Entrevista com Amara Moira (original) (raw)
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Amara Moira – E se eu fosse puta
Em um texto escrito em 2012, José Castello indagava sobre o poder da literatura na contemporaneidade. Para o crítico, a literatura pode parecer inútil, parece não servir para nada. Mas é o que se pensa, é o que quer fazer pensar. O poder da literatura vai muito além das livrarias de aeroportos, do entretenimento cotidiano ou da vaidade cristalizada com a qual a universidade lhe reveste. Longe de toda a loucura egocêntrica e por muitas vezes banalizada, a literatura carrega consigo o poder de desassossegar nossa a existência, o poder de interrogar a vida. Nas palavras de Castello (2012, s.p.), a literatura se infiltra, como um veneno, "nas pequenas frestas de seu espírito. Mas, nele instalada pelo ato da leitura, que escândalos, que estragos, mas também que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar!". A maior delícia que a literatura nos oferece é, sem dúvida, o esforço para a coragem: é necessário ter muita coragem para enfrentar a precariedade do mundo, é preciso ter muita coragem para ler literatura e, ainda mais, para escrever literatura.
Entrevista com Myra Bergman Ramos
Cadernos de Tradução, 2020
Paulo Freire (1921-1997) foi um importante e conhecido educador e até hoje sua obra é utilizada e referenciada em universidades, congressos e pesquisas. A Pedagogia do Oprimido foi escrita durante seu exílio no Chile (1967-1968) e possui uma trajetória editorial peculiar, pois foi traduzida para o inglês, publicada nos Estados Unidos, em 1970, vertida para outros idiomas e publicada em outros países. Apenas em 1974, foi publicada no Brasil em português pela Editora Paz e Terra. Pedagogy of the Oppressed foi traduzida por Myra Bergman Ramos, nascida em 1936, em Spokane/Washington. Myra Bergman Ramos não era, e não se tornou, uma tradutora profissional. No entanto, após a versão de Pedagogia do Oprimido para o inglês, traduziu, também para o inglês, Educação Como Prática da Liberdade (Education: The Practice of Freedom) e o prefácio de Extensão ou Comunicação? (Extension or communication), ambos de Paulo Freire. Essas duas versões foram publicadas juntas como Education for Critical Consciousness, pela Continuum Publishing Company em 1973. Myra não realizou outros trabalhos como tradutora. Como Pedagogy of the Oppressed completa cinquenta anos de publicação em 2020, apresenta-se abaixo a compilação de três entrevistas realizadas com Myra Bergman Ramos, em 2019.
Memórias da Imigração: Sírios e Libaneses no Rio de Janeiro, 2005
Victória Chafi Chaia mora em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde que nasceu. Seu pai, Chafi Chaia, emigrou do Líbano com a irmã Nazira no início do século XX, foi até Rio Doce, em Minas Gerais, onde ele foi mascate e ela doméstica. Juntou dinheiro e comprou uma pequena loja no centro do bairro carioca de Campo Grande. Hoje, aos 78 anos, Victória que é viúva se dedica às tarefas de Irmã de Maria na comunidade católica da Paróquia de Campo Grande. Victória costuma promover festas no Dia Nacional do Líbano, e se orgulha do nome do local onde mora: Travessa Chafi Chaia, seu pai.
Revista Concinnitas, 2020
Natalia Quinderé: Basbaum, em O papel do artista como agenciador de eventos e fomentador de produções frente à dinâmica do circuito da arte (2002), pontua a importância da formação de grupos de artistas para a constituição da "história da arte moderna". Ele usa uma imagem bem interessante. A ideia de que existiria uma 1 Mascarados, da esquerda para a direita, Alex Hamburger, Marcia X.
Entrevista com Barbara Musumeci Mourão
Entrevista publicada na coletânea 'Atendimento a homens autores de violência doméstica: desafios à política pública', editada por Paulo Victor Leite Lopes e Fabiana Leite. Publicada no site do ISER (2013)