Considerações sobre o papel dos EUA na Reforma do Setor de Segurança do Haiti (original) (raw)

papel dos Estados Unidos na Reforma do Setor de Segurança do Haiti (1994-2004)

Carta Internacional, 2021

A Reforma do Setor de Segurança (RSS) do Haiti no que se refere às ações da polícia e das forças armadas tornou-se objeto fundamental das missões da ONU. A literatura sobre o tema tem enfatizado o papel de diferentes agências internacionais nesse processo, mas sem dar o devido destaque à presença dos EUA. Nosso objetivo é demonstrar que havia, no processo de RSS do Haiti e de constituição da atual Polícia Nacional Haitiana, elementos que podem auxiliar no entendimento da relação entre as organizações internacionais e a política de poder dos EUA entre 1994 e 2004.

REFORMA DO SETOR DE SEGURANÇA NA AMÉRICA LATINA: INTERESSES E DESINTERESSES DA COMUNIDADE INTERNACIONAL DE DOADORES1

Anais da XV Semana de RI de Marília

Resumo: este trabalho procura entender se a oferta de programas de reforma do setor de segurança (RSS) na América Latina por parte das agências de cooperação internacional para o desenvolvimento (ACIDs) alinha-se às demandas organizadas do setor de segurança destes países-e, se não, o que determina a agenda destas agências. Para isso, foram confrontadas as demandas organizadas no âmbito das MISPAs (Meeting of Ministers Responsible for Public Security in the Americas), cuja quinta edição ocorreu em 2015 no Peru, com os programas de cooperação para o desenvolvimento voltados à segurança nos países latino-americanos, sobretudo aqueles financiados pelos EUA e Canadá (maiores países doadores de RSS para a AL). Os resultados parciais trabalhados até o momento demonstram que estes programas não respondem às demandas dos países destinatários e que as ACIDs são refratárias à participação dos atores locais na formulação dos programas, demonstrando que a agenda de cooperação para o desenvolvimento destes dois países é pautada por questões internas como a defesa e segurança de seus próprios territórios.

Segurança internacional: a participação latino-americana no caso do Haiti no Conselho de Segurança da ONU

O Haiti ao longo de sua história contou com intervenções da ONU em diversos momentos. Agentes especiais da ONU foram enviados para acompanhar eleições, garantir a segurança, a paz e apoiar a polícia haitiana em diversos momentos da história deste país. Mas estas intervenções mudaram de status em 1994, quando o Conselho de Segurança decidiu que, para garantir a segurança da população haitiana, era necessária uma intervenção militar permanente e não mais apenas missões específicas e temporárias. Assim posto, o objetivo central deste trabalho é identificar quais foram os principais agentes securitizadores da ameaça haitiana no Conselho de Segurança. A questão a ser respondida é: quais foram os agentes securitizadores no processo de securitização da crise política Haitiana? O recorte temporal adotado foi de 1950, data da primeira decisão da ONU para o Haiti, até o ano de 1994, ano da aprovação da primeira intervenção militar ao país. A hipótese adotada é de que a crise do Haiti foi securitizada, sobretudo, pelos Estados Unidos da América (EUA), por o Caribe ser uma região de influência principalmente americana, mas mesmo com a predominância dos Estados Unidos, acredita-se que ouve a participação de países latino-americanos na securitização do tema. O trabalho está dividido em três partes: na primeira, a análise do marco teórico, a explicação da história do desenvolvimento da teoria e os seus principais conceitos; na segunda parte, análise do histórico da participação da ONU no Haiti com uma analise dos documentos oficiais; a terceira parte é a apresentação dos resultados da análise dos documentos oficiais da ONU, aplicação da teoria ao caso.

Atuacão Do Brasil Na Liderança Das Forças Para a Manutenção Da Paz Na República Do Haiti

Revista Juridica, 2014

Resumo: Como reagem as pessoas mais humildes e desamparadas, quando percebem que tropas uniformizadas de outros países, falando com sotaques ou idiomas desconhecidos chegam à porta de sua casa? Qual será a atitude mais lógica e espontânea das pessoas que estiveram ameaçadas por forças militares ou policiais uniformizadas de seu país, ao perceberem que forças estrangeiras rondam suas vilas e casas? Não é de se espantar, se acaso, estas pessoas que foram vítimas, acabem procurando justamente os opressores, para se "protegerem" dos estrangeiros. Este cenário hipotético pode ter sido muito comum em várias partes do mundo em conflitos internos, que são atingidos pelas forças de paz da ONU. Como proteger as crianças, as mulheres e os idosos, que são os mais vulneráveis, nestes conflitos? Como agem e atuam estas forças de paz? Quais são as atrocidades cometidas e contra quem? Normalmente, são mais desprotegidos, justamente os idosos, as mulheres e as crianças. Neste estudo, teremos um resumo sobre a justificativa e da necessidade de criação de Forças de Paz, na junção de vários países, para assegurar estes direitos fundamentais em nações estrangeiras em conflitos internos ou outras áreas de ameaças, notadamente, no Haiti.

Segurança internacional: o caso haitiano no conselho de segurança

2010

RESUMO Segurança internacional é um tema que sempre esteve presente na agenda das Relações Internacionais. Com o fim da guerra fria, o conceito de segurança internacional voltou aser tema de debate nas principais academias mundiais, uma vez que o conceito de segurança trazido pela teoria então vigente não mais abrangia todas as esferas da segurança internacional. Nesse contexto, surgiu a Escola de Copenhague com o objetivo de estudar a paz e trouxe grandes contribuições para os estudos sobre segurança. Ao utilizar a metodologia de estudo de casos, este trabalho tem como objetivo aplicar a teoria sobre securitização da Escola de Copenhague ao caso da crise do Haiti, buscando quais foram os principais agentes securitizadores da ameaça haitiana no Conselho de Segurança até o ano de 1994, data da primeira intervenção militar. Portanto, no presente artigoadotamos a hipótese de que os Estados Unidos da América foram os principais agentes nesse caso. Palavras-chave: segurança, Escola de ...

Perspectivas da Reforma no Conselho de Segurança da Onu e a Questão do Veto Indireto Chinês

Revista Aurora

O presente artigo tem por escopo traçar breves perspectivas acerca das propostas de reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente de seu Conselho de Segurança, no sentido de relevar nódulos que contribuem para o relativo déficit de credibilidade da Organização. Contempla, num segundo momento e a fim de elucidar um arquétipo de entrave às reformas, um exemplo de política do tipo de veto "indireto" proposto por Vargas (2011), investigando-se o posicionamento da República Popular da China (RPC) em relação às reformas propostas e revelando igualmente suas motivações neste processo.

AS REFORMAS DO CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS

The United Nations Security Council Reformations: History and Perspectives, 2015

RESUMO Este artigo procura expor as tentativas de reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU), listando e anali-sando-as. Para isso, faz-se necessário explicar como se dá o funciona-mento do CSNU, inserindo-o no seu contexto histórico e ainda analisar como se deram as etapas de formação deste Conselho, sua estrutura bá-sica e funcionamento, para, com isso, expor as propostas de reforma. O artigo também mostrará a participação do Brasil tanto no próprio Con-selho de Segurança assim como promotor de um movimento de refor-ma e as ações como defensor da expansão de assentos permanentes do CSNU. ABSTRACT This article aims to expose the efforts of reform of the United Nations Security Council (UNSC), listing and analyzing them. To that end, it is necessary to explain how the UNSC functions, inserting it in its historical context and also analyzing how the steps for its formation, its basic structure and functioning occurred, in order to expose the proposals for the reform. The article will also show the participation of Brazil both in the Security Council itself and as a promoter of a reform movement and its actions as a defender of an expansion of permanent seats in the UNSC.

O Brasil e a Cooperação Técnica com o Haiti

2012

This paper aims to analyze the relations between Brazil and Republic of Haiti, emphasizing techinical cooperation established between the two nations aimed at the Brazilian technical assistance to Haitians, practice intensified after January 2010 earthquake that rocked especially the capital Port au Prince. We sought to also examine the possible advantages to both sides and the progress of the projects established.

A participação da Companhia de Engenharia de Força de Paz no Haiti

2017

A Companhia de Engenharia de Forca de Paz/Haiti (Cia E F Paz-Haiti), designada de Brazilian Engineering Company (BRAENGCOY, sigla em ingles), participou da Missao das Nacoes Unidas para a Estabilizacao no Haiti (Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haiti - MINUSTAH, sigla em frances), de 3 de abril de 2005 a 2 de junho de 2017 [1], periodo no qual 24 contingentes da Cia se sucederam na Missao [2].

Reforma do Setor de Segurança: a situação da Etiópia no nexus segurança e desenvolvimento

2022

Resumo: O trabalho procura analisar o atual contexto do setor de segurança da Etiópia-Estado atualmente listado em 11º lugar como fragilizado de acordo com a FFP-diante do recente conflito civil desencadeado na região de Tigray, norte do país. A realização de revisão de literatura relacionada à Reforma do Setor de Segurança possibilitará identificar lacunas referentes ao conceito tradicional de consolidação da paz e aos aspetos da chamada paz liberal. Ademais, a discussão central entre segurança e desenvolvimento também contribuirá para a análise do caso. A partir do estado da arte então desenhado será possível apresentar uma proposta para reforma do setor de segurança aplicada ao caso etíope. palavras-chave: Etiópia. Reforma do Setor de Segurança. Estados em situação de Fragilidade. Consolidação da paz.