em sua Prática Cotidiana
Revista Eletrônica História em Reflexão
Apresentamos nesse texto, aspectos de um pequeno debate que envolve o uso da teoria e da metodologia na elaboração da pesquisa histórica, e como este uso nos permite pensar o fato não apenas como algo dado, mas nos leva a necessidade de uma análise criteriosa e crítica a progressão da pesquisa com embasamento científico. Ao utilizar de teorias na prática historiográfica, o pesquisador busca a compreensão do contexto histórico através do tempo. O processo de eleger um objeto, pesquisar, fazer as devidas críticas e posteriormente após uma análise rigorosa das fontes e escrever a história, revela quem é o historiador, e para este, a teoria é a bagagem que permite o entendimento e acomoda a explicação para a escritura do fato, para a construção de uma História pelo viés científico. Palavras-chave: Historiador. Teoria e metodologia. Pesquisa histórica.